O Grupo SGS desenvolveu um conjunto de protocolos de Asseguração de Comunicados de Sustentabilidade baseando-se nas melhores práticas apresentadas no guia Global Reporting Initiative (GRI) e o padrão de asseguração NBC TO 3000. Estes protocolos dão diferentes opções de nível de Asseguração, dependendo do contexto e da capacidade da Organização Declarante.
Este relatório foi assegurado utilizando nossos protocolos para avaliação da veracidade do conteúdo e seu alinhamento com o Guia de Elaboração de Relatórios de Sustentabilidade (G4 2013), com nível limitado. A asseguração compreendeu uma combinação de investigação prévia, entrevistas com colaboradores estratégicos, revisão da documentação, registros e dados, e a avaliação do relatório para alinhamento com os protocolos do GRI. As informações contábeis da Tractebel contidos e/ou referenciadas no RS 2015, não foram avaliadas como parte deste processo de asseguração.
DECLARAÇÃO DE INDEPENDÊNCIA E COMPETÊNCIA
O Grupo de empresas da SGS é líder mundial em inspeções, análises e verificações, com operações em mais de 140 países e prestando serviços que incluem a certificação de sistemas de gestão, auditorias e capacitação nas áreas de qualidade, ambiental, social e ética, asseguração de relatórios de sustentabilidade e verificação de gases de efeito estufa. A SGS afirma sua independência da Tractebel, estando livre de conflito de interesse com a organização, suas subsidiárias e partes interessadass.
A equipe de asseguração foi formada com base em conhecimento, experiência e qualificação para este serviço, e foi composta por:
- Um Auditor líder de Asseguração de Relatório de Sustentabilidade, Auditor Líder de Avaliação e Monitoramento de Programas Socioambientais, Auditor Líder de Programas de Compliance e de Riscos, Verificador Líder de Indicadores em Sustentabilidade, Auditor Líder da norma ISO 26.000.
- Um Auditor de Asseguração de Relatórios de Sustentabilidade, Verificador Líder de Gases de Efeito Estufa (GEE) e programas de Mudanças Climáticas, Auditor Líder programas Socioambientais, Auditor Líder em Sistemas de Gestão Ambiental, Qualidade, Energia, Saúde e Segurança.
PARECER DE ASSEGURAÇÃO
Com relação à metodologia apresentada e a verificação realizada, não encontramos circunstancias que nos indiquem que as informações e dados contidos no RS 2015 verificado não sejam confiáveis e não forneça uma representação justa e equilibrada das atividades de sustentabilidade da Tractebel em 2015. A equipe de asseguração tem o parecer de que o relatório pode ser utilizado pelas partes interessadas da Tractebel. Acreditamos que a organização escolheu o nível de asseguração apropriado para suas necessidades.
Em nossa opinião, o conteúdo do relatório atende os requisitos do GRI G4, incluindo alguns indicadores do Suplemento Setorial para o Setor Elétrico G4, com Opção Essencial.
RECOMENDAÇÕES, CONSTATAÇÕES E CONCLUSÕES DAS DIRETRIZES DA GLOBAL REPORTING INITIATIVE GRI G4
O Relatório de Sustentabilidade 2015 da Tractebel esta adequadamente alinhado com o GRI G4, Opção Essencial. Os aspectos materiais e seus limites dentro e fora da organização, de maneira geral, foram apropriadamente definidos de acordo com os Princípios de Relato do GRI, não existindo informações que não puderam ser evidenciadas. Ressalte-se o envolvimento e disponibilidade da equipe da Tractebel envolvida com a elaboração do Relatório no fornecimento rápido das informações solicitadas pela equipe de asseguração.
Algumas oportunidades de melhoria foram identificadas, para que o relatório de sustentabilidade da Tractebel possa atingir patamares superiores:
- a.Como tem sido prática da Tractebel utilizar o mesmo texto de “Mensagem da Administração”, tanto no Relatório da Administração e Demonstrações Contábeis, como no Relatório de Sustentabilidade, sugere-se fortalecer as percepções da alta gestão da empresa com relação a esse tema, bem como as estratégicas da companhia em sustentabilidade.
- b.Homogeneizar as diretrizes em meio ambiente da empresa apresentadas nos últimos relatórios de sustentabilidade com aquelas existem em outros documentos internos da companhia.
- c.Aprimorar o processo de materialidade utilizado como base do Relatório, inserindo-se consultas mais frequentes junto aos públicos de interesse da empresa, utilizando os mecanismos de comunicação e interação já existentes.
- d.Sugere-se que termos ou raciocínios técnicos, comuns ao setor de energia elétrica, mas distantes da realidade do leitor que não pertence a esse setor, possam ser explicados de maneira mais didática, buscando uma compreensão melhor. Seria o caso, por exemplo, de explicar como a variação da qualidade do carvão utilizado nas termelétricas impacta seu poder calorífico e, portanto, a eficiência da usina em produzir energia (indicador G4-EN6).
- e.Em relatórios de sustentabilidade, que é um instrumento utilizado por diferentes públicos de interesse de uma companhia, uma postura adequada é não presumir o conhecimento prévio do leitor sobre os conteúdos exigidos pelos indicadores GRI. Portanto, como exemplo, ainda que a Tractebel não mais utilize PCB/ascarel em seus processos, é importante mencionar esse aspecto para que o leitor perceba que o indicador setorial do G4-EN23 está atendido.
- f.Sugere-se também que todas as premissas utilizadas pela organização para relatar um indicador seja claramente indicada, para que o leitor possa compreender a informação em sua plenitude. Exemplo disso é a nota que poderia existir sobre exposição ao risco, em que a Tractebel considera que, para determinadas funções, toda hora trabalhada é considerada hora de exposição ao risco.
- g.Devido à relevância para o desenvolvimento sustentável do Brasil, sugere-se que em próximas edições a Tractebel relate os indicadores G4-SO3 a G4-SO5, que tratam sobre o combate à corrupção.
Apesar da qualidade do processo de elaboração do Relatório e do produto final apresentado, é necessário considerar as seguintes ressalvas quanto a algumas informações disponibilizadas no relatório, sempre com o intuito de contribuir com o aprimoramento na confecção do mesmo e com a transparência necessária e requerida por leitores:
- a. O atraso na renovação da licença ambiental da PCH Areia Branca deve-se, não apenas, a razões internas da Superintendência Regional de Meio Ambiente de Minas Gerais (Supram/MG), órgão licenciador responsável, mas também ao não cumprimento do prazo legal para solicitação da referida renovação pela Tractebel, conforme definido pela legislação vigente.
- b. Apesar de a empresa apresentar o total de água retirada por fonte, conforme solicitado pelo indicador G4-EN8, ainda é necessário indicar a quantidade de água, por fonte, utilizada pelas usinas termelétricas, para que o indicador seja plenamente atendido.
Assinado por e em nome da SGS
Marcelo Abrantes Linguitte e Fabian Peres Gonçalves
Auditor Líder e Auditor de Relatórios de Sustentabilidade
SGS ICS Certificadora Ltda.
20 de Abril de 2016
www.sgs.com