A crença de que é possível crescer de maneira sustentável e envolver toda a sua rede de relacionamento em práticas que contribuem para a construção de um mundo melhor faz parte do jeito de ser da Algar Agro desde a sua fundação. A mesma convicção é compartilhada por todas as empresas do Grupo Algar, que é signatário do Pacto Global – iniciativa desenvolvida pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de mobilizar a comunidade empresarial para a adoção de valores nas áreas de direitos humanos, relações de trabalho, meio ambiente e combate à corrupção.
Na Algar Agro, a concretização de tais valores se dá por meio de programas em duas vertentes – ambiental e educacional –, que são totalmente complementares.
A Algar Agro se orgulha de produzir alimentos saudáveis, de acordo com as mais exigentes regras internacionais, e respeitando o meio ambiente. Essa postura motiva desafios constantes com o propósito de evoluir nas práticas sustentáveis capazes de diminuir os impactos de seus negócios.
A Companhia tem consciência de que as grandes mudanças climáticas se devem à emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE), que podem afetar diretamente as atividades de agricultura e, consequentemente, o seu negócio. No que se refere a sua principal matéria-prima, a soja, há uma influência direta sobre a produtividade e o preço. Neste sentido, a Companhia vem trabalhando para reduzir a emissão de GEE, adotando processos cada vez mais autossustentáveis que objetivam, por exemplo, a redução de consumo de óleo diesel nos seus geradores, a redução do uso de BPF nas caldeiras, a troca das matrizes por caldeiras com consumo de biomassa e a redução do consumo de energia elétrica. Além disso, como signatária da Moratória da Soja, assumiu o compromisso público de não comercializar soja oriunda de áreas que forem desflorestadas após a assinatura do pacto, dentro do bioma Amazônia.
Para acelerar a disseminação da cultura ambiental, o engajamento com causas ambientais por parte dos associados é fundamental. A Algar Agro incentiva o surgimento de novas ideias e o desenvolvimento de projetos capazes de aprimorar todos os seus processos. A meta da Companhia é estar apta a obter todas as certificações ambientais – e também as de gestão de qualidade, da saúde e da segurança – correspondentes à sua área de negócios.
Estimular a consciência ecológica entre produtores, fornecedores e clientes é outro pilar importante para a sustentabilidade no longo prazo. Em 2011, uma auditoria passou a validar as boas práticas ambientais nos fornecedores de soja. Estes também são alvo do programa Dia de Campo, que visa difundir e estimular a adoção de boas práticas.
Em 2011, as atividades da Algar Agro geraram 1.482.589 toneladas de materiais, entre grãos (1.306.552 t), matérias-primas e insumos (1.807 t) e embalagens (174.231 t) do tipo filme polietileno, frascos PET, latas de 900 mililitros e 9 litros, rótulos, caixas de papelão, tampas e sacarias para farelo e semente. O volume, 17,7% maior em relação ao ano anterior, que foi de 1.259.286 toneladas, ocorreu em virtude do aumento do nível das operações.
A Algar Agro investe permanentemente em pesquisa com o propósito de diminuir o impacto das embalagens utilizadas. Neste sentido, foi pioneira a adoção de frascos PET do óleo de soja com 17,5 gramas – o frasco anterior, utilizado por todo o mercado, pesa 20 gramas.
Com a regulamentação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, a meta da Algar Agro, em parceria com os seus fornecedores, será a implantação de um processo de logística reversa de suas embalagens. Outro desafio da Companhia é implementar o uso de material reciclado conforme já acontece com as embalagens de papelão.
O modelo de gestão energética adotado pela Companhia objetiva gerar riqueza para o País com o menor consumo de energia possível. Para isso, a Algar Agro adequou parte de seus motores, adotando equipamentos de alta performance. Também foi alvo de ações de reformulação o sistema de iluminação das principais atividades nas unidades de Uberlândia e Porto Franco. As reduções obtidas permitiram à Algar Agro cumprir a meta de consumo de 30 kWh/tonelada de soja recebida no ano de 2011. No ano de 2012, a meta é manter o consumo de 30 kWh/tonelada de soja recebida.
Consumo de energia indireta, por fonte: | |||
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2009 | 2010 | 2011 | |
Não renováveis | |||
Eletricidade |
0 | 0 | 0 |
Aquecimento |
0 | 0 | 0 |
Vapor |
0 | 0 | 0 |
Energia Nuclear |
0 | 0 | 0 |
Outras formas de energia importada |
0 | 0 | 0 |
Renováveis | |||
Solar |
0 | 0 | 0 |
Eólica |
0 | 0 | 0 |
Geotérmica |
0 | 0 | 0 |
Hidrelétrica (GJ) |
134.954 | 129.212 | 143.229 |
Energia intermediaria de origem em biomassa |
0 | 0 | 0 |
Energia intermediaria de origem em hidrogênio |
0 | 0 | 0 |
Total | 134.954 | 129.212 | 143.229 |
Energia não renovável (GJ) | |||
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2009 | 2010 | 2011 | |
Óleo diesel | 16.724 | 15.273 | 12.305 |
BPF | 997 | 830 | 777 |
GLP | 1 | 1 | 1 |
Total | 17.721 | 16.104 | 13.083 |
Energia renovável (GJ) | |||
---|---|---|---|
2009 | 2010 | 2011 | |
Lenha | 79 | 62 | 102 |
Cavaco de Madeira | 0 | 15 | 474 |
Bagaço de cana-de-açucar | 400 | 46.094 | 49.682 |
Total | 479 | 46.171 | 50.258 |
Emissão de Gases do Efeito Estufa (GEE)
Em 2011, a Algar Agro reduziu em 28,8% a emissão de CO2, que foi de 18.697 toneladas ante o total de 26.263 toneladas emitidas no ano anterior.
Emissões Diretas (tonCO2e) | ||
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Substância | 2011 | 2010 |
Geração de eletricidade, calor ou vapor (EN3) | 16.846 | 23.974 |
Outros processos de combustão | 752 | 614 |
Beneficiamento físico-químico | 1 | 1 |
Transportes de materiais, produtos ou resíduos | - | - |
Abertura de respiradouros | - | - |
Emissões Fugitivas | 0 | 0 |
Emissões Indiretas (tonCO2e)(EN4) | ||
---|---|---|
Substância | 2011 | 2010 |
Consumo de Energia Elétrica Adquirida | 1.034 | 1.603 |
Total de emissões Diretas e Indiretas | 18.697 | 26.263 |
Além das emissões diretas detalhadas, as ações da Algar Agro geraram, ainda, 64,8 tCO²e em 2011, referente às viagens em aviação comercial. O volume de outras emissões indiretas relevantes de GEE equivale, portanto, a apenas 0,37% do total de emissões diretas.
Desta forma, o foco da Algar Agro em ações de reduções de GEE são as emissões provocadas pelas fontes estacionárias. Nesse sentido, um dos projetos mais ousados e acertados é o de renovação da matriz energética, vencedor da Mostra Algar de Inovação em 2010. Na Unidade Uberlândia/MG, a substituição teve início em 2008, quando o combustível fóssil (óleo BPF) passou a ser substituído, gradativamente, por biomassa (bagaço de cana). A mudança possibilitou em 2010 uma redução de 46% e em 2011 mais uma queda de 11%.
O próximo passo é, em 2012, iniciar o processo de transição na unidade Porto Franco/MA, onde a fonte de energia renovável que se mostrou mais adequada é a madeira. Para a primeira etapa, a Algar Agro investiu no plantio de 6 mil hectares de eucalipto que será usado para abastecer a caldeira da nova refinaria, com redução de cerca de 80% na emissão de CO². Com esta e outras ações sustentáveis que já são práticas no dia a dia da Companhia, a Algar Agro terá a primeira refinaria verde do País.
No que se refere ao consumo de óleo diesel, houve uma redução de 14% nos últimos dois anos (9% em 2010 e 5% em 2011) em virtude da substituição do uso de geradores de energia em duas unidades de recepção de soja da Algar Agro, ambas localizadas no Maranhão. Como o inventário de GEE passou a ser quantificado somente em 2010, não foi possível comparação entre os anos de 2009 e 2010, ano em que a redução na emissão de CO²e foi muito mais expressiva, chegando a 46%.
Iniciativas para reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa e as reduções obtidas. | |||
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Ação realizada** | Redução Obtida | Área em que a ação foi realizada |
Ano |
Reduzir o volume de óleo BPF utilizado na geração de vapor para o processamento de soja | 46% | Fábrica Uberlândia | 2010 |
Reduzir o volume de óleo BPF utilizado na geração de vapor para o processamento de soja | 11% | Fábrica Uberlândia | 2011 |
Reduzir o consumo de óleo diesel | 9% | Uberlândia e Filiais | 2010 |
Reduzir o consumo de óleo diesel | 5% | Uberlândia e Filiais | 2011 |
Total de Redução Obtido (ao comparar 2011 e 2010) | 7.551 toneladas de CO2e -28,76% |
Derramamentos significativos, multas e outras sanções
Em 2011, não houve derramamentos significativos na Algar Agro, mas a Companhia tem como meta, em 2012, implantar o Programa de Ajuda Mútua (PAM) a fim de apoiar as demais empresas do Distrito Industrial de Uberlândia com os equipamentos, equipe e conhecimento da Brigada de Atendimento de Emergência constituída na Algar Agro desde 1996. No último ano, a Companhia também não sofreu multas ou sanções não monetárias resultantes da não conformidade com leis e regulamentos ambientais.
A Algar Agro avalia toda a matéria-prima na entrada de suas duas unidades, bem como a qualidade dos insumos utilizados nos processos produtivos. Desde 2005, a gestão de riscos focada na segurança alimentar de seus produtos está em conformidade com normas e procedimentos nacionais e internacionais respeitados, como o Codex Alimentarius e o GMP Quality Control of Feed Materials.
A Companhia possui certificação de 100% para farelo e óleo de soja ABC de Minas. Embora não certificados, os demais produtos da marca têm seus fornecedores auditados pela Algar Agro. Também são 100% avaliados, visando os impactos em saúde de segurança e buscando melhorias, os estágios de ciclo de vida de produto a seguir: (i) armazenamento, distribuição e fornecimento; (ii) marketing e promoção; e (iii) disposição, reutilização e reciclagem. Sobre o último item especificamente, a Companhia não tem registro do percentual de produtos reciclados junto aos consumidores. Fazer esta análise é um desafio que está sendo delineado junto à Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), em conformidade com a Política Nacional de Resíduos Sólidos.
A Algar Agro possui moderno laboratório de controle de qualidade e profissionais com mais de 30 anos de experiência. Conta ainda com apoio de laboratórios credenciados junto ao Ministério da Agricultura, o que permite a validação dos seus produtos de acordo com as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Ministério da Agricultura e do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). Estes dois últimos avaliam periodicamente os produtos da Companhia.
Em 2011, foram registrados apenas dois casos de não conformidade, ambos relacionados ao óleo de soja em lata de 900 mililitros, que resultaram em multa de R$ 4.739,00. A Companhia considera como multa significativa valores iguais ou superiores a R$ 5.000,00. Mesmo assim, por acreditar que mais significativo que o valor monetário é o compromisso que tem com a sociedade, relata o fato, bem como as medidas adotadas. Após processo de avaliação interna, foi concluído que houve microvasamentos nas embalagens provocados pelo transporte do produto. Por se tratar de ocorrência pontual, não foi necessário o recall do lote.
Sobre os procedimentos de rotulagem, a Algar Agro cumpre as todas as exigências existentes, que se referem às propriedades nutricionais dos produtos. Para isto mantém procedimentos operacionais e equipe especializada na análise dos rótulos, o que proporciona amplo atendimento a todos os órgãos de regulamentação e fiscalização correspondentes. Sendo assim, não houve nenhum caso de não conformidade com regulamentos e códigos voluntários relacionados a informações e rotulagem de produtos no último ano. Em 2012, é meta da Companhia implantar procedimento em conformidade com a Política Nacional de Resíduos Sólidos para conscientizar a população sobre o impacto do óleo de soja na água, quando este não é disposto de forma correta para a reciclagem.
A mesma preocupação norteia as atividades de pecuária de corte e leite, que são desenvolvidas nas fazendas localizadas no Mato Grosso do Sul e no Triângulo Mineiro. Para levar ao mercado produtos de qualidade, com a garantia de segurança alimentar, a Companhia adota boas práticas produtivas, que respeitam os princípios implícitos nos manuais dos órgãos reguladores.
Em 2012, é meta da Algar Agro a validação da certificação de parte de sua produção pecuária, para que uma de suas unidades produtivas passe a integrar o seleto grupo da lista TRACE, que congrega Estabelecimentos Rurais Aprovados (Eras) habilitados para livre comércio com os países do Bloco Comum Europeu. Tais estabelecimentos devem ser aprovados juntos ao Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos (Sisbov), cuja regulamentação dos pré-requisitos é de autonomia do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa).
A preocupação com a qualidade dos serviços da Companhia considera também a satisfação dos clientes. A Algar Agro realiza anualmente uma pesquisa de satisfação com entrevistas a clientes do varejo, farelo e originação em todos os Estados em que atua. A Pesquisa avalia satisfação quanto ao atendimento comercial, logística, serviços financeiros, serviços prestados pelo CRC (Centro de Relacionamento com o Cliente) e a imagem institucional da Companhia. Os resultados da pesquisa realizada em 2011 serão divulgados em fevereiro e servirão para balizar as ações em 2012.
Em linhas gerais, no que se refere à responsabilidade pelo produto, não houve multas significativas na Algar Agro em 2011. A Companhia considera como multa significativa valores iguais ou superiores a 5% do faturamento. Todavia, a Companhia avalia que mais significativo que o valor monetário é o compromisso que a Algar Agro tem com seus clientes e comunidade, e por esta razão que qualquer multa deve ser relatada pelo fato gerador e não pelo valor. O resultado é fruto do compromisso da Companhia de buscar sempre o "lucro válido", ou seja, investir continuamente em treinamento e equipamentos, para garantir que seus produtos tenham qualidade, estejam de acordo com a legislação e não causem nenhum tipo de prejuízo à sociedade.
A Companhia é contra todo e qualquer tipo de discriminação e adota todas as medidas cabíveis para evitar este tipo de conduta em seu negócio. Entre as ações preventivas e corretivas está a Comissão de Associados que, na eventualidade de alguma irregularidade, participa ativamente de uma sindicância, que é acompanhada pelas áreas Jurídica e de Talentos Humanos.
Em 2011, não houve nenhum caso de discriminação registrado na Algar Agro. Também não houve registro de operações que colocaram em risco ou ameaçaram o direito à liberdade de associação e negociação coletiva e a Companhia não sofreu multas significativas e sanções não monetárias resultantes da não conformidade com as leis e regulamentos. Porém, considerando a transparência das informações, a Algar Agro declara o total de R$ 34 mil em multas trabalhistas no período.
O Código de Conduta para todas as empresas do Grupo Algar estabelece como regra a não utilização e não aceitação de parceiros e fornecedores que atuam com trabalho escravo e/ou força de trabalho infantil e não há, na Algar Agro, operações identificadas como de risco significativo para ocorrências de trabalho de menores. Em 2011, não foram identificadas nenhum tipo de ocorrência de exploração de mão de obra escrava ou infantil, bem como não houve casos de violação de direitos indígenas.
Para reforçar ainda mais a preservação dos Direitos Humanos, todos os contratos firmados com clientes e fornecedores possuem cláusulas atestando que estes não empregam menores, exceto na condição de aprendiz, bem como não empregam aprendizes em locais insalubres ou que possam causar prejuízo à saúde. Da mesma forma, os contratos contam com cláusulas sobre trabalho escravo e trabalhadores em situação análoga à escravidão. Adicionalmente, em toda compra de soja, a Companhia consulta a "Lista do Trabalho Escravo", divulgada pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
A Algar Agro, assim como todas as empresas do Grupo Algar, trata a educação como um meio eficiente para garantir a sustentabilidade das gerações futuras. Por esse motivo todos os projetos de sustentabilidade focam o desenvolvimento do potencial humano e são amplamente divulgados. As ações internas de educação ambiental e cidadania são difundidas em um portal de comunicação ambiental dirigido aos associados. Outra ferramenta importante na difusão de informação e conhecimento – de treinamentos técnicos a questões de sustentabilidade – é a plataforma de Ensino a Distância (EaD) da UniAlgar.
Os investimentos educacionais na comunidade, por sua vez, são concretizados por meio do Instituto Algar, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) que recebe doações de todas as empresas do Grupo Algar. Em 2011, a Algar Agro contribuiu com um total de R$ 415 mil.
Os recursos serviram para projetos executados em parceria com 108 escolas públicas de 11 cidades em quatro Estados (São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Maranhão), e que envolveram cerca de 500 educadores e mais de 10 mil alunos. Nas regiões em que a Algar Agro atua, sobretudo no Norte e no Nordeste, a atuação do instituto é bastante marcante, com adesão de praticamente 100% das escolas convidadas a integrar o programa. Associados da Companhia também são motivados a participar como voluntários da ação, que tem como objetivo desenvolver atividades de formação continuada de educadores e alunos para melhorar a leitura, a escrita e promover a inclusão digital. topo