Gestão da eficiência
De acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), de 2015, a média de perdas totais de água no Brasil é de 36,7%. O Instituto Trata Brasil estima que o desperdício do recurso no País seja de 6,5 bilhões de metros cúbicos a cada ano, volume suficiente para abastecer mais de seis sistemas Cantareira, o maior do Estado de São Paulo e um dos mais grandiosos do mundo.
Nos últimos anos, a Aegea vem intensificando esforços a fim de contribuir para a redução desses indicadores. Nesse sentido, destaca-se o sistema de Gestão e Controle de Perdas (GCP), que coordena ações integradas nas áreas comercial e de engenharia para o controle de perdas reais (resultantes de vazamentos) e aparentes (decorrentes de fraudes ou imprecisões na medição). Em 2016, foi instituída ainda uma Gerência de Gestão e Controle de Perdas que, subordinada à Diretoria de Operações, tem a função de vistoriar obras e projetos em andamento nas concessionárias para adequação ao sistema de GCP.
Para tomar decisões mais assertivas e fundamentadas em uma base sólida de dados, estão sendo adotados nas concessionárias sistemas de telemetria e Centros de Controle Operacional (CCO), que permitem o monitoramento dos sistemas de água e esgoto remotamente e em tempo real. Águas Guariroba, Prolagos e as unidades da Nascentes do Xingu em Barra do Garças, Primavera do Leste, Campo Verde, Sinop e Sorriso já contam com essa estrutura de sensoriamento.
Em Águas Guariroba é utilizada também uma tecnologia pioneira no Brasil para identificação de vazamentos por meio de satélite. Trata-se da mesma metodologia usada para localizar água em outros planetas. Nos próximos anos, a inovação será estendida para o restante das unidades, a começar pela Prolagos.
Pilares do sistema de GCP

Gestão de pressão na rede
Manutenção da pressão de água a níveis adequados para redução do volume vazado e garantia do abastecimento.

Controle ativo de vazamentos
Ações e metodologias aplicadas para detectar vazamentos subterrâneos ocultos.

Velocidade e qualidade nos reparos
Procedimentos consolidados para agilizar a solução de vazamentos e evitar reincidências.

Gestão de infraestrutura
Adoção de critérios a serem monitorados pelas concessionárias, a exemplo de mapas de calor, já utilizados em algumas unidades e que indicam as regiões com alta incidência de vazamentos.

Gestão da micromedição
A micromedição1 é feita na instalação de novas ligações e na substituição de hidrômetros. Esse procedimento visa garantir o menor índice de submedição2.

Detecção e regularização de fraudes
Fiscalização por meio de tecnologias que permitem eficiência e baixos custos no combate a fraudes.
1. Medição realizada nos ramais de entrada das edificações.
2. Volume de água consumido, mas não cobrado, pelas concessionárias.
Como resultado dos investimentos realizados, destaca-se a redução do índice de perdas nas unidades – sobretudo em Águas de Timon e na operação da Nascentes do Xingu em Sinop (MT), que chegaram a intervalos de 16,6% de economia. As novas concessões normalmente apresentam elevados índices de perdas de água, principalmente as localizadas em regiões com infraestrutura ainda precária de saneamento (a média de perdas na região Norte está em torno de 73%), o que, consequentemente, afeta o índice geral de perdas da Aegea – que era de 38,2% ao fim de 2016.
Em relação à otimização de processos internos, as concessionárias contam com o apoio do Centro Administrativo Aegea (CAA), responsável pelos serviços de contabilidade, tributários e auditoria; financeiros; recursos humanos; segurança da receita; tecnologia da informação; entre outros. Essa concentração permite a qualificação das informações relatadas, o fortalecimento da interação e da sinergia entre as unidades e o crescimento da Companhia sem aumento de custos unitários. A uniformização de sistemas e processos possibilita ainda a formatação de um modelo padrão que pode ser replicado em qualquer localidade do País.