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Cadeia de fornecedores

Boas práticas são estimuladas em todo o ciclo produtivo

102-9 | 103-2 | 103-3: Práticas de compras | Avaliação ambiental de fornecedores | Diversidade e igualdade de oportunidades | Avaliação de direitos humanos | Avaliação social em fornecedores

Em 2017, a MRV destinou R$ 1,70 bilhão a 8,5 mil fornecedores de materiais e serviços para as obras e áreas administrativas. Do total de recursos, 73% foram direcionados a empresas baseadas nos mesmos estados em que estão os empreendimentos, o que vem contribuindo para o desenvolvimento regional. 204-1

Para que os fornecedores cumpram os requisitos técnicos e legais exigidos pela companhia, várias ações são empreendidas. No processo de homologação, todos devem apresentar os documentos que comprovem o respeito às exigências trabalhistas e ambientais, bem como o atendimento às normas específicas de qualificação, que variam de acordo com os serviços a serem executados. No processo de qualificação, são promovidos diversos treinamentos para reforçar a importância do atendimento aos requisitos e esclarecimentos importantes quanto aos procedimentos de atuação nos canteiros de obras.

O Código de Conduta da MRV é amplamente divulgado aos fornecedores, desde o início do relacionamento, estando descrito nos contratos e disponível no website da empresa. Os contratos contêm cláusulas específicas sobre o Código de Conduta, a Lei Anticorrupção, proibição de trabalho infantil ou análogo ao escravo, entre outras relacionadas a direitos humanos. 412-1

Mensalmente, os fornecedores recebem boletim informativo que busca disseminar e estimular boas práticas relacionadas à sustentabilidade. Desde 2017, as informações passaram a ser enviadas também aos fornecedores dos fornecedores, o que reforça o objetivo da empresa de expandir o conhecimento das práticas sustentáveis em toda a cadeia de fornecimento.

É colocado ainda à disposição um canal de comunicação direto com a área de Suprimentos (e-mail: sup.sustentavel@mrv.com.br) para que encaminhem sugestões, comentários ou queixas que contribuam para o aperfeiçoamento dos negócios e do adequado trato ao meio ambiente.

A tecnologia e a inovação são aspectos incentivados entre os fornecedores, o que muitas vezes resulta em experiências conjuntas positivas. Exemplo é o que ocorreu na cidade de São Paulo, onde alguns resíduos da obra, como massas secas, concretos e blocos de concreto, que seriam depositados em caçambas, passaram a ser acumulados em recipientes específicos de um fornecedor de blocos, que os retornava para sua fábrica para reprocessamento e reaproveitamento no processo produtivo. A MRV obteve redução de custos com a locação de uma quantidade menor de caçambas, e o fornecedor reduziu seus gastos com insumos, o que beneficiou também o meio ambiente.

Para garantir a integridade em todas as etapas do relacionamento com os fornecedores, a área de Suprimentos atua em estreita sinergia com a área de Gestão de Riscos, tanto na identificação de falhas processuais e documentais como de eventuais desvios de conduta. Nesse caso, são conduzidas investigações conjuntas para esclarecimento dos fatos e identificação dos envolvidos e posterior ação.

Paralelamente, os processos são constantemente revisitados e aprimorados para mitigar possíveis falhas, não apenas no âmbito da área de Suprimentos, mas também envolvendo todos os que se relacionam com fornecedores e prestadores de serviços. Como reforço a essas práticas, há um sistema de acessos segregados por áreas e funções, em que as requisições de serviços e materiais passam por diferentes instâncias de aprovação.

Além disso, entre os colaboradores da área de Suprimentos existe rotação nas carteiras de compras, de forma que todos possam adquirir experiência na negociação e na contratação dos materiais e serviços e evitar que ocorra o excesso de familiaridade com fornecedores. Esses, por sua vez, são estimulados a recorrer ao Canal Confidencial da companhia sempre que houver o menor indício de tentativa de obtenção de favorecimento por parte de qualquer colaborador, de qualquer área.

O processo de qualificação de serviços e materiais inclui a qualificação dos fornecedores em requisitos legais ambientais durante o processo de seleção, com aplicação das tabelas de qualificação de SSMA. Elas definem os requisitos legais ambientais aplicáveis ao fornecedor e indicam sua situação de atendimento. São os requisitos mínimos para que o fornecedor possa atender à MRV. No entanto, nem todos os produtos e serviços são qualificados, apenas aqueles que possuem aspectos ambientais significativos para a atividade da empresa. Em 2017, 76% dos fornecedores foram abrangidos pelas qualificações de requisitos legais. Para os demais 24%, não se aplicam requisitos ambientais. Já para os materiais que exigem requisitos legais ambientais, 100% dos fornecedores são atendidos. 308-1

A MRV iniciará no próximo ano o Programa CDP Supply Chain, que permite às empresas atenderem à demanda por informação ambiental de diferentes stakeholders por meio de questionário único, o que evita a duplicidade de esforços mediante processo padronizado de coleta e sistematização de informações e da avaliação e construção de indicadores que orientam a decisão de investimento e a gestão de risco. Esse projeto auxilia tanto clientes como fornecedores a ampliarem conhecimentos e experiências em relação a mudanças climáticas, gestão de recursos hídricos e desmatamento.

Em média, mais de 50% das emissões das empresas provém da sua cadeia de valor. Em setores como o de varejo e tecnologia da informação, os impactos estão ainda mais distribuídos, de modo que os fornecedores podem representar mais de 60% das emissões de carbono de uma organização. Assim, a gestão de emissões ao longo da cadeia de valor é necessária para proteger e gerar valor ao negócio. O Programa CDP Supply Chain permite desenhar estratégias para engajamento de fornecedores por meio da análise dos riscos e oportunidades associados às mudanças climáticas e gerenciamento das emissões de GEE. Confere ainda uma abordagem colaborativa e inovadora que contribui para o desenvolvimento sustentável da cadeia de valor, um auxílio a clientes e fornecedores para ampliarem conhecimentos e experiências em relação às mudanças climáticas e gestão da água.

Outro programa, o Forest Stewardship Council (FSC), tem por objetivo apresentar o conjunto de ações coordenadas pelo FSC Brasil que apoiará no desenvolvimento de fornecedores com certificação FSC em locais estratégicos para a MRV com vistas à redução do risco de consumo de produtos sem origem garantida. A companhia possui política corporativa para gestão dos fornecedores para assegurar o respeito aos diretos humanos e o cumprimento das leis ambientais para produtos madeireiros. Para garantir o cumprimento dessa política, foram estabelecidas metas de consumo de produtos com origem certificada.

O FSC Brasil submete a proposta para apoiar no cumprimento das metas da MRV quanto ao consumo de materiais de origem certificada, atuando no desenvolvimento de fornecedores aptos a fornecer a certificação à empresa como garantia de origem e manejo responsável. A instituição realizará o mapeamento, engajamento e apoio técnico para que fornecedores possam obter a certificação FSC na modalidade de Cadeia de Custódia, que sucede o manejo florestal e envolve todo o processamento do material até sua origem final. Por solicitação da empresa, o FSC apresenta proposta para apoiar seu objetivo, com mapeamento e engajamento de fornecedores, bem como obtenção de diagnóstico dos locais estratégicos. Assim, promove a certificação nas regiões apontadas pela MRV, além de alinhar os colaboradores quanto à conformidade com as exigências e validação nas compras, o que garante o consumo responsável apontado nas metas.

Processos sustentáveis
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As iniciativas e os procedimentos de cunho sustentável, assim como o estímulo à sua multiplicação, são divulgados pela MRV na seção MRV Sustentável em seu website (www.mrv.com.br). No trato com os fornecedores, além de divulgar o canal, os colaboradores buscam estimular a troca de experiências.

Nesse sentido, em 2017 os maiores fornecedores com atuação nacional foram pesquisados sobre a forma como controlam seus consumos de água, energia e combustível e quais as ações adotadas para reduzir esses consumos. A partir das descrições, foram identificadas as melhores práticas, disseminadas entre as empresas, além da premiação daquelas que mais se destacaram nos aspectos de sustentabilidade: econômico, social e ambiental. A iniciativa terá continuidade em 2018 e envolverá também médios e pequenos fornecedores.

Outra ação de 2017 alcançou cinco prestadores de serviço em São Paulo, envolvidos em conscientizações sobre temas como gestão financeira, estratégia e combate à corrupção.

Com a criação da área de Compliance, no ano, a MRV buscou identificar alguns riscos relacionados à integridade de seus fornecedores, submetidos ao preenchimento de um questionário que subsidia sua classificação de acordo com os riscos: baixo, médio e alto.

Os fornecedores classificados com alto risco passam por processo de due diligence de integridade que visa buscar evidências que embasam o grau de exposição da MRV ao manter relações comerciais com eles e permitem a tomada de decisão de descontinuar as tratativas entre as partes. Fruto desse procedimento, um grande fornecedor foi retirado do cadastro em razão de estar exposto politicamente e ter em seu corpo dirigente um gestor indiciado por práticas de corrupção.