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BRASIL, NOSSO LAR
TRACTEBEL ENERGIA RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014 DOWNLOAD

GRI G4-4

A Tractebel Energia é controlada indiretamente pelo grupo franco-belga GDF SUEZ, maior produtor independente de energia do mundo, que atua e tem experiência em toda a cadeia de valor da energia e do gás natural, tanto na exploração e produção quanto no transporte, na distribuição e comercialização.

Fundada em 1998, a Companhia atua na implantação e operação de usinas geradoras de energia elétrica, sendo também agente ativo na comercialização. Sua capacidade instalada foi ampliada em 89% desde que as operações foram iniciadas. Ao final de 2014, operava 27 usinas, instaladas em 12 estados, nas cinco regiões do Brasil.

Orientada pela expansão consistente e sustentável, a Tractebel Energia atua alinhada às melhores práticas de governança corporativa, sendo liderada por gestores com amplo conhecimento do setor elétrico.

Fundada em 1998, a Tractebel atua na implantação e operação de usinas geradoras de energia elétrica, sendo também
agente ativo na comercialização. Ao fim de 2014, operava 27 usinas, instaladas em 12 estados, nas cinco regiões do País.

Estratégia

A Tractebel Energia tem como estratégia crescer de forma sustentável com disciplina financeira, mantendo um portfólio eficiente, baseado na diversificação por setores industriais, clientes e mercados (regulado e de clientes livres), conforme gráfico a seguir.

Energia contratada por tipo de cliente e abordagem estratégica adotada (em 31/12/2014)

Gráfico Energia contratada por tipo de cliente e abordagem estratégica adotada (em 31/12/2014)
* Percentuais estimados.

Em 2014, a produção líquida total de energia elétrica nas usinas operadas pela Companhia alcançou 47.773 GWh (5.454 MW médios), aumento de 7,9% em relação a 2013, configurando novo recorde anual, pois foram superados os 44.257 GWh (5.052 MW médios) do ano anterior. Do total gerado, as hidrelétricas foram responsáveis por 40.489 GWh (4.622 MW médios), expansão de 7,1%; as termelétricas, por 6.000 GWh (685 MW médios), crescimento de 5,8%; e as usinas complementares, por 1.284 GWh (147 MW médios), elevação de 67,2%. GRI EU2

Expansão GRI G4-13

Para manter sua participação no mercado como a maior geradora privada do Brasil, a Tractebel Energia busca o crescimento contínuo, consistente e sustentável. Diretamente ou por meio de sua controladora, a Companhia permanece atenta a oportunidades de expansão nas diferentes regiões brasileiras, desde que atendam aos requisitos de viabilidade econômica e conformidade com o conceito de sustentabilidade. Assim, vem diversificando sua matriz energética e os mercados regionais de atuação. Em linha com a matriz energética nacional, a Tractebel Energia prioriza fontes renováveis na ampliação do seu parque gerador, o que não significa excluir outras fontes das análises de expansão, desde que se mostrem necessárias à segurança energética do País.

A implantação de usinas hidrelétricas de grande porte, que representam parte importante da expansão, tem sido baseada em um modelo que prevê a transferência da participação da controladora no projeto para a Tractebel Energia somente após a mitigação dos principais riscos inerentes à implantação. Desde 2010, como reforço à transparência desse modelo, a transferência da participação é submetida à avaliação do Comitê Especial Independente para Transações com Partes Relacionadas, composto em sua maioria por membros do Conselho de Administração não indicados pela controladora. GRI G4-41

A capacidade instalada cresceu 62,5 MW em 2014. A expansão total do ano foi de 128,5 MW, por meio da incorporação ao parque gerador da Usina Termelétrica Ferrari, localizada em São Paulo, de 65,5 MW, e da entrada em operação das centrais eólicas Fleixeiras I e Mundaú, no Ceará – ambas de 30,0 MW e pertencentes ao Complexo Eólico Trairi – e da Usina Eólica Solar Fotovoltaica Cidade Azul, de 3,0 MW de pico, em Santa Catarina. Por outro lado, a Tractebel Energia solicitou à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em 2013, a revogação definitiva da autorização de operação e sua devolução à União da Usina Termelétrica Alegrete, com capacidade de 66,0 MW, por não ser economicamente viável.

Evolução da capacidade instalada própria em operação (em MW)

Evolução da capacidade instalada própria em operação (em MW)

As obras do Complexo Eólico Santa Mônica, no Ceará, com 97,2 MW de potência, seguiram seu curso para viabilizar a entrada em operação em 2016. A energia de Santa Mônica está direcionada para o mercado livre. Ainda em 2014, foi iniciada a expansão da Usina Termelétrica Ferrari de 65,5 MW para 80,5 MW, que deverá ser concluída em 2015.

Outro marco de 2014 foi a participação vitoriosa da Tractebel Energia no leilão de energia nova para entrega a partir de 2019, ocorrido em novembro, quando foram comercializados 389,9 MW médios pela Companhia. Esse montante será viabilizado pela expansão da termelétrica Ferrari e pela implantação do Complexo Eólico Campo Largo, na Bahia, de 178,2 MW em primeira etapa, e da Usina Termelétrica Pampa Sul, a carvão mineral, no Rio Grande do Sul, de 340,0 MW.

A predominância de fontes renováveis no parque gerador da Tractebel Energia será mantida nos próximos anos principalmente por duas ações. A primeira será a transferência da participação da GDF SUEZ na Usina Hidrelétrica Jirau – que agregará mais 1.500,0 MW nos próximos anos à capacidade própria de fontes renováveis da Companhia. A transferência da UHE Jirau contará com o envolvimento do Comitê Especial Independente para Transações com Partes Relacionadas. A segunda ação será o desligamento programado e escalonado de unidades geradoras com longo tempo de uso em usinas termelétricas em operação.

Além disso, a Tractebel Energia continua atenta a outras oportunidades de crescimento, por meio tanto da incorporação de ativos quanto da implantação de novos projetos.

Projetos em construção (em 31/12/2014)

* Existe a perspectiva de a participação da GDF SUEZ no projeto ser transferida para a Tractebel Energia.
Usina Tipo Localização Capacidade instalada (MW) Data de vencimento do termo
original da Concessão/Autorização
Total Partic. da Cia./Grupo
Jirau* Hidrelétrica Rio Madeira (RO) 3.750,0 1.500,0 ago-43
UTE Pampa Sul – Fase I Termelétrica Candiota (RS) 340,0 340,0 mar-50
Complexo Eólico Campo Largo – Fase I Eólica Umburanas e Sento Sé (BA) 326,7 326,7 a definir
Complexo Eólico Santa Mônica Eólica Trairi (CE) 97,2 97,2 jan-45
Ferrari (expansão) Biomassa Pirassununga (SP) 15,0 15,0 jun-42
Total 4.528,9 2.278,9

Projetos em desenvolvimento (em 31/12/2014)

Usina Tipo Localização Capacidade instalada (MW)
Total Partic. da Cia./Grupo
Complexo Eólico Santo Agostinho Eólica Lajes e Pedro Avelino (RN) 600,0 600,0
UTE Norte Catarinense Termelétrica Garuva (SC) 600,0 600,0
UTE Pampa Sul – Fase II Termelétrica Candiota (RS) 340,0 340,0
Complexo Eólico Campo Largo – Fase II Eólica Umburanas e Sento Sé (BA) 300,0 300,0
Total 1.840,0 1.840,0

Governança corporativa

A Companhia baseia sua governança nos princípios da ética e transparência e se empenha em adotar as melhores práticas de mercado que efetivamente criem valor e diferenciais à sua gestão.

Sua Política de Divulgação de Informações e de Negociação de Ações, disponível no website, atende às regras dos órgãos reguladores do mercado financeiro. Além disso, a Companhia está atenta à homogeneidade de suas informações e, a partir deste relatório, passa a incorporar diretrizes do padrão Relato Integrado, principalmente no que se refere ao modelo de negócio e aos aspectos de geração de valor no curto, médio e longo prazos.

O sistema de controles internos baseia-se no Sarbanes–Oxley Act (SOX). Permanentemente aprimorado, passa por testes e certificação anuais pela Administração, com posterior verificação de auditores externos contratados para esse fim. A auditoria interna se dedica a avaliar a correção na condução dos processos financeiros e não financeiros e na aplicação dos manuais e normas que embasam a gestão da Tractebel Energia.

Entre as práticas e os diferenciais adotados, destacam-se:

Novo Mercado – A Tractebel Energia integra o Novo Mercado, mais elevado nível de governança corporativa da BM&FBovespa, e adota práticas que superam em muitos casos as exigidas por esse segmento de listagem e a legislação.

Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) – Em 2014, a Tractebel Energia foi uma das 11 empresas a integrar o ISE pelo décimo ano consecutivo desde que foi criado. A nova carteira do Índice, que vigorará até janeiro de 2016, reúne 51 ações de 40 companhias, representantes de 19 setores. No fechamento de 24 de novembro, essas ações somavam R$ 1,2 trilhão em valor de mercado, o que equivalia a 49,9% do total do valor das companhias com ações na BM&FBovespa.

Melhoria contínua – Recomendações como as do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), do ISE, do Guia ISO 26000 e da Global Reporting Initiative (GRI) são consideradas pela Companhia nas avaliações de melhoria contínua de sua governança corporativa. Desde 2007, a Tractebel Energia publica seus relatórios de sustentabilidade alinhados às diretrizes da GRI e, a partir de 2013, passou a adotar a versão G4, na opção Comprehensive. Neste ciclo incorpora, gradativamente, as orientações do Comitê Internacional para Relatos Integrados (IIRC) em seu processo de comunicação.

Direitos dos acionistas |GRI G4-41

Especiais esforços são empregados pela Companhia para proteger o interesse de todos os seus acionistas, aos quais são garantidos os seguintes direitos:

  • votar em Assembleia Geral, ordinária ou extraordinária;
  • encaminhar suas recomendações ao Conselho de Administração por meio de canal específico no portal "Investidores" do website;
  • receber dividendos e participar da distribuição de lucros ou outras distribuições;
  • fiscalizar a Administração e retirar-se da Companhia nas situações previstas na Lei das Sociedades por Ações; e
  • receber no mínimo 100% do preço pago por ação ordinária do bloco de controle, conforme regulamento do Novo Mercado, em caso de oferta pública de ações em decorrência da alienação do controle (tag along de 100%).

Arbitragem – O Estatuto Social da Tractebel Energia estabelece que qualquer disputa entre seus acionistas, principalmente relacionadas ao mercado de capitais e ao direito societário, será resolvida na Câmara de Arbitragem do Mercado – órgão ligado à BM&FBovespa, independente e sigiloso para a solução de controvérsias.

Conselho Fiscal permanente – A partir de 2013, o Conselho Fiscal da Companhia tornou-se permanente, o que permite o aprimoramento dos controles em relação aos resultados divulgados.

Representante do Conselho de Administração no Comitê de Sustentabilidade – Desde 2012, um dos membros do Comitê de Sustentabilidade passou a ser o representante dos empregados no Conselho de Administração.

Administração

Organograma da Administração (em 31/12/2014) GRI G4-34

Organograma societário  simplificado
1 Composto por nove membros: presidente, vice-presidente e sete conselheiros, sendo quatro da controladora, dois representantes dos acionistas minoritários e um representante dos empregados.
2 Não permanente e majoritariamente composto por membros não indicados pela controladora.
3 Composto por membros do Conselho de Administração e representantes da controladora.
Seleção e nomeação dos administradores GRI G4-40

A Assembleia Geral Anual dos Acionistas elege os membros do Conselho de Administração, com base em qualificações pessoais e profissionais, e potencial de contribuição para a gestão da Companhia.

Comitês GRI G4-34

Além dos representados no organograma, outros oito comitês, alinhados à Diretoria Executiva e compostos por equipes multidisciplinares, dão suporte ao planejamento e à tomada de decisões relacionadas aos seus respectivos temas: Energia, Ética, Gerenciamento de Riscos, Gestão Tributária, Inovação, Segurança dos Sistemas de Controle Industrial, Sustentabilidade e Financeiro.

Composição GRI G4-38

Conselho de Administração

O Estatuto Social e o Regimento Interno do Conselho de Administração, disponíveis no website da Companhia, estabelecem as atribuições dos conselheiros e diretores executivos e as regras de delegação de autoridade. O Regimento tem entre seus objetivos assegurar a eficácia da contribuição dos conselheiros, além de estabelecer princípios, práticas, responsabilidades e padrões de ética e integridade que devem ser observados pelos membros do Conselho de Administração.

Entre as principais funções do órgão, destacam-se:

  • determinar missão, visão, valores, políticas e metas da Companhia;
  • decidir sobre os objetivos estratégicos de negócios e assegurar o estabelecimento de estruturas organizacionais e procedimentos para alcançá-los;
  • garantir esclarecimentos aos acionistas; e
  • eleger e destituir os diretores e fixar-lhes as atribuições, bem como fiscalizar a gestão desses executivos.

De acordo com o Estatuto Social, o Conselho deve ser composto por no mínimo cinco e no máximo nove membros efetivos e igual número de suplentes, todos escolhidos por meio da Assembleia Geral dos Acionistas (AGA), com mandato de dois anos, permitida a reeleição. Em 2014, o órgão contava com 18 membros, sendo nove titulares e nove suplentes. Um dos titulares deve assumir a função de presidente e outro a de vice-presidente do Conselho. Além disso, um dos membros e seu respectivo suplente devem representar os empregados, sendo eleitos por eles em votação direta, com homologação na Assembleia Geral. No mínimo 20% dos integrantes devem ser independentes, de acordo com a definição do regulamento do Novo Mercado. O presidente do Conselho de Administração não ocupa cargo de diretor executivo na Companhia. Anualmente, é realizada autoavaliação dos membros, registrada em ata pública. GRI G4-39 | G4-44

Uma das formas de fortalecer as ações de sustentabilidade no Conselho de Administração foi indicar um dos conselheiros para fazer parte do Comitê de Sustentabilidade. Além dessa forma de envolvimento, o presidente do Conselho participa da definição dos tópicos do Relatório de Administração e do de Sustentabilidade. Adicionalmente, a tomada de decisão relativa a novos empreendimentos inclui aspectos socioambientais e não somente os econômico-financeiros. GRI G4-43

Em 2014, foram comunicadas ao Conselho de Administração 43 preocupações críticas, segmentadas da seguinte forma: GRI G4-50

  • Natureza econômica/fiscal: 12;
  • Natureza administrativa: 14;
  • Investimentos: 10; e
  • Regulatórios ou de mercado: 7.

Composição do Conselho de Administração (em 31/12/2014) GRI G4-LA12

Titulares Suplentes
Maurício Stolle Bähr
Presidente
Patrick Charles Clement Obyn
Philip Julien De Cnudde
Vice-presidente
Pierre Victor Marie Nicolas Devillers
Antonio Alberto Gouvêa Vieira
Representante dos acionistas minoritários
Luiz Leonardo Cantidiano Varnieri Ribeiro
Representante dos acionistas minoritários
Dirk Achiel Marc Beeuwsaert Gil de Methodio Maranhão Neto
Guy Marie Numa Joseph Ghislain Richelle Luiz Eduardo Simões Viana
José Pais Rangel
Representante dos acionistas minoritários
José João Abdalla Filho
Representante dos acionistas minoritários
Manoel Arlindo Zaroni Torres André de Aquino Fontenelle Canguçu
Roberto Henrique Tejada Vencato
Representante dos empregados
Luiz Antônio Barbosa
Representante dos empregados
Willem Frans Alfons Van Twembeke José Carlos Cauduro Minuzzo
Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal da Tractebel Energia, que passou a ter caráter permanente em 2013, tem como atribuições a análise das Demonstrações Contábeis da Companhia, a fiscalização dos atos da Diretoria Executiva, a avaliação dos sistemas de gestão de risco e de controles internos e, no caso de contratação de serviços adicionais da empresa prestadora de serviço de auditoria das Demonstrações Financeiras, das propostas a serem submetidas ao Conselho de Administração.

O Conselho Fiscal é constituído por três a cinco membros efetivos e igual número de suplentes, eleitos pela AGA para mandato de um ano, sendo permitida a reeleição.

Oito comitês alinhados à Diretoria Executiva e compostos por equipes multidisciplinares dão suporte ao planejamento e à tomada de decisões

Composição do Conselho Fiscal (em 31/12/2014) GRI G4-LA12

Titulares Suplentes
Manoel Eduardo Lima Lopes Ailton Pinto Siqueira
Carlos Guerreiro Pinto Manuel Eduardo Bouzan de Almeida
Paulo de Resende Salgado Flávio Marques Lisboa Campos
Diretoria Executiva

Conforme o Estatuto Social, o diretor-presidente tem como responsabilidades conduzir as reuniões da Diretoria, coordenar e orientar as atividades dos demais diretores, atribuir a qualquer deles atividades e tarefas especiais e zelar pela execução das deliberações do Conselho de Administração e da Diretoria.

O diretor-presidente e os demais diretores são designados pelo Conselho de Administração e eleitos pela Assembleia Geral. A Diretoria Executiva atua na forma de colegiado, com abordagem matricial dos assuntos, respeitadas as atribuições específicas. Assim, os tópicos econômicos são de responsabilidade da Diretoria Financeira e de Relações com Investidores; os ambientais, da Diretoria de Produção; e os de responsabilidade social, da Diretoria Administrativa. Todos se reportam diretamente ao diretor-presidente da Companhia. GRI G4-35 G4-36 G4-42

Composição da Diretoria Executiva (em 31/12/2014) GRI G4-LA12

Nome Cargo
Manoel Arlindo Zaroni Torres Diretor-Presidente
José Carlos Cauduro Minuzzo Diretor de Produção de Energia
Luciano Flávio Andriani Diretor Administrativo
Marco Antônio Amaral Sureck Diretor de Comercialização de Energia
José Luiz Jansson Laydner Diretor de Desenvolvimento e Implantação de Projetos
Eduardo Antonio Gori Sattamini Diretor Financeiro e de Relações com Investidores
Edson Luiz da Silva Diretor de Planejamento e Controle
Remuneração dos conselheiros e diretores GRI G4-51G4-52

A política de remuneração do Conselho de Administração, da Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal considera os conhecimentos exigidos, a complexidade das funções desempenhadas e os resultados esperados.

Os membros do Conselho de Administração recebem remuneração anual em 13 parcelas variáveis, baseadas em indicadores financeiros, metas e resultados operacionais, incluindo aspectos relacionados à sustentabilidade. A remuneração do presidente do Conselho é maior que a dos demais conselheiros, e o membro eleito pelos empregados recebe bônus baseado na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) estabelecida para o corpo funcional.

A remuneração dos membros da Diretoria é composta por uma parcela fixa e outra variável, na forma de bônus. Os benefícios, como assistência à saúde, seguro de vida e previdência complementar, compõem a remuneração indireta.

Em 2014, a remuneração total do Conselho de Administração foi de R$ 5,8 milhões, sendo 19,5% referente à remuneração variável. Quanto à Diretoria Executiva, foi de R$ 14,5 milhões, sendo 44,6% referente à remuneração variável.

Os conselheiros fiscais recebem remuneração fixa, em forma de pró-labore, que é estabelecida pela Assembleia Geral de Acionistas, responsável também por eleger os conselheiros. O valor pago a cada membro em exercício não pode ser inferior a 10% da média da remuneração mensal fixa dos diretores executivos. Um total de R$ 415,8 mil foi pago ao Conselho Fiscal em 2014.

Vantagens competitivas

Preparo e Gestão

A Administração da Tractebel Energia é composta por executivos experientes, comprometidos com as melhores práticas de governança corporativa. Os empregados da Companhia são preparados para aliar à base técnica uma visão estratégica e gerencial dos negócios.

Sinergia e tradição

A controladora indireta da Tractebel Energia é a GDF SUEZ, maior produtora independente de energia do mundo, com capacidade instalada de 115,3 GW, que considera a América Latina, em especial o Brasil, uma de suas prioridades de investimento. A GDF SUEZ possui larga experiência em operações em outros países, onde atua considerando aspectos técnicos, operacionais, regulatórios e socioambientais que possibilitem ganhos de processo.

Foco na geração e comercialização de energia

Por não atuar na distribuição e transmissão de energia, a Tractebel Energia maximiza o potencial de seu capital humano na prospecção, na avaliação e no desenvolvimento de oportunidades de novos negócios em geração e comercialização, evitando possíveis sobreposições de interesses.

Por atuar em 12 estados e nas cinco regiões do Brasil e possuir matriz energética diversificada, a Companhia consegue atenuar os efeitos das variações climáticas na geração de energia, melhor atender aos compromissos de venda de energia e auxiliar o País quanto à segurança energética.

A Companhia direciona parte de sua geração com fontes renováveis não convencionais aos clientes livres que demandam esse tipo de energia.

Os gráficos a seguir mostram o portfólio de clientes e a diversificação por setores industriais.


Composição do portfólio de clientes (em 31/12/2014)

Composição do portfólio de clientes (em 31/12/2014)
* Percentuais estimados.
A controladora indireta da Tractebel Energia é a GDF SUEZ, maior produtora independente de energia do mundo, com capacidade instalada de 115,3 GW, que considera a América Latina, em especial o Brasil, uma de suas prioridades de investimento

Forte geração de caixa, com solidez econômico-financeira

A disciplina financeira da Tractebel Energia e a diversificação de seu portfólio de clientes e da matriz energética, combinadas com sua solidez econômico-financeira, constituem forte diferencial à disposição do mercado de clientes de energia.  Em dezembro de 2014, a Standard & Poor’s reafirmou os ratings de crédito corporativo da Companhia em 'brAAA/brA-1' na Escala Nacional Brasil, com perspectiva estável.

Diversificação por setores industriais (em 31/12/2014)

Diversificação por setores industriais (em 31/12/2014)
Fonte: Estudo interno da Tractebel Energia baseado em classificação do IBGE.

Atratividade para o mercado de capitais

Desde o seu ingresso no Novo Mercado da BM&FBovespa, em 2005, as ações da Tractebel Energia vêm apresentando bom desempenho, com valorização superior à do Ibovespa. Além das vantagens competitivas, contribuem para o êxito no mercado de capitais os seguintes diferenciais:

  • atuação em setor estratégico, de perfil defensivo em tempos de crise;
  • financiamento em condições atrativas, com excelente classificação de risco: os ratings obtidos em 2013 foram mantidos em 2014;
  • desempenho financeiro estável, com forte geração de caixa, margem EBITDA média elevada, lucro líquido consistente, baixa exposição cambial e ativa gestão financeira;
  • liderança no setor, posicionada como a maior geradora privada de energia no Brasil;
  • maior valor de mercado entre as empresas do setor elétrico: R$ 22,1 bilhões no final de 2014;
  • clara estratégia comercial, com adequado nível de contratação nos próximos anos e contratos indexados à taxa de inflação;
  • boa previsibilidade do fluxo de caixa;
  • matriz energética diversificada, composta por plantas hidrelétricas de pequeno, médio e grande portes, termelétricas, eólicas, fotovoltaicas e a biomassa; e
  • racional distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio (payout).

A definição do valor do payout a ser distribuído depende das condições macroeconômicas, da condição financeira e das perspectivas de investimento. O compromisso da Administração é o pagamento mínimo equivalente a 55% do lucro líquido ajustado no ano, que é superior aos 30% previstos no Estatuto Social, já acima dos 25% previstos na Lei das S.A.

Em 2014, o total de proventos atingirá R$ 775,2 milhões, equivalente a R$ 1,1875973571 por ação ou 55% do lucro líquido distribuível ajustado.

O payout anual definido desde quando a Companhia realizou a oferta secundária de ações – que resultou no seu ingresso no Novo Mercado da BM&FBovespa (em 2005) – é apresentado a seguir.

Evolução do payout – 2005 a 2014

Diversificação por setores industriais (em 31/12/2014)
1 Considera o lucro líquido ajustado do exercício.
2 Baseado no preço de fechamento ponderado por volume das ações ON no período.

Ativos intangíveis

Além dos considerados nas Demonstrações Contábeis, são ativos intangíveis da Tractebel Energia: o capital humano; a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação; e a imagem.

Capital humano

Em um setor competitivo e de alta tecnologia, que fornece um bem essencial à sociedade, a qualificação do corpo funcional é fundamental. Por isso, a Tractebel Energia investe continuamente na capacitação, o que permite também atrair e reter os melhores talentos. Em 2014, foram oferecidas 75.386 horas de treinamento, desenvolvimento e capacitação formal, uma média de 66,5 horas por empregado.

Para assegurar a qualificação de seu capital humano, a Companhia mantém ainda os seguintes programas: GRI EU14

  • Programa Novos Líderes;
  • Programa Formação de Líderes;
  • Programa Média Gerência;
  • Programa Desenvolvimento Gerencial;
  • Programa Educação Corporativa: Desenvolvimento Pessoal, Desenvolvimento de Liderança, Desenvolvimento Técnico e Desenvolvimento em Assuntos Relacionados ao Negócio;
  • Programa Formação Escolar;
  • Programa Idiomas;
  • Programa Gestão de Desempenho; e
  • Plano de Desenvolvimento Individual (coaching).

Pesquisa, desenvolvimento e inovação

Assim como sua controladora, a Tractebel Energia se empenha em estimular a criatividade dos empregados com foco na inovação nas atividades profissionais. Nesse sentido, mantém o programa Inove, que premia ideias e projetos inovadores em cinco categorias: Operação e Manutenção, Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), Comercial e Negócios, Socioambiental, e Gestão. Todos os empregados podem participar, exceto gerentes de unidades organizacionais e membros do Comitê de Inovação. No último ciclo, foram 60 projetos inscritos e sete premiados.

Outro mecanismo importante para fortalecimento da cultura inovadora é o programa de P&D da Tractebel Energia, orientado pela Lei nº 9991/2010, que determina às empresas do setor elétrico a aplicação de 1% da sua receita líquida anual em P&D, de acordo com a seguinte distribuição:

  • Projetos de P&D: 40%;
  • Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT): 40%; e
  • Ministério de Minas e Energia (MME), para custeio da Empresa de Pesquisa Energética (EPE): 20%.

Os objetivos dos projetos de P&D devem ser submetidos à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O programa de P&D da Tractebel Energia tem foco em capacitação, desenvolvimento tecnológico, difusão de conhecimento, redução de impactos ambientais e pesquisa em biodiversidade e relacionadas a energias renováveis.

O Anexo 4 contém os projetos de P&D em 2014.

Imagem

São as atitudes e práticas da Companhia que constroem e fortalecem sua imagem corporativa. Os fundamentos para isso são o compartilhamento dos valores, a eficiência operacional, a transparência e o diálogo. Canais de comunicação permanente com os stakeholders, pesquisas e consultas permitem identificar e avaliar as expectativas relacionadas às operações e à percepção da imagem da Tractebel Energia.

Criação de valor

A criação de valor para os acionistas e a sociedade reforça o compromisso da Tractebel Energia com o desenvolvimento sustentável e integra seus valores corporativos. Entre os aspectos essenciais à criação de valor da Companhia, estão os capitais financeiro, manufaturado, intelectual, humano, social e de relacionamento e natural, conforme exemplifica a tabela a seguir – aliada aos princípios do Relato Integrado.

Capitais
Financeiros   Manufaturado   Intelectual   Humano   Social e de relacionamento   Natural
  • Ativos
  • Retorno do investimento
 
  • Usinas
  • Instalações
  • Tecnologias
 
  • Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P, D & I)
 
  • Capacitação e treinamento
  • Saúde e segurança
  • Promoção da ética e integridade
 
  • Impostos
  • Programas de responsabilidade social corporativa: melhoria ambiental, promoção cultural e inclusão social
  • Programa de Educação para a Sustentabilidade
 
  • Áreas de Preservação Permanente (APP)
  • Áreas de Proteção Ambiental (APA)
  • Parques ambientais
  • Hortos florestais
  • Viveiros de mudas