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Relatório Anual de Sustentabilidade 2012

Estratégia

Novas oportunidades e parcerias estratégicas poderão colaborar com o aperfeiçoamento de processos produtivos da QGEP

O crescimento da Queiroz Galvão Exploração e Produção (QGEP) está pautado na ampliação do portfólio e no amadurecimento dos ativos. Para isso, a Companhia intensificará a busca de novas oportunidades e projetos exploratórios, com foco no Brasil, sobretudo em bacias produtoras e emergentes. A Companhia ainda visa fortalecer parcerias estratégicas que contribuam para a mitigação de riscos e o aprimoramento de seu conhecimento sobre os processos produtivos da cadeia de exploração e produção.

A QGEP pretende estar entre as três maiores companhias brasileiras produtoras de óleo e gás natural até 2020, sendo reconhecida pela sociedade por sua gestão transparente e responsável. Entre os principais desafios operacionais previstos nesse período estão o desenvolvimento do Campo de Atlanta e futuramente da descoberta de Carcará.

A capacidade de investimento da Companhia é um insumo importante para assegurar a implantação dessa estratégia. O Capex (investimentos que serão realizados em equipamentos e instalações) estimado para 2013 e 2014 é de US$ 155 milhões e US$ 360 milhões, respectivamente. Para os próximos períodos, a QGEP prevê o incremento desse montante a fim de continuar o desenvolvimento de Atlanta e da perfuração de poços exploratórios nas bacias de Campos, Santos e Camamu-Almada.

capex líquido para qGEP (Us$ milhões) capex líquido para qGEP (Us$ milhões)
 





Gestão estratégica de riscos

GRI 1.2 | 4.11 | PG 7

O gerenciamento de riscos da QGEP é baseado na Política de Gestão de Riscos de Mercado, aprovada pelo Conselho de Administração em 2011, a fim de formalizar as medidas elegíveis de mitigação de exposição aos riscos de mercado não inerentes à atividade de exploração e produção de óleo e gás, entre eles o risco cambial. Determina ainda condições e limites para o uso de instrumentos derivativos, que só poderão ser contratados com o objetivo de hedge. A avaliação de riscos é feita por um grupo de trabalho formado por profissionais de diversas áreas da Companhia, ouvindo especialistas de mercado e prestando contas à Diretoria e ao Conselho de Administração.

No que diz respeito aos blocos por ela operados, a Companhia utiliza as metodologias reconhecidas na indústria, tais como Análise Preliminar de Riscos (APR) e Hazard and Operability Study (HAZOP). Além disso, são realizadas vistorias periódicas nas companhias prestadoras de serviços, incluindo a verificação da Prática de Gestão nº 12 do Regulamento Técnico da Resolução ANP n° 43/07 (Sistema de Gerenciamento de Segurança Operacional – SGSO), que estabelece requisitos para a identificação e a análise de riscos que podem resultar em incidentes.

Está prevista para 2013 uma nova estrutura de gerenciamento de incidentes baseada no Incident Command System (ICS). Para acompanhamento e gerenciamento de outros riscos, a Companhia analisa a possibilidade de implementar um comitê específico nos próximos anos.

Para mais informações, acesse o Formulário de Referência em www.qgep.com.br/ri na seção Comunicados e Atas/Documentos Entregues à CVM.

Ativos intangíveis

Os ativos intangíveis gerenciados pela QGEP são vistos de maneira estratégica. Esses aspectos são fundamentais para o sucesso das iniciativas e dos negócios. Por isso, a Companhia investe continuamente em iniciativas que aprimorem esses ativos.

Marca

A trajetória ímpar do Grupo Queiroz Galvão ao longo de 60 anos imprime um valor significativo na reputação da QGEP. A atuação responsável em setores como construção, concessões, energia, empreendimentos imobiliários, agroindústria e siderurgia também está presente na exploração e produção de óleo e gás. Dessa forma, a marca da Companhia está associada a atributos de solidez, responsabilidade e confiabilidade. Além disso, sua presença no mercado de capitais e consequente adoção de práticas de governança somam a esse universo de referências o reconhecimento da transparência na divulgação de informações e no relacionamento com diversos públicos.

Principais riscos gerenciados pela QGEP
  • Futuras perfurações podem não ser realizadas ou não produzir petróleo ou gás em quantidade ou qualidade viáveis do ponto de vista comercial.
  • A exploração e a produção de óleo e gás envolvem riscos como vazamentos, explosões em dutos e poços exploratórios e desastres ambientais e geológicos.
  • O fato de não ser operadora na maioria de seus Blocos limita a capacidade da QGEP de controlar as atividades de exploração, o prazo de desenvolvimento, os custos associados e a taxa de produção oriunda de qualquer exploração com sucesso.
  • A perda ou o afastamento de membros da alta administração e da equipe de exploração e produção pode prejudicar o sucesso no futuro.
  • Os projetos estão sujeitos a atrasos e estouros de custos orçados, podendo afetar negativamente operações atuais e futuras.
  • Os preços internacionais de referência e a demanda do petróleo cru e do gás natural podem oscilar por causa de fatores alheios ao controle da Companhia.
  • A indústria de petróleo e gás natural está sujeita à intensa regulamentação e intervenção do governo federal.
  • As variações da taxa de câmbio dólar-real podem ter efeito sobre os itens denominados em dólares ou que tenham o valor em reais indexado ou fortemente influenciado pela cotação da moeda estrangeira.

260 milhões de barris de óleo compõem o volume recuperável do Campo de Atlanta

O fortalecimento da marca ocorre ainda pela participação em importantes feiras e eventos. Em 2012, a QGEP participou da Rio Oil & Gas Expo and Conference, principal evento do setor na América Latina, em parceria com outras empresas do Grupo (Construtora e Óleo e Gás), além do Rio Investors Day. Também contribuiu para a construção do livro Boas Práticas de Responsabilidade Social, publicado pelo Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) e lançado na Rio Oil & Gas. Para 2013, está prevista a readequação dos escritórios e dos websites, em linha com a nova identidade visual desenvolvida, com o intuito de dinamizar ainda mais esses espaços.

Capital humano

Para a QGEP, o desenvolvimento integral de seu capital humano envolve não apenas o reconhecimento da experiência de seus profissionais, mas também a valorização de novos talentos que acelerem processos inovadores na gestão. Essa união de equipes diferencia a Companhia de seus concorrentes. Para garantir a evolução desse modelo e a manutenção de um ambiente de trabalho propício para obter o melhor de cada colaborador, a QGEP investe no desenvolvimento e na qualificação das pessoas. Além de estabelecer uma contínua política de portas abertas, em 2012 a QGEP lançou sua intranet com um canal de ouvidoria disponível pelo Fale Conosco. Essas iniciativas reforçam o compromisso da empresa com a transparência e os valores expressos em sua visão e missão.

Incentivo à inovação

O investimento constante em metodologias, ferramentas e novos processos para a prospecção e operação de poços são necessários para gerenciar adequadamente o nível de incerteza do negócio. O desenvolvimento de tecnologias inovadoras é incentivado por meio da participação em comitês setoriais e seminários e do diálogo com o mercado e a comunidade científica. No Campo de Atlanta, por exemplo, o desafio da QGEP é fazer a junção de várias tecnologias para explorar o primeiro Campo de águas ultraprofundas com óleo pesado de 14º API em arenito friável. Os elementos necessários para a extração já são utilizados, mas ainda não foram aplicados de maneira conjunta. Para isso, a Companhia montou um corpo técnico com alta competência.

A produção do óleo pesado é mais complexa e custosa que a do óleo leve, cuja extração se torna um desafio para muitas companhias. A correta avaliação de viabilidade econômica implica na utilização de ferramentas e tecnologias adequadas e testadas com sucesso nessas acumulações de óleo pesado.

Operado pela QGEP, o Campo de Atlanta apresenta um elevado potencial produtivo, com cerca de 260 milhões de barris de óleo recuperável. Contudo, as características desafiadoras para sua exploração farão com que o projeto seja pioneiro, permitindo que a Companhia e os demais participantes do consórcio comprovem a eficácia da utilização integrada de tecnologias para a perfuração e a completação dos poços do Campo, além de fornecer valiosas informações sobre o comportamento e a produtividade do reservatório e da planta de produção que poderão beneficiar todo o setor.

Assim, além de descobrir novos reservatórios, será importante desenvolver aqueles que já foram descobertos, mas que, por limitações tecnológicas para lidar com peculiaridades na qualidade do óleo ou de suas formações geológicas, não foram desenvolvidos. Com a execução do projeto, estima-se a criação de mais de mil empregos indiretos, além de cem empregos terceirizados diretos que serão mantidos durante toda a fase de produção do Campo de Atlanta.