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As empresas de telecomunicações continuaram entre as que mais criam empregos no País.

A força da economia doméstica mostrou-se, mais uma vez, favorável ao setor de telecomunicações em 2011, a despeito dos desdobramentos da crise financeira internacional que causou impactos negativos, principalmente, no segundo semestre do ano. Contribuiu para tal panorama o fortalecimento da economia doméstica em 2011: baixa taxa de desemprego (4,7%); aumento real da renda média do trabalhador (em 2,7%); e consumo estimulado pela oferta de crédito. A tendência de crescimento por serviços, sobretudo os de telefonia móvel e de internet, voltou a se repetir entre os usuários finais que, impulsionados pela popularidade das redes sociais, querem estar plugados ao mundo todo, o tempo todo e em todo lugar.

Na área de TV a cabo, mostra-se promissora, com boa aceitação por parte dos consumidores, a oferta de canais com resolução HDTV, produto que a Algar Telecom passou a oferecer em dezembro de 2011. O setor corporativo também permaneceu bastante aquecido ao longo de todo o ano. Além da maior demanda por conectividade entre as empresas já estabelecidas, a estabilidade da economia interna favorece o empreendedorismo. Quanto mais empresas nascem, maior a demanda pelos produtos e serviços de telecom.

No âmbito regulatório, o último exercício foi marcado por discussões relevantes, em especial com relação à participação das prestadoras de telecomunicações no Programa de Inclusão Digital do Governo Federal. Em maio de 2011, a Algar Telecom firmou com o Ministério das Comunicações e com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) o Termo de Adesão ao Programa Nacional de Banda Larga, dando início, assim, à oferta de acesso à internet a preços populares na sua área de atuação.

Também em 2011, foram revisados os Contratos de Concessão do Serviço Telefônico Fixo Comutado, que teve como principal alteração o estabelecimento de um novo Plano Geral de Metas para Universalização, que prevê a oferta de serviços de telecomunicações nas áreas rurais mediante o uso do espectro de radiofrequências de 450 MHz a partir de 2012. Além disso, foi aprovada a lei que criou o Serviço de Acesso Condicionado (SeAC), destinado a estabelecer novas regras para os serviços de televisão por assinatura no Brasil, entre elas, a obrigação de distribuição de conteúdo nacional pelas programadoras. Alguns dispositivos dessa lei ainda aguardam regulamentação específica a ser editada pela Anatel e pela Agência Nacional do Cinema (Ancine).

Outros assuntos que estiveram na pauta do setor neste ano foram a proposta de Plano Geral de Metas para Competição no setor de telecomunicações brasileiro, da qual a Algar Telecom participou ativamente das discussões, e a aprovação do Regulamento sobre Critérios das Tarifas das Chamadas do STFC destinadas ao Serviço Móvel Pessoal (SMP) e ao SME (Serviço de Modo Especializado), que prevê a redução gradual do valor cobrado dos usuários desses serviços. Por meio de resoluções, a Anatel também estabeleceu novas metas de qualidade para o SMP e para o SCM (Serviço de Comunicação Multimídia), que deverão entrar em vigor a partir de 2012.

No que se refere aos desafios, uma das maiores preocupações do setor ao longo do último ano foi o custo de pessoal. As empresas de telecomunicações continuaram entre as que mais criam empregos no País. Contudo, apesar da receita líquida maior, a valorização do salário mínimo e a queda na taxa de desemprego tiveram impacto significativo em suas margens, o que motivou o grande empenho do setor junto ao Governo Federal para a aprovação da lei que prevê a desoneração da folha de pagamento para as empresas de software e serviços de TI até 2014.

Outro desafio dos setores de telecom e TI é a concorrência cada vez mais acirrada. O cenário promissor tem atraído novos players internacionais, que se estabelecem no Brasil com o propósito de endereçar este mercado em várias frentes. Diante desta realidade, o mercado tem se mostrado propício às empresas mais inovadoras, capazes de oferecer serviços e produtos de qualidade a preços competitivos, e às empresas que se diferenciam pela qualidade de atendimento.