PRÓXIMA PÁGINA
PÁGINA ANTERIOR
2010 • 2011
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE

meio ambiente

produzir

mais com menos
Em 2010, Meio Ambiente passou a ser
o quarto pilar estratégico da Tetra Pak
no mundo, fortalecendo a integração de
tema à gestão da companhia.

Esforços pela
preservação


A Tetra Pak mantém uma Área de Proteção Permanente em seu Clube de Campo (Monte Mor, SP), que abriga diversas espécies animais:

• 149 aves, como irerês, quero-queros e sabiás

• 14 mamíferos, como ouriços,
veados e saguis
As unidades Monte
Mor e Ponta Grossa
reduziram seu consumo
de materiais em 2011.
João Victor e Pedro Augusto, netos do funcionário Sebastião Silva

A Tetra Pak tem o meio ambiente como parte de seu negócio. Em 2010, a Tetra Pak definiu o seu compromisso com o meio ambiente como o quarto pilar estratégico da companhia. Foi uma evolução dentro da corporação, ao integrar o meio ambiente ao próprio negócio, formando pessoas técnicas e capacitadas em sustentabilidade, fortalecendo assim projetos e programas ambientais que passam a ser transversais entre os diversos setores, do chão de fábrica aos executivos.

MATERIAIS

EN1 | EN2

Material consumido
  2011 2010 2009 2008
  Monte Mor Ponta Grossa Monte Mor Ponta Grossa Monte Mor Ponta Grossa Monte Mor Ponta Grossa
Papel (kton) 94 108 112 122 95 114 106 115
Polietileno (kton) 22 24 23 25 21 23 24 24
Alumínio (kton) 6 8 6 8 5 8 5,5 7,5
Filme (kton) 1,6 0 1,8 0 2 0 2 0
Tinta (ton) 497 476 472 476 420 485 494 452
Pallet (pc) 159 139 145 117 140 122 156 131

A Tetra Pak oferece linhas integradas de processamento, envase e distribuição, compostas por equipamentos de alto desempenho, rigorosamente testados. São cerca de 90 modelos de máquinas de envase e processamento, desenvolvidas pela Tetra Pak de acordo com as demandas específicas de seus clientes, com foco nas categorias de alimentos, bebidas, lácteos, queijos e sorvetes.

No biênio, a Tetra Pak desenvolveu uma cantoneira fabricada a partir da reciclagem do polietileno e do alumínio das embalagens pós-consumo, que hoje é utilizada pelas transportadoras para proteger as bobinas de embalagens durante o transporte até os clientes. Essa iniciativa evita o desperdício, uma vez que essa nova cantoneira é reutilizável (durabilidade estimada de cinco anos), enquanto que a anterior era descartada após ser utilizada somente uma vez.

ENERGIA

EN3 | EN4 | EN5 | EN6 | EN7

O consumo total de energia da Tetra Pak em 2011 foi de 316.271 GJ, volume 6,48% maior do que o do ano anterior. Esse aumento é decorrente principalmente do maior volume produzido (12 bilhões de embalagens em 2011, frente a 11 bilhões produzidas em 2010). Mesmo assim, a relação de consumo energético por unidade produzida em 2011 foi cerca de 2% menor do que em 2010.

A maior fonte de energia é hidrelétrica, com 257.496 GJ no último ano, representando 81,42% do consumo em 2011. O Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) é a segunda fonte, com 37.387 GJ (11,82%), seguido por gás natural, com 21.387 GJ (6,76%) e gasolina e óleo diesel, com apenas 1,03 GJ. Além do baixo consumo de gasolina e óleo diesel, destaca-se a redução contínua do uso do GLP – recurso não renovável –, devido a melhorias em conservação e eficiência que reduziram esse consumo em 6,42% em dois anos. Além disso, a companhia recebeu um certificado de procedência da energia hidrelétrica consumida, comprovando sua origem de fontes renováveis.

Tendo como pilar de seu negócio o Meio Ambiente, cada nova embalagem ou equipamento desenvolvido pela Tetra Pak deve, necessariamente, ser melhor em termos de consumo de água e de energia do que as versões existentes. O conceito de Design for Environment trabalha exclusivamente para garantir esses requisitos.

Consumo total de energia indireta GJ 2011 2010 2009 2008
Monte Mor   157.947 140.640 125.525 136.099
Ponta Grossa   99.549 98.447 97.721 95.661
Subtotal   257.496 239.087 223.246 231.760
Consumo total de energia direta GJ 2011 2010 2009 2008
Monte Mor GLP 36.109 25.514 33.135 36.516
Ponta Grossa GLP 1.278 6.273 6.815 5.665
  Gás natural 21.387 22.110 19.106 17.488
  Gasolina e óleo diesel 1 46 69 56
Subtotal   58.775 53.943 59.125 59.725
Consumo total de energia GJ 2011 2010 2009 2008
Monte Mor   194.056 170.154 158.660 172.615
Ponta Grossa   122.215 126.876 123.711 118.870
Total   316.271 297.030 282.371 291.485

ÁGUA

EN8 | EN9 | EN10 | EN21

A Tetra Pak investe continuamente na melhoria de processos e equipamentos, visando à redução dos impactos da produção no consumo de água.

A água consumida em Ponta Grossa é servida por abastecimento público, não sendo assim possível mensurar o impacto da retirada de água. Ainda assim, registra-se a redução do consumo entre 2010 e 2011, de 62.071 metros cúbicos para 50.697 metros cúbicos, uma variação de 18,32%.

Em Monte Mor, a água é retirada de poços, porém sem impacto significativo. Entre 2010 e 2011 houve aumento de 14,53% no consumo, passando de 71.241 metros cúbicos para 81.589 metros cúbicos.

A Tetra Pak Brasil recupera água a partir de condensação atmosférica. Em 2010, foram 4.176 metros cúbicos de água recuperada por condensação, equivalente a 5,6% do consumo total. Em 2011, a recuperação totalizou 5.357 metros cúbicos, ou 6,5% do consumo no ano. Também em 2011 a companhia iniciou um projeto de reúso de água tratada em sua Estação de Tratamento de Efluentes em sanitários, atingindo em torno de 20 metros cúbicos reutilizados por mês. Para 2012, a meta é ampliar os pontos de reúso.

EFLUENTES

Os efluentes em Ponta Grossa são tratados em processo aeróbico por lodos ativados com filtração e desinfecção por radiação ultravioleta e descartados no Rio Cará-Cará. Já em Monte Mor, a Estação de Tratamento de Efluentes utiliza o método de lodos ativados por aeração prolongada, despejando em seguida o efluente na rede de esgoto municipal.

Descarte de efluentes sanitários por unidade m3
  2010 2011
Ponta Grossa 31.365 18.037
Monte Mor  29.507 29.916

IMPACTOS AMBIENTAIS

EN26

A eficiência ambiental é um componente central da estratégia da Tetra Pak. A empresa trabalha para aumentar seu desempenho por meio do foco na eficiência de recursos, energia e resíduos.

Iniciativas para a redução de impactos ambientais da Tetra Pak Brasil

  • Realização de teste para substituição de solvente por água e sabão no processo de pré-impressão
  • Reúso de água para vasos sanitários, irrigação e jardinagem
  • Redução de emissões de Compostos Voláteis Orgânicos (VOCs) devido à instalação de filtros eletrostáticos nas laminadoras
  • Uso de tinta à base de água
  • A instalação da nova laminadora em Monte Mor reduziu em 25% o consumo de energia e em 10% o de GLP
  • Iluminação LED nos escritórios de Monte Mor
  • ETE com equipamentos de filtro e desinfecção para melhoria da qualidade da água em Ponta Grossa
  • Compostagem de resíduos orgânicos do refeitório e das podas do jardim em Ponta Grossa
  • Instalação de Pontos de Entrega Voluntária nas fábricas de Monte Mor e Ponta Grossa e no escritório de Campinas

EMISSÕES

EN16 | EN17 | EN18 | EN20

Todo o resíduo da companhia considerado perigoso é tratado no Brasil, não havendo transporte internacional dos mesmos. Em 2011, foram destinadas 1.582 toneladas de resíduos perigosos e, em 2010, 930 toneladas. O aumento de resíduos perigosos e enviados para recuperação energética em 2011 ocorreu pela não operação do sistema de ultrafiltração de tintas em 2011, que só foi retomado em dezembro desse ano.

Nas emissões de material particulado, a redução foi ainda maior, de 70,59%, passando de 34 mg/Nm³ para 10 mg/Nm³, enquanto o limite legal é de 250 mg/Nm³. Em 2012, a empresa fará o inventário total de emissões (fábrica, administrativo e fornecedores) com o objetivo de produzir uma série histórica.

A Tetra Pak Brasil definiu como meta realizar seu inventário de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) em 2012.

Carga poluidora em Ponta Grossa

Limite de Concentração em Ponta Grossa mg/nm3

RESÍDUOS

EN22 | EN24

As fábricas da Tetra Pak em Monte Mor (SP) e Ponta Grossa (PR), adotam o Sistema de Gestão Integrada (SGI), ambas certificadas nas normas ISO 9001, ISO 14001, OHSAS 18001 e FDA (Food and Drug Administration), auditadas anualmente como forma de demonstrar o compromisso da empresa com a qualidade, o meio ambiente, a saúde e segurança de seus colaboradores e a segurança alimentar.

Disposição de resíduos
Tipo Método   Monte Mor   Ponta Grossa
Resíduos não perigosos   Peso (ton) 2010 Peso (ton) 2011 Peso (ton) 2010 Peso (ton) 2011
Papelão Reciclagem  10,682  10,768  102  188
Plástico Reciclagem  1,045  1,071  28  76
Ferro Reciclagem  234  229  55  113
Alumínio Reciclagem  54  78  24  12
Madeira Reciclagem  633  846  182  214
Óleo de soja (litros) Reciclagem  1,680  1,440  -    1
Varrição de fábrica/poda Compostagem  266  237  -  -
Poda (grama e árvores) Compostagem  -  -  22  28
Resíduos orgânicos (refeitório)* Compostagem  -  -  90  94
Água com resíduo de tinta Tratamento biológico  1,666  600  -    -  
Lodo ETE Tratamento biológico  697  793  174  158
Total    16,957  16,062  677  884
Resíduos perigosos    
Solvente Recuperação e reúso  263  367  357  370
Resíduo ambulatorial Descontaminação  0  0  -    -  
Borra de tinta Coprocessamento com recuperação energética  327  900  528  609
Óleo lubrificante Reciclagem  3  3  2  13
Lâmpadas (unidades) Reciclagem  8,000  8,747  2  2
Fotólito Reciclagem  -    -    54  54
Toalhas industriais Reciclagem  40  43  35  33
Total    8,633  10,060  978  1,081
*100% do resíduo orgânico gerado no refeitório é encaminhado para compostagem.

ÁREAS PROTEGIDAS

EN11 | EN13

Ciente da importância de se preservar o meio ambiente, a Tetra Pak mantém em seu Clube de Campo, em Monte Mor, no interior de São Paulo, uma área de proteção de floresta que, há dez anos, era uma região degradada por uma fábrica de tijolos. Hoje, após o plantio de milhares de árvores nativas, já conta com centenas de espécies de aves e animais. Além das edificações como quadras, campos, vestiários e piscinas, o clube reúne uma Área de Proteção Permanente (APA), um lago e uma área reflorestada, com espécies arbóreas nativas e exóticas.

Estudo realizado pela Unicamp em 2011 aponta que o clube recebe atualmente 149 espécies de aves, uma média de 12 novas espécies encontradas por mês, e há indícios de que novas espécies ainda devem ser encontradas. Entre outras, o clube abriga irerês, asas-brancas, patos-do-mato, biguás, socós-boi, tuiuiús, saracuras, quero-queros e diversas espécies de andorinhas, sabiás, beija-flores, garças, pombos e gaviões. Entre répteis e anfíbios, foram encontrados sapos, rãs, pererecas, jiboias, jararacas, cobras d'água, lagartixas, teiús (tipo de lagarto) e até um jacaré de papo amarelo.

Foram catalogadas também 14 espécies de mamíferos silvestres, como cachorros do mato, gatos mouriscos, lontras, furões, mãos peladas, capivaras, ratões do banhado, ouriços, gambás, tatus, veados, lebres e saguis. Dessas, o ouriço, o gambá e o ratão-do-banhado habitam o local. As demais espécies registradas usam parte do clube como território para buscar presas ou para deslocamento. A presença do Rio Capivari e da grande quantidade de aves que exploram e fazem ninhos na área podem ser os fatores responsáveis pela presença até de carnívoros como o cachorro-do-mato.

O registro dessa variedade de espécies de mamíferos, muitos dos quais não esperados para uma região próxima da área urbana de Monte Mor e distante de remanescentes de Mata Atlântica e de Cerrado, ressalta a importância do clube da Tetra Pak.