Nossa estratégia de sustentabilidade está centrada na gestão de riscos e oportunidades de negócios inclusivos e alinhados à economia verde; no fortalecimento da governança e da conduta ética; na geração de valor compartilhado para funcionários, fornecedores, clientes e acionistas; e no investimento socioambiental para a transformação social e preservação do meio ambiente.

Reconhecemos que o setor financeiro pode ter um papel importante na transição para uma economia de baixo carbono, tanto por meio do direcionamento de investimentos quanto pela incorporação de critérios mais rigorosos de gestão de risco. As ações nesse sentido incluem a adaptação de instrumentos financeiros a fim de direcionar recursos para a economia verde, bem como a mensuração de volumes direcionados a setores alinhados com esse conceito para aperfeiçoar a abordagem de negócios em face das suas necessidades.

O desenvolvimento social e a redução das desigualdades também podem ser impulsionados por um sistema financeiro inclusivo, capaz de atender a todos independentemente de localização, renda e grau de instrução, por meio da oferta de produtos e serviços apropriados, canais físicos e digitais e educação financeira.

O movimento de integridade e ética que tem ecoado na sociedade brasileira reforça a crença de que um futuro próspero dependerá de práticas de governança e conduta ética cada vez mais robustas. Por isso, investimos continuamente em ferramentas de compliance e em iniciativas de conscientização de funcionários e administradores.

Oferecer oportunidades de desenvolvimento, boas condições de trabalho e qualidade nas relações são prioridade para nós. Os funcionários são nosso maior bem e os agentes de transformação de nossa atuação sustentável. A parceria com fornecedores tem sido fortalecida a fim de promover a eficiência operacional e garantir que a qualidade e a inovação permeiem nossa cadeia de valor, contribuindo para a melhor experiência do cliente. Assim, buscamos promover relações sólidas e pautadas pela geração de valor compartilhado.

Os benefícios para a sociedade vão além do impacto positivo dos negócios na economia. Por meio do investimento social privado, apoiamos organizações da sociedade civil na promoção de ações educativas, culturais, artísticas, esportivas e voltadas à preservação do meio ambiente.

A geração de valor compartilhado para funcionários, fornecedores e clientes é um dos aspectos contemplados em nossa estratégia

Acreditamos que a construção de um futuro próspero está relacionada a práticas de governança e conduta ética cada vez mais robustas

Governança em sustentabilidade

G4-35 | G4-36

As deliberações sobre sustentabilidade são acompanhadas pelo Conselho de Administração, por meio do Comitê de Sustentabilidade. Para aproximar ainda mais o Conselho de Administração dos aspectos ligados ao tema e com o intuito de aproximar o assunto da Alta Direção, nosso CEO passará a integrar o Comitê de Sustentabilidade.

Cabe destacar a Comissão de Sustentabilidade, que foi reestruturada e passou a contar com quatro membros executivos, além dos diretores departamentais de dez dependências. A medida promove maior interação entre o órgão e o Comitê de Sustentabilidade, facilitando a tomada de decisão e conferindo agilidade aos projetos.

Foto coleta seletiva
Coleta seletiva e destinação adequada de resíduos são algumas de nossas práticas

Política de Sustentabilidade

A Política Corporativa de Sustentabilidade prevê diretrizes que visam promover com responsabilidade socioambiental a perenidade de nossas operações e negócios.

O documento norteia a Norma de Responsabilidade Socioambiental, que descreve as principais diretrizes para as ações de natureza socioambiental nos negócios e na relação com partes interessadas, destacando linhas de atuação, governança, papéis e responsabilidades.

G4-DMA Investimentos | G4-DMA Portfólio de produtos

Também temos como referência a Norma de Risco Socioambiental, que versa sobre escopo de análise de exposição aos riscos socioambientais nas operações de crédito e fornecedores, sendo que, em 2016, ampliamos o escopo para contemplar a avaliação de garantias imobiliárias e investimentos (Private Equity). Buscamos aprimorar constantemente essa norma, envolvendo, para isso, áreas internas correlatas ao tema, bem como especialistas externos e fornecedores. A revisão da norma ocorre anualmente, sendo que as sugestões são analisadas e, quando apropriado, são incorporadas ao escopo de análise.

Dentre as operações passíveis de análise de risco socioambiental, destacamos os financiamentos a grandes projetos, sendo que, para essas análises, dispomos de mecanismo para identificar a percepção dos stakeholders (ONGs, comunidades locais e especialistas) sobre o projeto a ser financiado e seus impactos. Esse mecanismo consiste em monitorar e analisar informações capturadas em veículos de comunicação on-line, mídias sociais, sites de busca e blogs, contemplando dados que possam indicar riscos que o projeto possa causar, subsidiando a análise de risco socioambiental. G4-14

Abaixo, são apresentadas informações a respeito da Carteira de Monitoramento Socioambiental de Projetos:

G4-HR1

    2014 2015 2016
Projetos Categoria
de risco
Quantidade Valor financiado
(R$ milhões)
Quantidade Valor financiado
(R$ milhões)
Quantidade Valor financiado
(R$ milhões)
Enquadrados em Princípios do Equador A 10 2.275 12 3.994 10 3.994
B 19 1.144 20 1.348 16 1.626
C 8 890 13 2.077 8 2.319
Não enquadrados em Princípios do Equador   77 4.052 142 7.319 136 8.592
Total   114 8.361 187 14.738 170 16.531

G4-FS6

CARTEIRA DE PROJETOS EM MONITORAMENTO EM DEZ./16 POR SETOR X REGIÃO
    Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Total
    R$ milhões R$ milhões R$ milhões R$ milhões R$ milhões R$ milhões
Setores Energia 5 1.859 4 523 14 859 1 315 9 772 33 4.329
Imobiliário 2 122 19 652 64 5.326 9 512 4 143 98 6.756
Infraestrutura 1 20 0 0 7 3.342 0 0 0 0 8 3.362
Mineração 0 0 1 100 0 0 0 0 0 0 1 100
Óleo e Gás 1 3 0 0 0 0 0 0 0 0 1 3
Outros 3 317 5 337 16 837 4 431 1 57 29 1.981
Totais Nº de Projetos 12   29   101   14   14   170  
R$ (em milhões) 2.321   1.612   10.365   1.259   973   16.531

A política e as normas compõem o arcabouço de diretrizes que respondem às demandas da Resolução nº 4.327 do Bacen, sobre a Política de Responsabilidade Socioambiental.

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)

Com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável até 2030 e a participação efetiva de governos, empresas e sociedade, abrangendo as dimensões econômica, social e ambiental, os 17 objetivos e as 169 metas, definidas pela Organização das Nações Unidas (ONU), buscam frear as crescentes desigualdades que ameaçam reverter grande parte do desenvolvimento das últimas décadas e impedir o esgotamento dos recursos naturais e os impactos negativos da degradação ambiental.

Nosso alinhamento aos ODS reforça a preocupação em contribuir com o desenvolvimento econômico brasileiro, ampliando a oportunidade de geração de valor, interna e externamente, por meio da construção de modelos de negócio e obtenção de conhecimentos que favoreçam a sinergia e a cooperação produtiva entre as mais diversas partes interessadas.

Nossa atuação em frentes como microcrédito, educação financeira, risco socioambiental e investimento socioambiental busca contribuir para o desenvolvimento da sociedade. Dessa forma, objetivando atender a Agenda 2030, buscaremos inserir os objetivos e as metas dos ODS à Matriz de Relevância, reforçando a nossa estratégia de atuação.

Mudanças climáticas

G4-EC2

O tema é tratado interna e simultaneamente e trabalhado sob duas perspectivas:

a. Atividades diretas, mensurando e projetando os impactos em nossos processos operacionais, trabalhando em oportunidades de aprimoramento dos indicadores de ecoeficiência, inclusive da redução de emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE), e o aprimoramento da gestão dos riscos, entre outras.

b. Negócios, mensurando o impacto indireto das atividades de financiamento, avaliando as prováveis consequências deles na cadeia de fornecedores e clientes, promovendo oportunidade de mitigação e adaptação por meio de produtos e serviços que estimulam a transição para uma economia de baixo carbono.

Em 2016, foi lançado o CDC Energia Fotovoltaica, produto desenvolvido em parceria com empresas do setor destinado a financiar projetos de energia renovável fotovoltaica, considerando principalmente o âmbito da microgeração distribuída.

Incentivando a convivência harmoniosa entre motoristas, pedestres e ciclistas, o Grupo Bradesco Seguros mantém o movimento Conviva, que desde 2009 incorporou as ciclofaixas de lazer em São Paulo e Osasco, estimulando o paulista a pedalar.

Ainda no âmbito de seguros, em face do impacto das intempéries climáticas, o Grupo Bradesco Seguros criou a Operação Calamidade, que consiste em um processo inovador de identificação, análise e priorização de situações decorrentes de uma catástrofe, concentrando os esforços para quantificar e indenizar o segurado envolvido em tragédias naturais o mais rápido possível. A ideia é estar presente no momento em que os segurados mais precisam.

Esse cuidado com os clientes rendeu ao Grupo Bradesco Seguros o Prêmio Innovation in Insurance (Inovação em Seguros) na categoria Claims Management (Gerenciamento de Sinistros), conferido pela Efma, organização internacional que reúne os maiores bancos e seguradoras do mundo. Foi reconhecido também com o Silver Award Thophy. O projeto ganhou ainda o primeiro lugar na categoria Processos, no Prêmio de Inovação em Seguros, promovido pela CNseg.

Economia verde

A FEBRABAN tem conduzido estudos para entender formas de impulsionar a transição para uma economia verde no Brasil por meio de recursos intermediados pelo Sistema Financeiro Nacional (SFN). Exemplos de estudos são: Sistema Financeiro Nacional e a Economia Verde e Green Bonds. Temos participado ativamente do processo, contribuindo com o desenvolvimento de metodologias, a elaboração de conteúdo e o levantamento e a análise de informações.

Sistema Financeiro Nacional e a economia verde

G4-EC2

Os estudos sobre o SFN e a economia verde, iniciados em 2014, tiveram avanço substancial no método de mensuração em 2015 e 2016. O objetivo do trabalho é identificar de forma consistente e continuada o montante de recursos financeiros alocados pelas instituições financeiras para a economia verde e para setores potencialmente causadores de impacto ambiental.

O conceito de economia verde segue a definição das Nações Unidas, contemplando os seguintes setores: energias renováveis, eficiência energética, construção sustentável, transporte sustentável, turismo sustentável, água, pesca sustentável, floresta, agricultura sustentável e resíduos. Os segmentos potencialmente causadores de impacto ambiental foram baseados na Resolução nº 237/97 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que define as atividades ou os empreendimentos sujeitos ao licenciamento ambiental que, consequentemente, são objeto de detalhada análise de risco ambiental pelas instituições financeiras.

Esse trabalho contribui com as instituições financeiras na identificação de oportunidades de negócios e na gestão de riscos climático e socioambiental. Também promove subsídios para dialogar com o governo a fim de incentivar a criação de políticas públicas para transição rumo à economia verde.

Green bonds

G4-EC2

Os estudos sobre green bonds visam contribuir para a discussão sobre as oportunidades e os limites do desenvolvimento de um mercado de títulos verdes no Brasil, a exemplo da experiência internacional, bem como orientar os participantes e demais atores a respeito do processo de emissões.

Vimos participando ativamente das discussões acerca das oportunidades de negócios relacionadas a esse mercado em fóruns promovidos pela FEBRABAN, Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), Skandinaviska Enskilda Banken (SEB), Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) e Climate Bonds Initiative, pois acreditamos que o instrumento é relevante para estimular a transição à economia de baixo carbono. Atuamos como bookrunner na oferta de green bonds da Suzano no montante de US$ 500 milhões em julho de 2016, a segunda emissão de green bonds realizada por uma empresa brasileira.

Mantemos políticas, normas e práticas de gestão social alinhadas a compromissos como a Declaração Universal dos Direitos Humanos, da ONU

Alinhamento ao CDP

Signatários do Carbon Disclosure Project (CDP), desde 2006, integramos o grupo de investidores comprometidos com a divulgação de informações sobre a gestão de mudanças climáticas e a incorporação de mecanismos econômicos adequados por empresas e governos, a fim de proteger os investimentos no longo prazo e auxiliar na tomada de decisões. Também assumimos o papel de multiplicador da Supply Chain Leadership Collaboration (SCLC) em 2008, promovendo o engajamento de nossos fornecedores com volume de emissões mais significativo.

Direitos humanos

G4-DMA Avaliação | G4-DMA Não discriminação | G4-DMA Mecanismos de queixas e reclamações relacionadas a direitos humanos

Adotamos um sistema de gestão social que, entre suas diretrizes, garante o atendimento à Declaração Universal dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), aos Direitos Fundamentais do Trabalhador e aos Direitos das Crianças. Nossas políticas, normas e práticas internas são reflexo de nosso compromisso com o tema.

Em junho de 2016, considerando o amadurecimento de seu sistema de gestão com 10 anos de implementação e o realinhamento de estratégias organizacionais, decidimos instituir uma nova certificação de Responsabilidade Social Corporativa.

Adicionalmente, contemplamos em nossa avaliação de projetos enquadrados em Princípios do Equador condições de trabalho e impactos à comunidade e ao meio ambiente, incluindo direitos do trabalhador, direitos de povos indígenas e direito à saúde, além de observarmos o tema de direitos humanos em demais operações do escopo da Norma de Risco Socioambiental por meio de restritivo específico interno e monitoramento de notícias.

Foto boas práticas e preservação
Internamente também incentivamos a adoção de boas práticas de preservação

Compromissos assumidos

G4-15

UN Global Compact

www.unglobalcompact.org/what-is-gc/participants/1111-Banco-Bradesco-S-A-

Princípios do Equador

www.equator-principles.com/index.php/members-reporting

Coalizão Financeira para o Combate à Pornografia Infantil

business-humanrights.org/en/the-financial-coalition-against-child-pornography-–-fact-sheet

Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA)

www.unepfi.org/signatories/?tx_phpadd_pi1[orgid]=4297

Carta Empresarial pelos Direitos Humanos e Promoção do Trabalho Decente

www3.ethos.org.br/conteudo/projetos/em-andamento/empresas-e-direitos-humanos/#.VOYbYebIamA

Ecoeficiência

A ecoeficiência faz parte de nossa gestão estratégica, que vincula o desempenho ambiental ao financeiro por meio da otimização de processos, reciclagem, inovações tecnológicas e economia no uso de recursos naturais e materiais. O objetivo é reduzir o impacto ambiental e contribuir para a eficiência operacional.

De forma integrada, consideramos as questões ambientais no desenvolvimento das atividades e, por meio do Programa Gestão da Ecoeficiência, investimos em iniciativas com metas específicas para a redução do consumo de energia, água e papel, da geração de resíduos e da emissão de Gases do Efeito Estufa (GEE). Possuímos Sistema de Gestão Ambiental (ISO 14001) nas localidades Núcleo Cidade de Deus, Paulista e Centro de Tecnologia da Informação (CTI) e gerimos os materiais de todas as áreas através da plataforma Suprimentos On-line que possibilita controlar o fluxo de materiais solicitados por todas as áreas e evitar desperdícios.

G4-DMA Geral | G4-DMA Conformidade ambiental

Entre 2010 e 2015, o primeiro ciclo do Plano Diretor de Ecoeficiência foi encerrado com sucesso, alcançando as metas estabelecidas. Para dar continuidade ao processo de melhoria, em 2016 um novo ciclo foi iniciado e se estenderá até 2018, com metas absolutas anuais, tendo como base de comparação o ano de 2015. Todos os indicadores são compilados e analisados trimestralmente, e parte dos dados compõe o Inventário de Emissões de GEE, elaborado anualmente de acordo com a norma ABNT NBR ISO 14064-1 e especificações do Programa Brasileiro GHG Protocol.

Fomos o primeiro banco brasileiro a elaborar inventário de emissões de GEE, em 2006, e desde então publicamos anualmente nosso relatório, abrangendo os Escopos 1, 2 e 3 de todas as empresas sobre as quais detemos controle operacional.

 

Água
Meta para 2016 Realizado em 2016 Meta para 2017
-4,2% -7,2% -2,5%*

* Metas Plano Diretor de Ecoeficiência (2016 – 4,2%; 2017 – 2,5%; e 2018 – 2,0%).

Energia
Meta para 2016 Realizado em 2016 Meta para 2017
-2,4% -5,8% -1,5%*

* Metas Plano Diretor de Ecoeficiência (2016 – 2,4%; 2017 – 1,5%; e 2018 – 1,3%).

 

Produtos e serviços

O processo de criação e aperfeiçoamento de produtos e serviços financeiros incorpora a análise do risco socioambiental e o aprimoramento dos critérios de sustentabilidade. O risco socioambiental é avaliado nos mesmos moldes dos demais.

Há ainda o suporte de stakeholders externos, como universidades, centros de pesquisa, Organizações Não Governamentais (ONGs), entidades privadas e organismos governamentais para a criação, o desenvolvimento e a oferta de produtos.

Além disso, possuímos produtos específicos com critérios socioambientais. Entre as linhas de crédito com esse apelo há a Leasing Ambiental, CDC Kit Gás, CDC Aquecedor Solar, CDC Certificado Florestal, Capital de Giro Ambiental, Capital de Giro Florestal e Programa ABC (Agricultura de Baixo Carbono), que contribuem para a redução das emissões de GEE e proporcionam uma transição para a economia de baixo carbono.

Em 2016 foi lançado o CDC Energia Fotovoltaica, desenvolvido em parceria com empresas do setor, destinado aos segmentos Prime e Private (Pessoa Física – PF) e Empresas e Corporate (Pessoa Jurídica – PJ), para financiar projetos de energia renovável fotovoltaica, considerando principalmente o âmbito da microgeração distribuída.

No segmento dirigido a investimentos, a Bradesco Asset Management (BRAM) oferece produtos com essa finalidade por meio de fundos como o Bradesco FIC FIA Planeta Sustentável, Bradesco Prime FIC FIA Índice de Sustentabilidade Empresarial e Bradesco FIC FIA Governança Corporativa.

Em capitalização, há produtos em que parte da arrecadação é destinada à conservação ambiental, promoção da diversidade biológica e cultural do Bioma Mata Atlântica e Bioma Amazônia e recuperação e conservação da vida marinha. Entre eles estão Pé Quente Bradesco Amazonas Sustentável, Pé Quente Bradesco SOS Mata Atlântica e Pé Quente Bradesco Projeto Tamar. Em 2016, os títulos de capitalização voltados aos negócios socioambientais representaram 65,3% do volume total de negócios.

O rol de soluções alinhadas aos preceitos da sustentabilidade inclui ainda os cartões Afinidade com foco ambiental, mantidos em parceria com entidades como a Fundação Amazonas Sustentável (FAS) e a Fundação SOS Mata Atlântica. São produzidos a partir da matéria-prima de garrafas PET pós-consumo. Outros produtos sustentáveis são:

  • Cartão BNDES: destinado às micro, pequenas e médias empresas, permite acesso a recursos do BNDES destinados, entre outros fins, à obtenção de certificados como ISO 9000 e ISO 14000. Fomos o banco pioneiro em sua emissão.
  • Cartão Bolsa Floresta: utilizado para pagamento dos benefícios do programa à população envolvida.
  • Cartões Virtuais: eliminam a necessidade da versão em plástico.
  • Programas Bônus Club e Programa Membership Rewards®: viabilizam doações a entidades parceiras e permitem aos associados contribuírem com projetos ambientais.
Nosso portfólio inclui produtos alinhados ao desenvolvimento socioambiental que contemplam todos os segmentos de clientes

Gestão de ativos

G4-EC2

A Bradesco Asset Management (BRAM) tem posicionamento claro de que as mudanças climáticas impactarão a sociedade. A participação da instituição na vice-presidência da Task Force on Climate-Related Financial Disclosures (TCFD) – iniciativa do Financial Stability Board – reforça nosso compromisso em traduzir o tema climático para o mundo das finanças.

Para 100% das empresas analisadas em rendas variável e fixa corporativas, a BRAM adota metodologia que as avalia sob os aspectos dos riscos e das oportunidades relacionados às mudanças climáticas. Dessa maneira, verifica o posicionamento das companhias frente à transição para uma economia de baixo carbono.

Em 2016, a pauta de mudanças climáticas foi encaminhada ao órgão consultivo de sustentabilidade da BRAM, que avaliou quais são as implicações das diversas iniciativas mundiais, legislações e do Acordo de Paris para as empresas brasileiras e como estamos posicionados frente a esses novos desafios.

Diante do avanço da precificação de carbono no mundo, a área realizou estudo de sensibilidade das empresas em relação à possível precificação no Brasil. A ideia é traçar cenários em que companhias serão demandadas a auxiliar o País no alcance de suas metas estabelecidas na COP21.

Alinhada à incorporação de aspectos socioambientais nos negócios, a BRAM tem como missão proporcionar retornos superiores e sustentáveis na gestão de investimentos dos clientes. Em 2016, a área detinha R$ 569,5 bilhões sob sua gestão, sendo R$ 86,6 bilhões com avaliação que considera questões Ambientais, Sociais e de Governança corporativa (ASG), o que representa 15,2% do total de ativos – ampliando significativamente o percentual analisado desde o início do processo de integração de aspectos ASG à avaliação de empresas.

Ressalta-se que, devido à alta taxa de juros brasileira, os investimentos em títulos públicos se sobressaem à demanda por investimento em empresas, seja via renda variável ou via renda fixa corporativa. Desta maneira, considerando o montante investido em empresas, a BRAM atualmente possui cobertura ASG para 100% dos ativos.

G4-DMA Treinamento e educação

Percentual do AUM* com avaliação ASG
Gráfico. 2014: 1,84%. 2015: 2,52%. 2016: 15,21%.

*Assets Under Management.


Em 2016, integramos a carteira Dow Jones Sustainability Emerging Markets e o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), da BM&FBOVESPA

A área também conduz trabalho de engajamento de empresas e parceiros de negócios para adoção das melhores práticas em seus segmentos de atuação e divulga anualmente os resultados no Relatório de Transparência dos Princípios para o Investimento Responsável (PRI), do qual é signatária. Seus profissionais recebem treinamentos sobre métricas e metodologias de avaliação para incorporar os aspectos ASG de forma simultânea nas decisões de investimentos.

Entre os diversos produtos e serviços oferecidos aos clientes está o Fundo ISE, que tem como benchmark o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da BM&FBOVESPA, com investimento em ações de companhias que evidenciam preocupação com a sustentabilidade; fundos de governança compostos de ações de companhias que integram o Índice de Governança Corporativa Diferenciada (IGC), da BM&FBOVESPA; e um fundo de crédito SRI (Socially Responsible Investment), o único do mercado nacional com esse viés de empresas que demonstram estarem mais bem preparadas para os desafios socioambientais.

A aplicação dos PRI, que se dá simultaneamente às atividades de investimentos e relacionamento com stakeholders da BRAM, tem os seguintes escopo e andamento:

  • Integração das questões ASG à análise e à gestão de ativos
  • Engajamento das empresas investidas
  • Criação de banco de dados de informações ASG das empresas investidas
  • Formação dos profissionais da BRAM nas questões ASG e sua importância para as atividades de investimento
  • Participação institucional da BRAM em fóruns e grupos de trabalho relativos à temática de investimentos responsáveis
  • Fluxo de levantamento de informações de reporte da evolução na aplicação dos princípios às Organizações Bradesco, ao PRI e à BRAM

A seguir, destacamos as metas atingidas pela BRAM em 2016:

Status Tema Meta Progresso Ano de atingimento da meta
2014 2015 2016
Gestão de Ativos 100% da equipe de análise de renda variável e renda fixa  ̶  crédito treinado em incorporação de aspectos ESG 100% 100% 100% 2014
Engajar 100% das empresas investidas em melhores práticas ESG 100% 100% 100% 2014
100% de ativos corporativos brasileiros analisados com aspectos ESG 0,12% 11% 100% 2016
Monitorar as principais estratégias de investimento com relação a ratings ESG das carteiras 0% 0% 100% 2016
Proxy Voting Avaliar 100% das matérias das AGEs e AGOs das empresas contidas em nossos portfólios 100% 100% 100% 2014
Corretoras Analisar a cada dois anos práticas ESG em 100% dos due diligences realizados com as corretoras 0% 100% n/a 2015
Fundo de Fundos Analisar a cada dois anos práticas ESG em 100% dos due diligences realizados com casas gestoras 0% n/a 100% 2016
Governança Realizar regularmente reuniões da Comissão de Sustentabilidade, com especialistas internos e independentes 100% 100% 100% 2014
Comunicação Manter site da BRAM atualizado sobre iniciativas da BRAM no tema 0% 100% 100% 2015
Aumentar participação em atividades relacionadas a investimento responsável n/d - Participação do Grupo de Trabalho de Engajamento do PRI
- Participação do PRI Steering Committee Global
- Coordenação do Grupo de Trabalho de Práticas ESG do PRI no Brasil
- BRAM foi palestrante em:
    • 3º LATAM ESG realizado pela Apimec e EFFAS
   • Evento Revista Capital Aberto sobre "A Atividade de RI e os Indicadores ESG"
2015
Aumentar a comunicação interna sobre iniciativas da BRAM no tema n/d n/d - Notas em newsletter do Banco sobre iniciativas 2016
Obter reconhecimento do mercado pelas iniciativas no tema - - - A BRAM foi premiada pela ALAS 20  ̶  Agenda Lideres Sustentables 20  ̶  por sua atuação e liderança na agenda de investimentos responsáveis:
  • 1º lugar na categoria Liderança em Investimentos Responsáveis
   • 2º lugar na categoria Liderança em Governança Corporativa
   • 3º lugar na categoria Liderança em Research em Sustentabilidade
2016

A BRAM reafirma seu compromisso em continuar e ampliar essas iniciativas ao definir e divulgar suas metas para os próximos anos:

Status Tema Meta Ano de atingimento
Gestão de Ativos 100% de títulos públicos brasileiros analisados com aspectos ESG 2017
Treinamento Treinar 100% de analistas e gestores sobre a política de avaliação de investimentos responsáveis 2018
Treinar 100% das equipes do Comercial e de Produtos sobre investimentos responsáveis 2018
Produtos SRI Reavaliar a grade de produtos SRI 2018
Governança Revisar Norma de Investimentos Responsáveis e desenvolver procedimentos setoriais 2018
Comunicação Publicação sobre pegada de carbono dos portfólios 2020