Com o objetivo de garantir o crescimento sustentável do negócio de geração, transmissão e comercialização de energia, a Chesf delineou sua estratégia operacional até 2017, com base nas projeções macroeconômicas e nas perspectivas do Plano Decenal de Expansão da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
O Planejamento Operacional da Chesf 2013-2017 está orientado para alcançar resultados com foco nos principais públicos de interesse da Companhia: lucratividade e rentabilidade para o acionista, qualidade e continuidade do fornecimento de energia para o cliente, confiabilidade e responsabilidade socioambiental para a sociedade e percepção de valorização de seus empregados. Essa estratégia considera também os efeitos da MP no 579, cujas determinações referentes à arrecadação de receita exigem corte de despesas para a manutenção dos investimentos planejados.
De 2010 a 2012, a Chesf investiu R$ 3,1 bilhões na expansão dos sistemas de geração e transmissão de energia elétrica, com a construção de novos empreendimentos, substituição e modernização de equipamentos, implantação de conexões e melhorias nas instalações.
Medida Provisória nº 579
Em 2012, o Governo Federal editou a MP nº 579, oferecendo aos agentes de geração e transmissão a possibilidade de prorrogar por até 30 anos as concessões vincendas em 2015 e 2017 ao aceitarem o vencimento antecipado dos contratos em dezembro de 2012. Antes da MP, tais concessões não poderiam ser renovadas e teriam de ser submetidas a novos leilões.
A MP abrange 20 contratos de concessão de geração, totalizando 22.341 MW de potência instalada, equivalente a 20% do atual parque gerador. Já os 9 contratos de concessão de transmissão somam 85.326 km de linhas de transmissão, dos quais 68.789 km integram a rede básica do Sistema Interligado Nacional (SIN) (67% do sistema). No segmento da distribuição, 44 contratos (35% do mercado atendido) precisariam ser renovados.
A prorrogação das concessões está vinculada à redução do preço da energia do consumidor a partir de uma nova sistemática de remuneração para as empresas. Estas seriam remuneradas com base no investimento em operação e manutenção. O cálculo da tarifa deixaria de considerar a amortização dos ativos não amortizados e não depreciados durante o período de concessão. Esses ativos seriam remunerados pelo poder concedente. Na prática, a MP propõe uma redução de receita tarifária e a garantia de indenização dos ativos não amortizados.
Em complementação à MP nº 579, as Portarias MME nº 578/2012 e 579/2012 publicaram as tarifas iniciais de concessão com base nos valores dos custos de Gestão dos Ativos de Geração (GAG) e a Receita Anual Permitida (RAP) para os ativos de transmissão. A Portaria Interministerial do MME/MF nº 580/2012 fixou os valores de indenização para os respectivos ativos.
Entre todas as companhias do Sistema Eletrobras, a MP afeta principalmente a Chesf, uma vez que as concessões que expiram em 2015 (com exceção das usinas de Sobradinho e Curemas) representam 87% da capacidade instalada total de geração da Companhia (e 31% do total da Eletrobras) e 97,5% dos seus ativos de transmissão.
Com o advento da MP nº 579, foi estabelecido um novo ambiente associado à comercialização de energia da Companhia por meio da disponibilização de seus ativos de geração em troca de uma Receita Anual de Geração (RAG), mediante a celebração de um contrato de adesão em regime de cotas de energia que serão adquiridas por todas as empresas distribuidoras do SIN. No caso da Chesf, o direito de opção pela prorrogação das concessões e a consequente adesão ao regime de cotas abrange 91% da garantia física total constituída pelas usinas hidrelétricas.
Outra questão ressaltada nos cenários analisados pela Chesf foi a falta de lastro para o atendimento aos consumidores industriais, uma vez que toda a garantia física de energia e de potência das usinas hidrelétricas com concessão vincenda em 2015 deveria ser disponibilizada ao mercado regulado para a contratação em regime de cotas. Dessa forma, foi considerada nas simulações a aquisição de energia no mercado livre para assegurar os compromissos contratuais assumidos com os grandes consumidores industriais do Nordeste até 30 de junho de 2015, conforme a Lei nº 11.943/2009 e o Decreto nº 7.129/2010, que, em termos de energia, podem consumir conjuntamente um montante de até 853 MW médios.
Temas relevantes | Investimentos | Planejamento estratégico | Gestão em parceria para novos empreendimentos
GRI EU19
A expansão do sistema de energia elétrica está alinhada com o Plano Decenal de Expansão da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME). Com base em projeções sobre a demanda de energia, a EPE elabora o planejamento da expansão da oferta de energia elétrica, de acordo com a disponibilidade de novos projetos de usinas, e orienta os novos leilões de energia com os projetos necessários ao atendimento do mercado.
O Plano Decenal da EPE subsidia a estratégia operacional da Chesf, expressa no seu Planejamento Empresarial. Esse planejamento estabelece os objetivos estratégicos finalísticos e de gestão e suporte, identifica oportunidades, mobiliza recursos em direção aos objetivos, identifica as competências da Chesf, os pontos fortes e os pontos frágeis.
A edição da MP nº 579/2012, e posteriormente Lei nº 12.783/2013, impactou o Planejamento Empresarial da Chesf ao introduzir um novo marco regulatório com a antecipação da renovação das concessões de geração e transmissão. Com a participação do Comitê de Planejamento, a Companhia promoveu um realinhamento estratégico e revisou as metas financeiras e operacionais. Foi gerado o novo Mapa Estratégico Chesf 2013-2017.
O aumento da receita com a expansão da geração e com a comercialização é um dos objetivos estabelecidos pela Chesf alinhados ao Plano Decenal de Expansão da EPE, que oferece uma visão da expansão da demanda e da oferta de energia entre 2011 e 2020. O documento da EPE considera as perspectivas de crescimento da economia dos países emergentes – entre eles o Brasil – a taxas superiores à média das economias desenvolvidas.
O plano ressalta a continuidade dos sucessos de leilões de energia nova e de reserva em 2010, quando foram comercializados cerca de 17.000 MW de potência, correspondentes a aproximadamente 5.600 MW médios para o mercado regulado. Nesse total, foram incluídas a energia a ser gerada pela UHE de Belo Monte, com potência de 11.233 MW (na qual a Chesf tem participação acionária de 15%), e a geração eólica, com potência total de cerca de 2.000 MW. O Plano Decenal considera ainda as licitações de empreendimentos de transmissão, que em 2010 somaram 1.600 km de linhas de transmissão, e prevê significativa participação das fontes renováveis na matriz elétrica a partir de 2014, confirmada pelo preço competitivo dessas fontes nos leilões de energia.
Os investimentos da Chesf na expansão do sistema de geração e transmissão de energia elétrica no Nordeste ajudam a alavancar o desenvolvimento socioeconômico da região e a melhorar a qualidade de vida de mais de 53 milhões de pessoas. Esses investimentos estão orientados para o fortalecimento da infraestrutura de transmissão, com a implantação de novos equipamentos e a modernização das instalações já existentes.
A Companhia participa de 3 Sociedades de Propósito Específico (SPEs) para implantação e exploração de 3 usinas hidrelétricas (UHE Belo Monte, UHE Dardanelos e UHE Jirau), que juntas terão capacidade instalada total de 14.944 MW. Além disso, participa de um acordo de cooperação para estudar a viabilidade técnica e socioambiental da UHE Riacho Seco, que terá 276 MW de potência instalada.
Em 2012, o Ibama anunciou a emissão de licença ambiental prévia para a UHE Ribeiro Gonçalves, com 113 MW de potência no Rio Parnaíba, entre o Piauí e o Maranhão, possibilitando assim a participação da usina nos leilões de energia promovidos pela Aneel em dezembro, juntamente com as usinas de Cachoeira (63 MW), Castelhano (64 MW) e Estreito (56 MW), mas a oferta não atraiu interessados.
A Chesf investe desde 2010 na implantação da Central Geradora Eólica Casa Nova (BA), na qual detém participação de 100%. Em 2012, foram investidos no empreendimento R$ 148,4 milhões, e foi recebida a licença ambiental de instalação para início da obra. O início das operações do parque eólico está previsto para agosto de 2013, quando serão adicionados 180 MW ao sistema de geração da Chesf, com previsão de ampliação em 52 MW ainda em 2013. Será o maior projeto de energia eólica do país em potência instalada.
A Chesf detém ainda 49% de participação em 3 usinas de energia eólica (Pedra Branca, São Pedro do Lago e Sete Gameleiras), no estado da Bahia, e em 4 usinas no estado do Ceará (Junco I e II, Caiçara I e II), com capacidade total equivalente de 98,5 MW.
Em 2012, a Chesf anunciou o aporte de R$ 44 milhões em projeto de Pesquisa & Desenvolvimento + Inovação para implantação de central fotovoltaica de 3 MWp na cidade de Petrolina (PE) a partir de 2013. O projeto permitirá o estudo de diferentes configurações e tipos de geradores, a análise do desempenho e da vida útil desses equipamentos e de diversas tecnologias usadas para a conversão da energia solar em eletricidade. Prevê ainda a identificação de empresas nacionais que possam fornecer componentes para a tecnologia fotovoltaica e a proposição de modelos comerciais para esse tipo de geração, considerando a disponibilidade de recurso solar em diferentes regiões do país.
O parque gerador da Chesf produziu em 2012 o total de 50.113 GWh de energia elétrica, 3% acima dos 48.663 GWh de 2011. As usinas hidrelétricas geraram 50.106 GWh, enquanto a queima de gás natural produziu 6 GWh e a queima de óleo diesel, 1 GWh. A energia gerada foi transmitida para todas as regiões do país, por meio do Sistema Integrado Nacional (SIN).
GRI EU2
Produção de energia (GWh) | 2012 | 2011 | 2010 |
---|---|---|---|
Hidráulica | 50.106 | 48.651 | 44.157 |
Gás natural | 6 | 11 | 5,6 |
Óleo diesel | 1 | 1 | 0 |
GRI EU3
Em 2012, a Chesf comercializou 49.089 GWh de energia elétrica para 22 estados e o Distrito Federal. Foram destinados ao Ambiente de Contratação Regulada (ACR) o total de 42.963 GWh. Outros 6.126 GWh foram comercializados em 14 leilões no Ambiente de Contratação Livre (ACL), em 102 novos contratos com comercializadores e consumidores livres. Os novos contratos no ACL representaram 33,21% da energia contratada para esse ambiente.
Cerca de 74,42% (36.534 GWh) do total da energia comercializada foi destinado a distribuidoras, principalmente dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Sul. A região Nordeste comprou 30,92% da energia comercializada pela Chesf, e parte foi destinada ao atendimento de 21 grandes consumidores industriais da região.
Durante a tramitação da MP nº 579/12, os consumidores parcialmente livres atuaram no Governo Federal e no Congresso para obterem os mesmos benefícios de redução tarifária que os demais consumidores. A Chesf atuou sobre o agente regulador no sentido de permanecer com as cotas necessárias para atendimento da redução tarifária pleiteada por esses consumidores. GRI 4.17
A Chesf investe continuamente em modernização, melhoria operacional e expansão do seu parque transmissor por meio do qual transporta energia e desenvolvimento social, crescimento econômico e conforto aos mais de 53,5 milhões de habitantes da região Nordeste. O sistema da Chesf interliga os estados do Nordeste e une a região aos sistemas das regiões Norte, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil.
Com o objetivo de aperfeiçoar a gestão dos empreendimentos, foram adotadas neste ano as seguintes práticas:
GRI EU4
Evolução do Sistema de Linhas de Transmissão (km)
Em 2012, a Chesf aportou recursos da ordem de R$ 1,2 bilhão para adicionar ao seu sistema 241 km de linhas de transmissão e 6.295 MVA de potência instalada, com a energização de 8 novas subestações. Os investimentos representam um aumento de 300% na Receita Anual Permitida (remuneração paga às transmissoras para disponibilizar seu sistema ao Operador Nacional do Sistema Elétrico) em relação a 2011. Para 2013, a Chesf planeja investimentos de R$ 2 bilhões na construção de 6 novas subestações, 1.086 km de linhas de transmissão e 3.465 MVA de capacidade de transformação, além de recapacitar 780 km de linhas de transmissão de 230 kV existentes.
Em 2012, os investimentos para manutenção dos níveis de continuidade e disponibilidade das usinas hidrelétricas da Chesf totalizaram R$ 138,8 milhões. Esses recursos foram voltados principalmente para a modernização de equipamentos, reforma de instalações e implantação de tecnologias digitais. Entre esses, destacam-se a digitalização da Usina Hidrelétrica Boa Esperança (PI) e a modernização e digitalização das usinas do Complexo Hidrelétrico de Paulo Afonso (BA).
A Chesf tornou-se a primeira companhia do setor elétrico brasileiro a obter a certificação ISO 9001:2008 pelos serviços de manutenção de linhas de transmissão na Gerência Regional de Operação de Sobradinho (BA). Entre os pontos positivos que qualificaram os serviços estão o engajamento e empenho da equipe, a preocupação com o sistema, a documentação e as ferramentas utilizadas.
Na sessão pública ocorrida em 16 de dezembro de 2011, no recinto da BM&FBovespa, São Paulo (SP), a Chesf arrematou o Lote B do Leilão Aneel nº 006/2011, o qual contempla as subestações de Maceió II, Nossa Senhora do Socorro e Poções II, respectivamente situadas nos estados de Alagoas, Sergipe e Bahia. Após tratativas de cunho técnico, a Chesf verificou a oportunidade de aplicar para esses empreendimentos uma solução de maior confiabilidade e disponibilidade. Trata-se da aplicação da tecnologia com módulo híbrido, a qual consiste de módulos isolados em SF6, sendo denominado sistema híbrido à SF6.
Essa tecnologia promove a compactação por meio da disposição de equipamentos de manobra e medição em módulos compactos isolados a gás SF6 e permite a conexão externa com equipamentos isolados a ar. A compactação obtida não é maior do que a oferecida por uma subestação GIS, entretanto, seu custo é menor. Ocupa uma área menor que uma subestação convencional, tornando-se uma solução atraente para aplicação em locais de grande concentração urbana e onde as questões estéticas, ambientais e de aquisição de terreno são pontos preponderantes.
A grande vantagem na utilização desse tipo de solução em relação às alternativas convencionais, além do ganho de espaço físico, está na flexibilidade de conexão dos módulos compactos da maneira que seja mais conveniente, conseguindo soluções específicas de arranjos em razão das condições de espaço ou disposição dos circuitos de alimentação e demais equipamentos da subestação.
Devido ao seu design compacto, essa tecnologia oferece mais do que simplesmente a economia de espaço. Também existem vantagens importantes a serem levadas em consideração, como o requisito para reduzir consideravelmente o metro quadrado de instalação, que se deve à combinação de todas as funções de desligar e desconectar em uma única unidade, minimizando também as despesas de construção civil. Essa unidade é de fácil transporte e instalação, reduzindo os custos de engenharia e o tempo total para instalação da subestação. Em razão do total encapsulamento em SF6, a manutenção é simples e com intervalos maiores em comparação com outros equipamentos de manobra.
Do ponto de vista da confiabilidade, os estudos realizados pela Chesf apontaram que a melhor solução para os pátios de 230 kV, 138 kV e 69 kV das subestações Poções II, Maceió II e Nossa Senhora do Socorro é a solução com equipamentos híbridos em arranjo barra dupla a três chaves, que proporcionam os melhores índices de confiabilidade e, portanto, a menor frequência de interrupções e a maior disponibilidade do sistema quando comparado ao arranjo em barra dupla a quatro chaves/barra principal e transferência com equipamentos convencionais. Do ponto de vista do empreendimento, houve ganho no prazo contratual para implantação de cada uma das subestações e na expectativa de disponibilidade das instalações e consequente diminuição da expectativa de pagamento de parcela variável, contribuindo assim para um melhor resultado do empreendimento, inclusive do ponto de vista financeiro.
A Chesf investe desde a década de 1980 em pesquisas para o uso eficiente da energia elétrica em suas instalações, em especial após a criação do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel). Até 2012, foram elaborados 108 Projetos de Melhorias em Eficiência Energética (PMEE), dos quais 99 já foram implantados, representando mais de 168.000 MWh de energia economizada ao longo de 12 anos.
Esses projetos correspondem a um investimento acumulado da ordem de R$ 9 milhões, que equivalem a um custo médio de R$ 55 por MWh. Ao promover a eficiência energética, a Chesf reafirma seu compromisso com o desenvolvimento sustentável, a preservação e otimização de recursos naturais e a consequente redução de custos. GRI EN5
Em 2012, foram desenvolvidos critérios para a avaliação dos impactos dos PMEEs também sobre aspectos relacionados às condições de confiabilidade e nível de atendimento dos sistemas. Dessa forma, foram adicionados outros ganhos além dos benefícios energéticos: melhoria na qualidade e confiabilidade operativa dos sistemas; atualização tecnológica de equipamentos/sistemas; redução de custos com operação e manutenção (sobretudo corretiva); melhoria nas condições de trabalho e na produtividade; incentivo à cultura de redução do desperdício; incentivo à redução de emissões de GEE em sistemas existentes e em novos projetos.
A Companhia também atuou em 2012 como patrocinadora do IX Congresso Brasileiro de Eficiência Energética e se fez presente em fóruns setoriais, como o Workshop Aplicações Inovadoras do Aquecimento Solar de Água no Vale do São Francisco – Agregando Valor à Fruticultura e o V Seminário Pernambucano de Construção Sustentável.
GRI EU6
A Chesf procura garantir a máxima disponibilidade de seus ativos para o Operador Nacional do Sistema (ONS), que tem a obrigação de assegurar o suprimento à demanda com qualidade e continuidade. A garantia do equilíbrio de oferta e demanda é atribuição do poder concedente por meio da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O papel da Chesf é cumprir os prazos e compromissos quanto às obras de expansão que lhe são atribuídas ou obtidas em leilões de energia nova ou de expansão da transmissão.
No fim de junho de 2012, a Chesf sediou, em Recife, o 1º Seminário de Melhores Práticas de Operação e Manutenção da Transmissão das Empresas Eletrobras, que reuniu 120 participantes para debater diversos temas relacionados a confiabilidade dos equipamentos e melhoria operacional.
GRI EU21
Desde 2011, a Chesf trabalha na elaboração de modelos de Plano de Contingências para fazer frente a questões sociais, ambientais e desastres naturais. Os modelos foram definidos em 2012 e serão implementados como pilotos em uma usina e em uma subestação. Em seguida, serão replicados nas demais unidades, de acordo com cronograma estabelecido até 2017 em comum acordo com as áreas operacionais. Em 2013, o relatório dessas ações será submetido à aprovação da Diretoria e do Conselho de Administração.
Em março, a Chesf lançou o sistema SIGChesf, que reúne os dados geográficos corporativos e disponibiliza informações cartográficas (mapas, plantas, cartas topográficas) com mais precisão e consistência para subsidiar as atividades da Companhia. O sistema pode ser acessado por todos os empregados na intranet.
Empregados da área de Manutenção apresentaram em novembro um método pioneiro no setor elétrico para a substituição de cadeia de isoladores em estruturas de linhas de transmissão. O novo método permite o aumento de 30% na produtividade e a diminuição significativa do esforço físico das equipes, contribuindo para a redução de lesões e restrições para o trabalho em altura. O sistema, que em breve será incorporado às operações da Chesf, prevê o içamento do linheiro (apenas um operador precisará escalar as estruturas que chegam até 40 metros de altura) e o uso de equipamentos que permitem a retirada completa da cadeia de isoladores (na outra metodologia, a cadeia era dividida em partes para que os profissionais pudessem suportar o peso).
GRI EU30
Em 2012, o número total de horas de desligamento forçado das usinas hidráulicas foi 44.315,72 horas e da usina térmica, 7.736,41, totalizando 52.052,13 horas. O número total de horas de desligamento planejado das usinas hidráulicas foi de 99.152,64 horas e da térmica, 4.711,32, totalizando 103.863,96 horas. O fator de disponibilidade obtido foi de 75,06% para as hidráulicas e 71,66% para a térmica.
Quanto aos indicadores de duração e frequência equivalentes de interrupção (DREQ e FREQ), energia interrompida (ENES) e disponibilidades operacionais de geração e transmissão, quanto menor o resultado obtido, melhor. Em 2012, a ENES foi a menor nos últimos três anos, confirmando a tendência de melhoria sustentada de desempenho e da qualidade do atendimento aos clientes, observada também nos indicadores de disponibilidades operacionais, FREQ e DREQ. Este alcançou em 2012 a segunda melhor marca histórica desde 2007.
Indicadores operacionais e de produtividade | 2012 | 2011* | 2010 |
---|---|---|---|
Energia gerada (GWh) | 50.113 | 48.663 | 44.162 |
Hidráulica (GWh) |
50106 | 48.651 | ND |
Gás natural (GWh) |
6 | 11 | ND |
Óleo diesel (GWh) |
1 | 1 | ND |
Energia vendida (GWh) | 49.089 | 50.065 | 51.748 |
Industrial |
7.251 | 7.035 | ND |
Distribuidoras |
36.534 | 37.796 | ND |
Comercializadoras |
5.304 | 4.679 | ND |
Poder público |
0 | 555 | ND |
Perdas elétricas globais (GWh) | 1.871,60 | 2.444,60 | 3.247,00 |
Frequência Equivalente de Interrupção (FREQ) (número de eventos) | 0,365 | 0,525* | 0,577 |
Duração Equivalente de Interrupção (DREQ) (horas) | 0,276 | 0,293* | 0,353 |
Energia Interrompida (ENES) (MWh) | 2.770 | 2.776 | 3.341 |
Disponibilidade Operacional (DO) Geração (%) | 90,67 | 92,45 | 92,76 |
Disponibilidade Operacional (DO) Linhas de Transmissão (%) | 99,905 | 99,896 | 99,897 |