GRI EC1; EC4
Receita Operacional Líquida
Em 2011, a receita líquida consolidada do Grupo Algar atingiu o montante de R$ 3,1 bilhões, 15,8% superior ao valor auferido no mesmo período de 2010, de R$ 2,6 bilhões. Tal evolução da receita ocorreu em relação ao desempenho operacional da Companhia em todos os ramos de negócios em que atua, em especial para o segmento de agronegócios, decorrente aos maiores preços da soja e volumes de comercialização praticados, seguido ao setor de TI/Telecom, motivado pelos serviços de voz e dados para o mercado corporativo da área de autorização e terceirização de processos de negócios e tecnologia.
Composição da Receita Líquida Consolidada
Custos dos Produtos Vendidos e Serviços Prestados
O Grupo Algar auferiu ao longo de 2011 o total de R$ 2,1 bilhões em custos operacionais, valor 16,6% acima dos R$ 1,8 bilhão registrado no mesmo período do ano anterior. O maior incremento aconteceu para os custos de aquisição de matéria-prima e insumos, passando de R$ 648,8 milhões em 2010 para os R$ 881,8 milhões em 2011, 35,9% superior. Tal montante corresponde a 41,1% dos custos totais apresentados, 4,3 p.p. acima do percentual que representava o total dos custos operacionais de 2010. Outros valores que registraram incremento foram: custos de conexão – EILD, em 34,3%, totalizando R$ 39,7 milhões, e com pessoal e serviços de terceiros, em 25,2% e 25,0%, atingindo R$ 489,6 milhões e R$ 206,8 milhões, respectivamente.
Os incrementos nos custos de matéria-prima são explicados pela própria característica dos negócios da sua controlada Algar Agro, sendo que, em 2011, representou 91,6% do total. Este item, isoladamente, teve aumento de 35,9% no período, resultado do maior volume de soja originada no ano, além da oscilação dos preços no mercado. Já os custos relacionados a conexão – EILD referem-se aos gastos com a contratação de rede de terceiros para atender os clientes corporativos da área de autorização da Companhia.
Lucro Bruto e Margem Bruta
O Grupo Algar, após a incidência dos custos apresentados acima, registrou lucro bruto em 2011 no montante de R$ 905,7 milhões, 4,0% superior ao valor auferido no mesmo período do ano anterior, de R$ 871,0 milhões. Em termos de margem bruta, a Companhia registrou margem de 29,7% ao final de 2011, 3,4 p.p. abaixo dos 33,1% auferidos no ano de 2010, reflexo do aumento nos custos.
Despesas Operacionais
|
2011 |
2010 |
2011 x 2010 |
Despesas com vendas |
345.584 |
302.782 |
14,1% |
Despesas Gerais e Administrativas |
197.571 |
178.474 |
10,7% |
Despesa Operacionais Totais |
543.155 |
481.256 |
12,9% |
Em 2011, o Grupo Algar apresentou o total de despesas operacionais no montante de R$ 543,1 milhões, 12,9% superior as despesas apresentadas no ano de 2010, de R$ 481,2 milhões. O incremento registrado ocorreu, principalmente, para as despesas com vendas em 14,1%, passando de R$ 302,8 milhões em 2010 para os atuais R$ 345,6 milhões. Tal elevação deveu-se ao crescimento dos negócios da Companhia, sobretudo para a comercialização de produtos agrícolas o que elevou os gastos com fretes.
As despesas administrativas registraram acréscimo de 10,7%, somando R$ 197,5 milhões em 2011 frente ao montante apresentado no ano anterior. O aumento nas despesas administrativas ocorreu nas contas de materiais e pessoal, em 38,8% e 13,4%, em relação ao ano de 2010, respectivamente. Tal incremento está diretamente relacionado à expansão de seus negócios, nos setores Agro e Telecom, tanto no tocante a contratação de maior número de associados, quanto para o incremento em sua estrutura operacional.
EBITDA e Margem EBITDA
No exercício de 2011, a geração operacional de caixa medida pelo EBITDA (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 512 milhões, leve queda de 1,0% ante aos R$ 517 milhões registrados em 2010. A margem EBITDA registrou queda de 2,8 p.p. na mesma base de comparação, totalizando 16,8% ao final de 2011. A redução apresentada na margem EBITDA da Companhia está relacionada ao aumento sentido nos custos operacionais, mesmo com a elevação da receita líquida no atual período. Consideramos para apuração do EBITDA a adequação dos efeitos das operações do setor agro (contabilizado em despesas financeiras, mas que referem-se à operação), conforme abaixo:
R$ milhões |
Ajuste EBITDA OPERAÇÃO AGRO |
2010 |
2011 |
Resultado das operações com instrumentos financeiros de proteção |
(32) |
70 |
Resultado da variação cambial |
(3) |
(56) |
Resultado financeiro líquido das operações de giro |
(12) |
(37) |
|
(46) |
(22) |
Resultado Financeiro
|
2011 |
2010 |
2011 x 2010 |
Receita Financeira |
358.647 |
258.163 |
38,9% |
Despesa Financeira |
(488.181) |
(389.737) |
25,3% |
Receita (Despesa) Financeira Líquida |
(129.534) |
(131.574) |
(1,6%) |
Fonte: Companhia.
As atividades financeiras resultaram em despesa financeira líquida de R$ 129,5 milhões, 1,6% abaixo dos R$ 131,6 milhões em 2010.
Considerando a adequação dos efeitos das operações do setor Agro (contabilizado em despesas financeiras, mas que referem-se à operação), as despesas financeiras líquidas de 2011 foram de R$ 107 milhões frente a R$ 85 milhões apurados em 2010. O aumento de 26%, é resultado principalmente, do aumento do endividamento para fazer frente aos investimentos de 2011 e também devido ao acréscimo da taxa Selic se comparada a 2010 (40% dos contratos financiados tem como indexador o CDI).
Lucro Líquido
O resultado final consolidado do Grupo Algar no exercício de 2011 foi lucro líquido de R$ 200,3 milhões, 8,4% superior aos R$ 184,8 milhões de lucro registrados no exercício anterior. A margem sobre a receita operacional líquida foi de 6,6%, 0,5 ponto percentual abaixo da registrada em 2010, mantendo-se acima da margem observada nos exercícios anteriores.
Endividamento
Em 31 de dezembro de 2011, a Companhia registrava dívida bruta consolidada de R$ 1,7 bilhão e posição de caixa de R$ 546,7 milhões, totalizando dívida líquida de R$ 1,1 bilhão na data. No encerramento do exercício anterior, a dívida líquida era de R$ 945,3 milhões, indicando incremento em seu endividamento líquido em 24,7%.
O endividamento de curto prazo totalizou R$ 827,5 milhões, 32,9% acima do endividamento registrado no mesmo período do ano passado, de R$ 622,6 milhões. Para o endividamento de longo prazo registrado, o valor foi 27,9% superior, passando de R$ 702,5 milhões em 2010 para os R$ 898,3 milhões em atual período. A relação de endividamento de curto prazo de 2010 frente ao ano de 2011 registrou aumento de 0,9 p.p., enquanto que a de logo prazo cai na mesma proporção.
Ao final de 2011 o Grupo Algar registrava um endividamento líquido consolidado, já descontado as disponibilidades de caixa, aplicações financeiras e o estoque de soja pago, de R$ 833 milhões, um aumento de R$ 225 milhões em relação a 31.12.2010, que é explicado pelas captações efetuadas para financiar parte dos investimentos do ano, os quais somaram R$ 489 milhões.
Quando comparado a sua capacidade de geração de caixa medida pelo EBITDA, o índice foi de 1,6 vezes em 2011, ante 1,2 vezes ao registrado em 2010.
Cobertura da Dívida
Investimentos (Capex)
Em 2011, o Grupo Algar investiu R$ 489 milhões em toda sua rede de negócios, aumento de 70% em relação aos investimentos totais realizados no ano de 2010, quando foram investidos 288 milhões.
A maior concentração de investimentos ocorreu no setor TI/Telecom, cerca de R$ 372 milhões. Desse total 39% foi direcionado para produtos de voz e dados; 12% para o projeto Minas – expansão dos serviços de varejo para novas áreas geográficas adquiridas por meio do leilão da banda H; 11% para o programa CTBC i.você – que prevê a migração de todas as redes da Empresa para redes NGN (
Next Generation Network); 7% para o negócio de Terceirização de processos de negócios e tecnologia; 5% para a TV por assinatura; 17% para manutenção de base de clientes e os outros 9% distribuídos pelos serviços e segmentos da Companhia.
Para o setor Agro, os investimentos foram alocados principalmente na construção da Refinaria na unidade de Porto Franco no Maranhão.
No setor de Turismo, os investimentos foram destinados principalmente à construção do primeiro hotel
premium do Brasil, destinado ao segmento de
vacation ownership, que iniciou sua operação em dezembro de 2011, além de investimentos em manutenção patrimonial e novas atrações no parque.
Composição dos Investimentos (R$ milhões)
Valor Adicionado
Em 2011 o Grupo Algar gerou valor adicionado líquido de R$ 2,0 bilhões, ante R$ 1,7 bilhões em 2010, representando 56% da Receita Bruta, com a seguinte distribuição entre os diversos
stakeholders:
Ajuda Financeira Significativa Recebida pelo Governo
O Grupo Algar utiliza incentivos fiscais das três esferas da administração pública: municipal (ISS e IPTU – Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Uberlândia), estadual (Lei Estadual de Incentivo à Cultura) e federal (FIA – Fundo da Infância e Adolescência, Lei Rouanet – Lei de Incentivo à Cultura).
Valor em R$ |
Descrição |
2011 |
2010 |
2009 |
Lei Municipal de Incentivo à Cultura (ISS / IPTU) |
70.000 |
151.000 |
215.000 |
Lei Estadual de Minas Gerais de Incentivo à Cultura (ICMS-MG) |
2.417.574 |
2.219.542 |
1.076.300 |
Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet) |
801.270 |
804.330 |
392.620 |
Lei Federal de Incentivo ao Esporte (Lei do Esporte) |
207.848 |
201.167 |
128.080 |
Fundo da Infância e da Adolescência |
207.732 |
202.834 |
49.423 |
Em 2011, os incentivos fiscais somaram R$ 3.704.424,00 e as destinações foram feitas para os seguintes projetos/instituições:
1. Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Uberlândia
- Aladim e a Lâmpada Maravilhosa: R$ 40.000,00
- Mostra de Teatro Infanto Juvenil de Uberlândia: R$ 30.000,00
2. Lei Estadual de Minas Gerais de Incentivo à Cultura (ICMS-MG)
7º Festival de Cordas Nathan Schwartzman: R$ 137.500,00
Concurso de Bandas Triângulo Music: R$ 443.750,00
Do Fio ao Sem Fio: R$ 359.712,00
Expedição "Rio Uberabinha": R$ 151.862,15
Olho Portátil: R$ 324.546,25
Orquestra Jovem de Uberlândia: R$ 135.000,00
Parangolé com Crianças: R$ 140.453,75
Rasgacêro e os Artêros Geraes: R$ 108.750,00
Triângulo das Geraes: R$ 291.000,00
Uberlândia de Ontem e Sempre: R$ 250.000,00
Se tocar eu danço: R$ 75.000,00
3. Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet)
Parangolé com Crianças – Ano II R$ 245.752,80
Ideias Incontidas – Ano II R$ 254.247,20
Construção do Teatro Municipal de Uberlândia R$ 100.000,00
Um Violino Com Amor R$ 33.850,00
Circulação Nicolau R$ 93.550,00
Rondon Pacheco R$ 63.870,00
Natal no Campus 2011 R$ 10.000,00
4. Lei Federal de Incentivo ao Esporte (Lei do Esporte)
Piloto do Futuro R$ 207.848,00
5. Fundo da Infância e da Adolescência
Fundação Benjamin Guimarães – Hospital da Baleia R$ 5.050,00
Hospital GRAAC R$ 7.265,00
Hospital Pequeno Príncipe – CEDCA R$ 7.610,00
Conselho Municipal do Direito da Criança e do Adolescente R$ 12.200,00
Conselho Tutelar de Araxá R$ 16.370,00
Prefeitura de Uberaba R$ 15.600,00
Lar de Amparo Menor Viva à Vida R$ 40.000,00
Conselho Municipal do Direito da Criança e do Adolescente R$ 4.000,00
ONG Missão Criança R$ 15.600,00
AACD R$ 10.000,00
Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente R$ 12.200,00
AACD Porto Alegre R$ 15.600,00
Conselho Municipal de Franca R$ 12.400,00
Conselho Municipal de Itumbiara R$ 7.500,00
Araguari R$ 10.088,00
Cláudio R$ 4.049,00
Também em 2011, o Grupo Algar recebeu R$ 1.064.103,00 de incentivo fiscal à inovação tecnológica, destinados a projetos de pesquisa e desenvolvimento da Algar Telecom e Algar Tecnologia. Em 2010 e 2009, tais valores foram de R$ 777.408 mil e R$ 834.340
mil, respectivamente.
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