O ano de 2011 foi muito favorável à economia do Brasil, apesar das adversidades do cenário global que sinalizavam por cautela. No momento pós-crise financeira de 2008/2009, quando todos se preparavam para um período de recuperação, problemas fiscais em países periféricos da Zona do Euro trouxeram novas incertezas. Diante desse quadro, a robustez da economia doméstica contribuiu para que o Brasil se tornasse a sexta maior economia do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, da China, do Japão, da Alemanha e da França, segundo a Economist Intelligence Unit (EIU).

O Banco Central manteve-se firme e ágil na tomada de decisões necessárias para corrigir os rumos da economia diante da ameaça de desaceleração econômica, o que repercutiu positivamente no fortalecimento da economia interna. Em 2011, a taxa de desemprego atingiu mais um recorde mínimo, 4,7%, menor taxa desde o início da série histórica do IBGE, e houve um aumento real de 2,7% da renda média do trabalhador. Associado ao consumo estimulado pela oferta de crédito, tais fatores favoreceram os negócios das empresas do Grupo Algar em seus respectivos segmentos de atuação.

Na área de telecomunicações, a tendência de crescimento por serviços, sobretudo os de telefonia móvel e de internet, voltou a se repetir entre os usuários finais que, impulsionados pela popularidade das redes sociais, querem estar plugados ao mundo todo, o tempo todo e em todos os lugares. O setor de TV a cabo mostrou-se promissor, com boa aceitação por parte dos consumidores, a oferta de canais com resolução HDTV, produto que a Algar Telecom incorporou em seu portfólio no final de 2011. O segmento corporativo também permaneceu bastante aquecido ao longo de todo o ano. Além da maior demanda por conectividade entre as empresas já existentes, a estabilidade da economia interna favorece o empreendedorismo. Quanto mais empresas nascem, maior a demanda pelos produtos e serviços de telecomunicações.

Com o aumento do consumo estimulado pela oferta de crédito, o cenário também se mostrou positivo para o mercado interno de aviação executiva, setor em que o Grupo Algar está presente por meio da Algar Aviation, e para a área de alimentos, que é um dos drivers de atuação da Algar Agro no mercado doméstico.

Quanto às exportações, ainda que tenha se mantido a apreciação do real frente ao dólar norte-americano, a Algar Agro teve um bom desempenho e exportou 39% da soja originada, o que representou operações de R$ 307 milhões. O reaquecimento da economia favoreceu, ainda, os negócios da Algar Segurança. Com o aumento da riqueza produzida no País (o Produto Interno Bruto subiu 2,7% em 2011) e a difusão de novas tecnologias, cresce a demanda por sistemas de segurança voltados à proteção das pessoas e do patrimônio.

No que se refere aos desafios, entre as maiores preocupações das empresas brasileiras nos últimos anos, em diferentes setores, estão a escassez e o alto custo de mão de obra. Em 2011, mais uma vez tais fatores impactaram as atividades das empresas Algar, sobretudo no segmento de telecomunicações, mas foram amenizados pela consistente política de gestão de Talentos Humanos, que tem como um dos principais pilares a valorização de seus profissionais.