Conformidade legal | Todas as usinas operadas pela Tractebel Energia possuem as autorizações e licenças ambientais exigidas pela legislação em vigor. A Companhia monitora permanentemente a evolução das leis, normas e resoluções de regulação das suas atividades. Procedimentos preventivos são adotados para garantir que todas as usinas do parque gerador possuam as autorizações e licenças ambientais requeridas pelos órgãos competentes a tempo e com a devida validade. Para cumprir as exigências legais e os compromissos voluntários adicionais assumidos, a Tractebel Energia avalia e ajusta operações e procedimentos sempre que necessário, com base em apontamentos do sistema de gestão, bem como de eventuais não conformidades identificadas em processos de auditoria.

Em 2015, foram renovadas as licenças de operação de três unidades: Usina Eólica Pedra do Sal, Ferrari Termelétrica, e Pequena Central Hidrelétrica José Gelazio da Rocha. Foram também obtidas a primeira licença de operação da Usina Eólica Tubarão, e a Licença de Instalação da Usina Termelétrica Pampa Sul.

A Companhia tem também como procedimento estabelecer metas de gestão ambiental para as usinas certificadas segundo a norma NBR ISO 14001. As definidas em 2015 são sintetizadas a seguir.

Aspectos Gerais (aplicáveis a todas as usinas):

  • Relacionamento com a sociedade – programa de visitas, educação ambiental, doação de mudas e proteção de nascentes;
  • Redução da geração de resíduos sólidos, efluentes líquidos e emissões atmosféricas – inclui recuperação e reciclagem;
  • Participação em Comitês e Associações de interesse (por exemplo, Comitês de Bacias Hidrográficas); e
  • Manutenção das licenças ambientais.

Específicas para hidrelétricas:

  • Gestão do entorno dos reservatórios;
  • Mitigação e compensação dos impactos ambientais causados pela formação do reservatório e pela operação dos empreendimentos; e
  • Soltura de peixes.

Específicas para termelétricas:

  • Aumento da eficiência energética e redução das emissões de CO2.

Em 2015, foram, ao todo, 103 metas ambientais, com programas formalmente estabelecidos, indicadores de desempenho e mensuração. O status dessas metas, ao fim do ano, é apresentado na tabela a seguir.

Metas ambientais 2015
Unidade Nº de metas Em andamento Atingidas Não atingidas
Complexo Termelétrico Jorge Lacerda 12 5 3 4
Usina de Cogeração Lages 5 0 4 1
Usina Hidrelétrica Cana Brava 7 5 2 0
Usina Hidrelétrica Estreito 3 3 0 0
Usina Hidrelétrica Itá 9 2 7 0
Usina Hidrelétrica Machadinho 8 1 5 2
Usina Hidrelétrica Passo Fundo 8 1 3 4
Usina Hidrelétrica Ponte de Pedra 9 0 6 3
Usina Hidrelétrica São Salvador 9 1 6 2
Usina Hidrelétrica Salto Osório 11 3 7 1
Usina Hidrelétrica Salto Santiago 10 2 6 2
Usina Termelétrica Charqueadas 8 0 7 1
Usina Termelétrica William Arjona 4 0 1 3
TOTAL 103 23 57 23

Biodiversidade de corpos d’água e habitats

GRI G4-EN11 G4-EN12 G4-EN13 G4-EN14 G4-EN26 G4-EU13 G4-DMA (Biodiversidade – Ambiental) G4-DMA (Biodiversidade – Setor Energia Elétrica)

A operação de usinas hidrelétricas pode causar impactos diretos na ictiofauna (conjunto das espécies de peixes que existem em uma determinada região biogeográfica), em função da dinâmica de entrada e saída de água inerente ao processo de geração de energia. Nas usinas operadas pela Tractebel Energia, várias medidas são tomadas a fim de mitigar esses impactos, como a realização de manobras operacionais que permitam o afastamento ou o escape dos peixes do interior das estruturas para o corpo hídrico, e o próprio resgate de peixes, quando por alguma razão eles ainda permanecem no interior das instalações. Após a captura, os peixes são imediatamente devolvidos ao corpo hídrico de origem.

Para evitar a introdução de espécies invasoras, organismos nocivos e agentes patogênicos, que podem comprometer a confiabilidade da geração de energia nas usinas, a Tractebel Energia realiza diversas ações. Entre elas, destaca-se o levantamento periódico do número de larvas de mexilhão dourado que possam estar presentes na água dos reservatórios e dos sistemas de resfriamento. Como resultado, há o mapeamento dos ciclos de vida e reprodutivo dessas espécies bioincrustantes, o que futuramente permitirá, entre outros benefícios, a adequação dos métodos de controle de acordo com a sazonalidade reprodutiva dessas espécies. Outro exemplo é o controle de macrófitas aquáticas, a fim de atenuar os efeitos da eutrofização (presença excessiva de nutrientes) e impedir seu desenvolvimento indiscriminado, contribuindo para manter as condições de uso múltiplo dos reservatórios.

A implantação de uma usina hidrelétrica promove a conversão do ambiente, sendo que o meio aquático passa a ser considerado ambiente lêntico (reservatório). Nesse processo, há alteração das características físico-químicas do recurso hídrico, o que afeta diretamente a biodiversidade aquática, em especial a ictiofauna. Algumas espécies encontram no novo ambiente as condições ideais para sua sobrevivência, seu desenvolvimento e sua reprodução, mas outras não se adaptam à nova condição. Para avaliar os efeitos desse processo ao longo do tempo, a Tractebel Energia tem investido em projetos de P&D e monitorado a ictiofauna da região de influência das usinas hidrelétricas que opera. A Companhia também promove periodicamente a soltura de alevinos (filhotes de peixes) nos reservatórios, no intuito de repovoá-los com espécies nativas. Em 2015, foram investidos cerca de R$ 437,7 mil em um projeto de tecnologia para formação de bancos de germoplasma e produção de peixes nativos para repovoamento no Rio Iguaçu. Além disso, foram soltos no período 45 mil alevinos nativos nos reservatórios no Rio Iguaçu, dos quais 23 mil na Usina Hidrelétrica Salto Santiago e 22 mil na Usina Hidrelétrica Salto Osório.

Outro impacto relacionado à implantação de uma usina hidrelétrica é a perda de habitat em função do alagamento ocasionado pela formação do reservatório. Nesse processo, boa parte da vegetação é suprimida e espécimes da fauna são resgatados e transferidos para locais adequados, compatíveis com o ambiente original. Após a formação do reservatório, há a necessidade de constituir uma área de preservação permanente e de recuperar as áreas degradadas pela obra. Apesar de não ter implantado nenhuma usina hidrelétrica no período, em 2015 a Tractebel Energia plantou e doou 262.218 mudas de espécies nativas florestais na região de abrangência das usinas que opera.

Foram iniciadas, em agosto, as obras de implantação da UTE Pampa Sul, em Candiota (RS). Entre as ações que visam a auxiliar na conservação da biodiversidade do bioma Pampa presente na região, destaca-se o Subprograma de Salvamento de Germoplasma Vegetal, que consiste em resgatar as espécies que constam da Lista de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção no Rio Grande do Sul. Assim, o subprograma prevê a realocação de duas espécies de bromélias, a coleta e a doação de sementes de taleira e araçá-do-prata e o transplante de exemplares de corticeira do banhado. Além dessa ação, a Companhia desenvolveu os seguintes programas:

  • Programa de Resgate e Afugentamento da Fauna | Visa a efetuar o manejo dos animais encontrados durante as ações de supressão vegetal nas áreas do empreendimento.
  • Programa de Revegetação das Matas Ciliares e Conexão do Corredor Ecológico | Envolve iniciativas voltadas à conservação das matas ciliares e nascentes.
  • Programa de Reposição Florestal | Tem por objetivo compensar a vegetação suprimida pelo empreendimento.
  • Programa de Resgate e Monitoramento da Ictiofauna | Resgate dos peixes encontrados durante o processo construtivo.
  • Programa de Controle e Erradicação de Espécies Vegetais Exóticas Invasoras | Auxilia no controle das espécies invasoras que competem e eliminam as espécies nativas.

Na implantação do Complexo Eólico Santa Mônica, iniciada em 2014, o Plano de Desmatamento Racional (PDR) estabeleceu procedimentos para reduzir os impactos na flora e na fauna locais. Foram obtidas as autorizações de supressão vegetal para um total de 175,1 hectares, sendo que efetivamente foi suprimida apenas 28% dessa área. A intervenção em 5,79 hectares de Áreas de Preservação Permanente (APP) na implantação do empreendimento também demandou a obtenção de licenças próprias e a reposição florestal em área equivalente a duas vezes a suprimida (11,58 hectares), locada em APP e com início em 2016. Além disso, toda a fase de supressão vegetal do complexo foi acompanhada da execução de Programa de Manejo e Monitoramento de Fauna. Também está previsto o pagamento de Compensação Ambiental exigido por lei ao órgão licenciador, com destinação às Unidades de Conservação do Estado do Ceará – os valores ainda estão sendo definidos.

Outras iniciativas de destaque do Plano Básico Ambiental (PBA) do Complexo Eólico Santa Mônica relacionadas à biodiversidade são o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas e Controle de Processos Erosivos; o Programa de Monitoramento da Qualidade da Água (superficial e subterrânea); o Programa de Monitoramento da Qualidade do Solo; o Programa de Monitoramento do Nível de Ruídos e Vibrações; e o Programa de Educação Ambiental.


A COMPANHIA DESENVOLVE UM PROGRAMA CORPORATIVO DE CONSERVAÇÃO DE NASCENTES, QUE, ATÉ DEZEMBRO DE 2015, BENEFICIOU DIRETAMENTE 903 FAMILIARES

Em outras regiões, a Companhia desenvolve um programa corporativo de conservação de nascentes, em parceria com organizações governamentais e do terceiro setor. O programa contribui com a melhoria da qualidade da água consumida pela comunidade, impactando na redução de doenças causadas por organismos patogênicos. As ações incluem o isolamento da área próxima às nascentes, a construção de proteção de nascentes em alvenaria, para evitar a contaminação da água, e o reflorestamento do entorno com espécies nativas. Até dezembro de 2015, 831 nascentes haviam sido protegidas, beneficiando diretamente 903 famílias. O programa foi premiado em 2013 no Prêmio Brasil Ambiental e em 2015 conquistou o terceiro lugar no Prêmio Von Martius de Sustentabilidade, na categoria Natureza.

A Tractebel Energia mantém unidades operacionais localizadas dentro ou nas adjacências de áreas protegidas e/ou de alto valor de biodiversidade. São elas:

UHE Itá

Localização: entre os municípios de Itá (SC) e Aratiba (RS).
Área do reservatório: 142 km2.
Área de Preservação Permanente (APP): 22,56 km2.
Biodiversidade regional: 27 espécies de mamíferos, 94 de aves, 31 de répteis, 11 de anfíbios, 40 de peixes e 60 de flora (arbóreas).
Unidades de Conservação: Parque Estadual Fritz Plaumann (SC), de 7,41 km2;
Parque Municipal Teixeira Soares (RS), de 4,61 km2; e Parque Municipal de
Preservação Ambiental de Severiano de Almeida (RS), de 0,15 km2.

UHE Cana Brava

Localização: município de Cavalcante (GO).
Área do reservatório: 139 km2.
Área de Preservação Permanente (APP): 3,2 km2.
Biodiversidade regional: 92 espécies de mamíferos, 304 de aves, 98 de peixes, 41 de anfíbios, 77 de répteis.
Unidades de Conservação: terra indígena Avá-Canoeiro.

UHE Passo Fundo

Localização: município de Entre Rios do Sul (RS).
Área do reservatório: 151 km2.
Área de Preservação Permanente (APP): 4,11 km2.
Biodiversidade regional: 18 espécies de mamíferos, 122 de aves,
14 de répteis, 10 de anfíbios, 44 de peixes e 20 de flora.
Unidades de Conservação: Parque Estadual Rondinha, com 10 km2; e Reserva Municipal da Sagrisa, com 4 km2.

UHE Machadinho

Localização: entre os Municípios de Piratuba (SC) e Maximiliano de Almeida (RS).
Área do reservatório: 79 km2.
Área de Preservação Permanente (APP): 44,05 km2.
Biodiversidade regional: 52 espécies de mamíferos, 192 de aves, 63 de peixes, pelo menos 2 espécies relevantes de répteis e 522 de flora.
Unidades de Conservação: Parque Florestal Estadual Espigão Alto (RS), com 13,33 km2.

UHE Salto Santiago

Localização: entre os municípios de Rio Bonito do Iguaçu e Saudade do Iguaçu (PR).
Área do reservatório: 208 km2.
Área de Preservação Permanente (APP): a legislação da época da implantação da usina não estabelecia a obrigatoriedade de adquirir áreas para a formação de APP.
Biodiversidade regional: 14 espécies mamíferos, 302 de aves, 14 de anfíbios, 39 de peixes.

UHE Ponte de Pedra

Localização: entre os municípios de Itiquira (MT) e Sonora (MS).
Área do reservatório: 14,5 km2.
Área de Preservação Permanente (APP): 7,8 km2.
Biodiversidade regional: 80 espécies de mamíferos, 249 de aves, 58 de répteis, 17 de anfíbios e 9 de invertebrados.
Unidades de Conservação: o reservatório da usina é adjacente ao Parque Estadual da Serra de Sonora, com aproximadamente 79 km2.

PCH José Gelazio da Rocha

Localização: Rondonópolis (MT).
Área do reservatório: 0,27 km2.
Área de Preservação Permanente (APP): não foi estabelecida pela legislação no entorno do reservatório da usina.
Biodiversidade regional: 80 espécies de mamíferos, 249 de aves, 58 de répteis, 17 de anfíbios e 9 de invertebrados.
Unidades de Conservação: Parque Estadual Dom Osório Stoffel, com 64,22 km2.

UHE Salto Osório

Localização: entre os ,municípios de São Jorge d’Oeste e Quedas do Iguaçu (PR).
Área do reservatório: 55 km2.
Área de Preservação Permanente (APP): a legislação da época da implantação da usina não estabelecia a obrigatoriedade de adquirir áreas para a formação de APP.
Biodiversidade regional: 13 espécies de mamíferos, 303 de aves, 9 de anfíbios, 39 de peixes.

PHC Rondonópolis

Localização: Rondonópolis (MT).
Área do reservatório: 0,024 km2.
Área de Preservação Permanente (APP): não foi estabelecida pela legislação no entorno do reservatório da usina.
Biodiversidade regional: 80 espécies de mamíferos, 249 de aves, 58 de répteis, 17 de anfíbios e 9 de invertebrados.
Unidades de Conservação: Parque Estadual Dom Osório Stoffel, com 64,22 km2.

UHE São Salvador

Localização: entre os municípios de São Salvador do Tocantins e Paranã (TO).
Área do reservatório: 104 km2.
Área de Preservação Permanente (APP): 47,53 km2.
Biodiversidade regional: 26 espécies de mamíferos, 242 de aves, 38 de répteis, 29 de anfíbios e 209 de peixes.
Unidades de Conservação: Área de Proteção Ambiental do Lago de São Salvador do Tocantins, Paranã e Palmeirópolis, com 145,25 km2.

UHE Estreito

Localização: entre os municípios de Estreito (MA), Aguiarnópolis e Palmeiras do Tocantins (TO).
Área do reservatório: 555,0 km².
Área de Preservação Permanente (APP): 125,0 km².
Biodiversidade regional: 2 espécies de mamíferos aquáticos, 164 de aves, 21 de répteis, 38 de anfíbios e 50 de peixes.
Unidades de Conservação: o reservatório é adjacente à Unidade de Conservação Monumento Natural das Árvores Fossilizadas, com 356,3 km².

PCH Areia Branca

Localização: Caratinga e Ipanema (MG).
Área do reservatório: 1,36 km2.
Área de Preservação Permanente (APP): 112,71 hectares no reservatório da usina.
Biodiversidade regional: 17 espécies de mamíferos, 191 de aves, 6 de répteis e 20 de anfíbios.
Unidades de Conservação: não há na área diretamente afetada.

A Companhia também faz o levantamento de espécies nas áreas do entorno dos reservatórios, porém ainda não existe um número consolidado de quantas espécies fazem parte das listas nacionais de conservação. Em 2014, a Companhia iniciou em duas regiões o levantamento das espécies que constam da Lista Vermelha das Espécies Ameaçadas de Extinção, da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), verificando-se os seguintes status: GRI G4-EN14

Área de abrangência das UHE Salto Santiago e Salto Osório
  • Vulneráveis: seis espécies, das quais duas são da avifauna e quatro da flora.
  • Quase ameaçadas: 15 espécies, das quais 12 são da avifauna, duas da mastofauna e uma da flora.
  • Ameaçadas de extinção: três espécies, das quais duas são da flora e uma da avifauna.
  • Criticamente ameaçadas de extinção: uma espécie da flora.
  • Pouco preocupantes: 246 espécies, das quais três da ictiofauna, 41 da mastofauna, 184 da avifauna, 17 da herpetofauna e uma da flora.
Área de abrangência da UHE Ponte de Pedra e das PCHJosé Gelazio e Rondonópolis
  • Vulneráveis: quatro espécies.
  • Quase ameaçadas: duas espécies.
  • Ameaçadas de extinção: zero.
  • Criticamente ameaçadas de extinção: zero.
  • Pouco preocupantes: 103 espécies.

Pela natureza de seu negócio e pela legislação brasileira vigente, a Companhia não promove a substituição de habitats, mas realiza práticas de compensação por meio da destinação de um percentual dos investimentos relacionados à implantação dos empreendimentos. Assim, a Tractebel Energia apoia a implantação e manutenção de Unidades de Conservação nas regiões em que atua, como o Parque Estadual Fritz Plaumann e o Parque Natural Municipal Mata do Rio Uruguai Teixeira Soares. O Parque Estadual Fritz Plaumann possui 717,5 hectares e é uma das mais importantes áreas de proteção ambiental de Santa Catarina e referência em gestão e manejo. A Companhia foi uma das responsáveis por sua implantação, em 2006, para atender à compensação ambiental no licenciamento da Usina Hidrelétrica Itá. A atuação conjunta da Companhia com o poder público e o terceiro setor tem sido fundamental para proteger o parque, que agrega uma área remanescente da Floresta do Rio Uruguai, ou Floresta Estacional Decidual, uma formação do bioma Mata Atlântica que está ameaçada de extinção. A unidade de conservação é administrada pela Fundação do Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina (Fatma), com a colaboração técnica da Equipe Cogestora do Parque Estadual Fritz Plaumann (Ecopef) e de um Conselho Consultivo formado por 19 instituições.

Já o Parque Natural Municipal Mata do Rio Uruguai Teixeira Soares, no município de Marcelino Ramos, no Rio Grande do Sul, é uma Unidade de Conservação com 423 hectares. Ele foi entregue à comunidade pelo Consórcio Itá, do qual a Tractebel Energia faz parte. O parque foi construído como medida compensatória do licenciamento da Usina Hidrelétrica Itá pelo Ibama, e o local foi adquirido na década de 1990, a partir da seleção de remanescentes da Floresta Estacional Decidual, ou Floresta do Rio Uruguai. A área, que agrega o raro ecossistema do bioma Mata Atlântica, constitui um banco genético para recomposição da flora e manutenção da fauna regional, que inclui diversas espécies ameaçadas de extinção. Outro diferencial do parque é sua gestão, realizada de forma participativa e apoiada por um Conselho Consultivo formado por 16 instituições locais.

Em 2015, não foram identificados impactos sobre a biodiversidade em decorrência de introdução de substâncias que não ocorrem naturalmente nos habitats. Também não foram realizados monitoramento e mensuração de conversão de habitats, de mudanças em processos ecológicos e dos impactos diretos e indiretos em espécies afetadas. Tampouco houve mensuração da extensão de áreas impactadas e reversibilidade ou irreversibilidade dos impactos.


A TRACTEBEL ENERGIA APOIA A IMPLANTAÇÃO E MANUTENÇÃO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NAS REGIÕES EM QUE ATUA

Água

GRI G4-DMA (Água) G4-DMA (Efluentes e resíduos)

A captação de água realizada pela Companhia é regulamentada e fiscalizada pelos órgãos oficiais responsáveis de cada região. Em situações que representem risco à fonte hídrica, a captação é suspensa. Já o acompanhamento de indicadores de qualidade da água lançada em corpos hídricos é feito periodicamente por meio de análises físico-químicas e bioquímicas, com a intenção de evitar poluição e/ou contaminação da fonte hídrica. O descarte da água utilizada nos sistemas de resfriamento atende aos padrões estabelecidos pela legislação vigente. Em 2015, o descarte de água pela Tractebel Energia, realizado de forma planejada, totalizou 842.031.622,98 m3, com qualidade compatível aos padrões estabelecidos pela legislação em vigor. GRI G4-EN22

Total de retirada de água por fonte GRI G4-EN8
Fontes de água Volume 2014 Volume 2015
Águas superficiais* 845.048.505,0 m3  845.236.521,25 m3
Águas subterrâneas 29.696,0 m3  21.150,94 m3
Águas pluviais diretamente coletadas e armazenadas pela Companhia 1.622.400,0 m3  2.155.440,00 m3
Abastecimento municipal de água ou outras empresas de abastecimento de água 6.434,0 m3  1.879.059,24 m3
Volume total de água retirada 846.707.035,00 m3 849.292.171,43 m3
Os critérios adotados para os cálculos e a mensuração de água atendem aos requisitos expressos pela controladora da Tractebel Energia, a ENGIE. As informações são anualmente auditadas por terceira parte.
*Não temos captação de áreas úmidas, lagos e oceanos.

As Usinas Charqueadas, Ferrari, Ibitiúva, Wiliam Arjona, Lages e o Complexo Termelétrico Jorge Lacerda operam em circuito fechado, reciclando a água utilizada no processo de geração. O quadro a seguir apresenta a proporção percentual e o volume de água reciclada e reutilizada em relação ao consumo total da Companhia.

Percentual e volume total de água reciclada e reutilizada GRI G4-EN10
  2014 2015
Total e percentual de água reciclada 22.465.181,0 m3 (2,7%) 20.558.439,92 m3 (2,42%)
Total e percentual de água reutilizada 2.155.440,00 m3 (0,25%) 7.697.502,25m3 (0,91%)
Total e percentual de captação de água de chuva 1.622.400,0 m3 (0,2%)  2.155.440,00 m3 (0,25%)
Os critérios adotados para os cálculos e a mensuração de água atendem aos requisitos expressos pela controladora da Tractebel Energia, a ENGIE. As informações são anualmente auditadas por terceira parte.

Combustíveis

GRI G4-DMA (Energia)

A Política Tractebel Energia sobre Mudanças Climáticas prevê a adoção de medidas para a redução do consumo de combustíveis fósseis, entre elas o uso preferencial de automóveis bicombustível, a contratação de serviços de transporte coletivo na maioria das usinas e a realização de tele e videoconferências. As tabelas a seguir apresentam o consumo de combustíveis fósseis e a intensidade energética de 2015 e 2014.

Consumo de energia dentro da Companhia GRI G4-EN3 G4-EU2
      2014 2015
Venda Por tipo* Energia elétrica vendida 37.072 GWh
(4.232 MW médios)
 36.012 GWh
(4.111 MW médios)
Vapor vendido 25,4 GWh  24 GWh
Consumo  Não renováveis  Carvão 58.987.165,12 GJ  58.370.842,88 GJ
 Óleo diesel 158.458,38 GJ  112.604,13 GJ
 Óleo combustível  111.729,13 GJ  198.905,66 GJ
 Gás 15.301.731,72 GJ  13.643.509,79 GJ
Total 74.559.084,35 GJ  72.325.862,46 GJ
Renováveis  Biomassa de madeira 2.374.328,34 GJ  2.441.765,81 GJ
 Biomassa de cana-de-açúcar 7.736.777,24 GJ  8.635.209,87 GJ
Total 10.111.105,58 GJ  11.076.975,68 GJ
Outros Consumo de eletricidade da rede² 616.546,1 GJ 660.145,50 GJ¹
 Total Consumo total de energia³ 85.286.736,03 GJ  84.062.983,64 GJ
Normas, metodologias e premissas adotadas: os critérios adotados para os cálculos e a mensuração de energia atendem aos requisitos expressos pela controladora da Tractebel Energia S.A., a ENGIE. Essas informações são anualmente auditadas por terceira parte.
*O valor informado como energia vendida corresponde à energia própria do negócio e não o excedente de autoprodução.
1. Valor referente ao consumo de energia nas unidades (uso industrial + prédio administrativo).
2. Referências (energia elétrica): o Sistema de Medição para Faturamento (SMF) é responsável por registrar os dados de energia elétrica gerada e consumida pelas usinas, e diversas são as normas seguidas para minimizar falhas dos equipamentos e evitar a prática de possíveis fraudes. Os aspectos técnicos aos quais o SMF deve ser submetido são orientados pelo ONS. Já a forma de tratamento dos dados e os prazos e regras para o envio das informações são estabelecidos pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
3. Consumo total de energia = total combustíveis renováveis + total combustíveis não renováveis + consumo Rede.


Intensidade energética GRI G4-EN5
 Intensidade energética 2014 2015
 Consumo de energia dentro da Companhia (GJ) 84.062.983,64  85.286.736,03
Produção de energia (GJ) 171.440.768,65  176.191.271,92
Intensidade energética (consumo de energia dentro da Companhia/Produção de energia)* 0,49 0,48
*Tipos de energia incluídos na taxa de intensidade: combustíveis fósseis, combustíveis renováveis e energia da rede.

Redução do consumo de energia GRI G4-EN6 G4-DMA (Energia)

De todo o parque de geração termelétrico da Tractebel Energia, o Complexo Termelétrico Jorge Lacerda representa 76,6% de potência instalada. Nele, houve em 2015 um leve aumento do consumo de energia, de cerca de 0,5% quando comparado a 2014. O resultado decorre principalmente das perdas na UTLC, usina de maior eficiência do Complexo, causadas por formação de depósitos de cinzas, falha no aquecedor de água de alimentação e aumento do consumo de auxiliares, além de redução na eficiência da UTLA2, ocasionada pela degradação natural dos equipamentos (revisão prevista para 2016/2017). No entanto, houve também uma queda significativa nos consumos da UTLA1 e UTLB em razão, especialmente, do início de implantação dos investimentos, de revisões e manutenções corretivas em 2015 e de melhorias de procedimento de operação e manutenção.

Para 2016, a Companhia estima reduções maiores como resultado da implantação dos investimentos na UTLA1 (novo precipitador, repalhetamento da turbina, novo condensador, novo economizador) e do início das seguintes ações e adoções na UTLA2: sistema de queima, turbina BP e modernização automação. Em relação ao consumo de energia próprio (auxiliares), houve redução de 0,5% na comparação com o ano de 2014.

Redução do consumo de energia GRI G4-EN6
Ano Consumo de carvão (t) Geração líquida (MWh) PCI* (kcal/kg) PCI (kJ/kg) Consumo específico de carvão (kJ/kWh) Redução (%)
2015 3.252.723 4.458.498 3.865 1.6157 11.787 0,44
2014 3.292.797 4.506.770 3.851 1.6096 11.735 0,32
2013 3.671.283 5.156.550 3.956 1.6536 11.773 3,86
*Poder Calorífico Inferior (PCI).
Normas, metodologias e premissas adotadas: (i) NBR ISO 50.001, que descreve o uso e o consumo energético e a eficiência energética, (ii) ASTM PTC 4-2008, para cálculo de eficiência e PCI do carvão. Tipos de energia incluídos nas reduções e base usada para o cálculo: combustível fóssil (carvão mineral).

A COMPANHIA PREVÊ A ADOÇÃO DE MEDIDAS PARA A REDUÇÃO DO CONSUMO DE COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS, ENTRE ELAS O USO PREFERENCIAL DE AUTOMÓVEIS BICOMBUSTÍVEL

Resíduos

GRI G4-EN23 G4-EN25 G4-DMA (Efluentes e resíduos)

A Tractebel Energia visa promover a destinação ambientalmente correta dos resíduos gerados em suas unidades e, sempre que possível, promove a reutilização ou reciclagem de materiais. A Companhia, que não importa ou exporta resíduos, exige que as empresas contratadas para destinação final atendam à legislação ambiental aplicável, em especial à Lei nº 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Destinação de resíduos
Método de disposição Resíduos perigosos (t) Resíduos não perigosos (t)
2015 2014 2015 2014
Reutilização  66,58 8,71  2,12 7,6
Reciclagem  42,33 112,7  1.806.806,09 1.809.045,00
Compostagem  NA  NA  69,05 40,91
Recuperação de áreas degradadas NA NA 563,01 1.756,67
Recuperação, inclusive de energia  0,0063 NA 116,83
(utilização como combustível)
111,68
Incineração (queima de massa)  17,04 0,02  NA N/A
Aterro  226,42 324,74 1.592,05 356,89
Cava da mina de carvão NA N/A 61.187,49 39.328,77
Armazenamento no local  93,38 68,33  25,94 38,35
Coprocessamento  223,64 150,9  24,40 1,25
Pavimentação de estradas  NA NA  0,51 0,74

O aumento na quantidade de resíduos perigosos incinerados em relação ao registrado em 2014 se deve à destinação final de madeiras (pallets) remanescentes da implantação do Complexo Eólico Trairi.

A geração de resíduos de madeiras flutuantes (driftwood) nos reservatórios das usinas hidrelétricas é variável, o que justifica uma diminuição significativa em 2015 em relação ao ano anterior. Essa variação pode ser observada nos valores de resíduos não perigosos destinados à recuperação de áreas degradadas.

O aumento da quantidade de cinzas dispostas em cavas das minas de carvão se justifica pelos reflexos da crise na construção civil, que ocasionou redução nas demandas por esse tipo de resíduo para a fabricação de cimento.

A substituição dos precipitadores eletrostáticos da UTLA provocou aumento no número de terceirizados trabalhando nas instalações do CTJL, o que contribuiu para o aumento significativo da geração de lodo de esgoto e, consequentemente, da quantidade de resíduos não perigosos dispostos em aterro classe II.


OS RESÍDUOS GERADOS PELAS UNIDADES DA TRACTEBEL ENERGIA POSSUEM CORRETA DESTINAÇÃO, EM LINHA COM AS LEIS APLICÁVEIS, COMO A POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Peso de resíduos gerados e destinados, por método de disposição GRI G4-EN23
RESÍDUOS PERIGOSOS        
Tipo de resíduo  Gerado (t)  Destinado (t) Destinado (%) Destinação final
Água contaminada com óleo 14,80 14,26 96,4 Aterro industrial classe I
Baterias industriais 0,14 0,13 96,6
Borra de óleo ou xisto 0,02 0,02 100,0
Borra de tinta 0,20 0,13 67,4
Brita contaminada com óleo 0,06 0,06 100,0
Cartuchos de impressoras e toners 0,02 0,02 91,1
Embalagens contaminadas (sólidos contaminados) 22,42 20,58 91,8
Escória de jateamento 86,26 86,01 99,7
Lâmpadas em geral 1,04 0,84 80,8
Lodo de esgoto sanitário 70,29 70,29 100,0
Manta de isolação acústica 0,07 0,07 100,0
Materiais com mercúrio 0,00 0,00 100,0
Materiais contaminados com óleos, graxas e produtos químicos 31,42 26,62 84,7
Materiais contendo amianto ou lã de vidro 3,30 3,26 98,8
Pilhas e baterias comuns 0,25 0,17 66,0
Produtos químicos 0,84 0,62 73,9
Querosene e outros solventes contaminados (lavagem de peças) 1,04 0,96 92,3
Resíduos de serviços de saúde 0,01 0,01 100,0
Resíduos de solda (eletrodos, arames, varetas, estanho) 1,04 1,01 96,8
Resinas em geral 2,43 1,19 49,0
Sucata eletroeletrônica 1,32 0,18 13,8
Resíduos de solda (eletrodos, arames, varetas, estanho) 9,36 8,42 90,0
Resíduos de solda (eletrodos, arames, varetas, estanho) 0,00 0,00 100,0 Aterro sanitário
Sucata eletroeletrônica 0,00 0,00 100,0
Produtos químicos 17,00 17,00 100,0 Incineração
Resíduos de serviços de saúde 0,04 0,04 100,0
Água contaminada com óleo 153,23 153,23 100,0 REC.
Coprocessamento
Borra de óleo ou xisto 5,09                 5,09 100,0
Brita contaminada com óleo 12,72 12,38 97,4
Cartuchos de impressoras e toners 0,13 0,12 93,7
Embalagens contaminadas (sólidos contaminados) 1,54 1,45 94,1
Embalagens de aerossóis 0,00 0,00 100,0
Graxa residual 0,12 0,12 100,0
Lâmpadas em geral 0,11 0,11 100,0
Materiais contaminados com óleos, graxas e produtos químicos 58,76 47,30 80,5
Materiais contendo amianto ou lã de vidro 0,01 0,01 100,0
Produtos químicos 0,18 0,18 100,0
Querosene e outros solventes contaminados (lavagem de peças) 0,03 0,03 100,0
Resíduos de solda (eletrodos, arames, varetas, estanho) 0,07 0,07 100,0
Resinas em geral 3,52 3,52 100,0
Sucata eletroeletrônica 0,06 0,04 70,4
Baterias industriais 3,44 3,44 100,0 REC.
Reciclagem
Cartuchos de impressoras e toners 0,14 0,06 42,2
Embalagens de aerossóis 0,38 0,27 72,0
Embalagens de defensivos 0,03 0,00 11,6
Lâmpadas em geral 3,30 2,58 78,1
Óleos isolantes usados 3,29 3,29 100,0
Óleos lubrificantes usados 23,10 23,10 100,0
Pilhas e baterias comuns 1,73 0,19 11,1
Sucata eletroeletrônica 9,74 9,40 96,6
Cartuchos de impressoras e toners 0,45 0,39 87,0 REC.
Reutilização
Óleos isolantes usados 0,40 0,40 100,0
Óleos lubrificantes usados 65,96 61,44 93,1
Toalhas industriais retornáveis 4,36 4,36 100,0
Lodo de esgoto sanitário 0,01 0,01 100,0 REC.
Utilização como combustível
RESÍDUOS NÃO PERIGOSOS        
Tipo de resíduo  Gerado (t)  Destinado (t)  Destinado (%) Destinação final
Isopor 0,02 0,02 100,0 Aterro controlado
Lodo de esgoto sanitário 78,54 78,54 100,0
Madeiras 0,08 0,03 40,6
Plásticos 0,04 0,04 100,0
Resíduos comuns (embalagens de alimentos, papel higiênico, cigarros) 3,71 3,71 100,0
Resíduos orgânicos 10,56 10,56 100,0
Entulho de construção 101,55 101,55 100,0 Aterro industrial classe II
Escória de jateamento 55,46 48,77 87,9
Filtro de sistemas de ar-condicionado 0,03 0,01 31,3
Isopor 0,08 0,08 96,4
Lã de rocha 205,46 205,35 99,9
Lodo de esgoto sanitário 921,50 921,50 100,0
Lodo de estação de tratamento de água – ETA 12,36 12,36 100,0
Madeiras 0,92 0,92 100,0
Mangas (filtro de mangas) 9,20 9,20 100,0
Manta de isolação acústica 0,09 0,09 100,0
Resíduos comuns (embalagens de alimentos, papel higiênico, cigarros) 5,23 4,92 94,1
Resíduos orgânicos 15,80 15,40 97,4
Sólidos industriais não contaminados (sílica gel não contaminada, filtros de ar-condicionado, lixas, resíduos de PVC, mangueiras) 19,37 15,83 81,7
Sucata de borracha 2,74 2,55 93,1
Vidros 0,67 0,61 91,2
Filtro de sistemas de ar-condicionado 0,02 0,02 100,0 Aterro sanitário
Isopor 0,23 0,23 100,0
Óleo de cozinha 0,12 0,12 100,0
Papel e papelão 5,37 5,37 100,0
Plásticos 0,16 0,16 100,0
Resíduos comuns (embalagens de alimentos, papel higiênico, cigarros) 126,89 126,89 100,0
Resíduos orgânicos 26,23 26,23 100,0
Sólidos industriais não contaminados (sílica gel não contaminada, filtros de ar-condicionado, lixas, resíduos de PVC, mangueiras) 0,02 0,02 100,0
Sucata de borracha 0,85 0,79 92,3
Sucata metálica ferrosa 0,04 0,04 100,0
Sucata metálica não ferrosa (cobre, alumínio, latão, aço inox, prata, bronze) 0,06 0,06 100,0
Vidros 0,08 0,08 100,0
Madeiras 0,20 0,20 100,0 Incineração
Madeiras 2,60 2,60 100,0 REC.
Compostagem
Resíduos orgânicos 66,45 66,45 100,0
Filtro de sistemas de ar-condicionado 0,12 0,12 100,0 REC.
Coprocessamento
Isopor 0,00 0,00 100,0
Lã de rocha 21,12 21,12 100,0
Sucata de borracha 2,22 1,90 85,5
Sucata eletroeletrônica 1,55 1,28 82,7
Entulho de construção 0,51 0,51 100,0 REC.
Pavimentação de estradas
Cinzas leves 1.072.847,62 1.072.847,62 100,0 REC.
Reciclagem
Cinzas pesadas (caldeiras) 595.093,55 595.093,55 100,0
Gesso 19.913,60 19.913,60 100,0
Isopor 0,02 0,02 100,0
Madeiras 0,18 0,18 100,0
Óleo de cozinha 0,40 0,40 100,0
Papel e papelão 43,57 43,13 99,0
Plásticos 24,95 23,79 95,3
Sucata de borracha 0,36 0,18 49,3
Sucata metálica ferrosa 2.049,53 2.047,26 99,9
Sucata metálica não ferrosa (cobre, alumínio, latão, aço inox, prata, bronze) 144,98 144,61 99,7
Vidros 0,06 0,06 100,0
Driftwood (resíduos de madeira acumulados no reservatório) 563,01 563,01 100,0 REC.
Recuperação de áreas degradadas
Madeiras 0,42 0,40 95,6 REC.
Reutilização
Resíduos orgânicos 0,13 0,13 100,0
Sucata metálica ferrosa 1,81 1,56 86,4
Sucata metálica não ferrosa (cobre, alumínio, latão, aço inox, prata, bronze) 0,03 0,02 88,4
Madeiras 116,83 116,83 100,0 REC.
Utilização como combustível
Cinzas pesadas (caldeiras) 60.205,65 60.205,65 100,0 Cava da mina de carvão
Gesso 981,84 981,84 100,0
Cinzas pesadas (caldeiras) 30.735,81 30.735,81 100,0 REC.
Reciclagem
Cinzas leves 15.845,03 15.845,03 100,0

Como parte dos compromissos assumidos na Política de Mudanças Climáticas, a Companhia vende cinzas leves das usinas termelétricas a carvão para fabricação de cimento, reduzindo emissões de CO2 pela substituição do calcário na indústria cimenteira. Já as cinzas das usinas a biomassa são destinadas à agricultura, substituindo os insumos agrícolas convencionais, dentre eles o calcário.

As cinzas pesadas, por sua vez, são aproveitadas como base para a pavimentação asfáltica de rodovias e como neutralizadoras da acidez do solo na recuperação de depósitos de rejeitos de carvão, devido ao seu pH alto. Parte das cinzas pesadas provenientes da Usina Termelétrica Charqueadas volta à cava da mina e é aplicada na recuperação ambiental da área de onde o carvão mineral foi extraído.

Destinação de cinzas para a indústria cimenteira
  2014 (t) 2015 (t) Variação (%)
Usina Termelétrica Charqueadas 120.977,14 198.940,01 39,2
Complexo Termelétrico Jorge Lacerda 1.647.458,53 1.469.001,16 -10,8


Destinação de cinzas para a agricultura/silvicultura
  2014 (t) 2015 (t) Variação (%)
Usina de Cogeração Lages 33.931,81 17.265,38 -49,1
Usina Termelétrica Ibitiúva 11.516,00 29.315,46 60,7
Usina Termelétrica Ferrari 61.472,00 70.110,85 12,3

Emissões

GRI G4-DMA (Emissões)
Emissões de Gases do Efeito Estufa (em tCO2e)
Fontes de emissão Controle operacional Participação societária Controle operacional Participação societária Controle operacional Participação societária
  2013 2014 2015
Escopo 1 GRI G4-EN15            
Combustão estacionária 6.449.189,72 6.447.636,82 6.358.562,58 6.357.397,51 6.093.182,65 6.091.658,38
Combustão móvel 557,73 564,60 671,54 693,97 637,11 658,51
Processos 2.346,56 2.349,56 4.120,11 4.120,11 5.345,05 5.345,05
Emissões fugitivas 172,17 172,35 26,14 1.170,04 226,73 236,13
Atividades agrícolas 20,34 20,91 4,63 11,21 5,73 8,30
Resíduos sólidos 0,68 0,68 0,37 0,37 12,61 2,89
Total do escopo 1 6.452.290,19 6.450.744,91 6.363.385,37 6.363.393,22 6.099.409,88 6.097.919,26
Escopo 2 GRI G4-EN16            
Compra de eletricidade da rede 18.847,60 20.168,44 18.711,25 19.670,31 18.751,32 19.709,00
Escopo 3 GRI G4-EN17            
Atividades relacionadas com combustível e energia não inclusas nos escopos 1 e 2 5,87 5,87 1.642,86 1.642,86 39,97 39,97
Transporte e distribuição (upstream) 16.180,97 16.361,54 18.679,86 18.800,61 19.824,84 19.929,93
Resíduos gerados nas operações 57,67 63,66 502,26 503,31 807,45 816,05
Viagens a negócios 1.019,16 1.126,81 662,6 718,35 915,34 981,16
Deslocamento de empregados (casa-trabalho) 362,89 393,41 345,1 484,87 458,34 498,53
Transporte e distribuição (downstream) 10.369,92 10.369,92 10.020,20 10.020,20 10.414,26 10.414,26
Total do escopo 3 27.996,48 28.321,21 31.852,87 32.170,20  32.460,21  32.679,90
Total de emissões 6.499.134,27 6.499.234,56 6.413.949,50 6.415.233,72 6.150.621,41 6.150.308,17
Emissões de biomassa (tCO2) 502.360,53 426.155,73 941.304,07 882.667,28 1.102.109,56 1.025.261,65
Gases não-Quioto (tCO2e) 0,35 0,36 279,39 325,59 374,67 438,35

As emissões totais de GEE da Tractebel Energia em 2015, sob a abordagem de Controle Operacional, resultaram em uma redução de 4,11% em relação ao ano anterior, passando de 6.413.949,50 tCO2e em 2014 para 6.150.621,41 tCO2e em 2015, havendo redução dos Escopos 1 e 2 e aumento das emissões no Escopo 3.

Emissões de GEE Tractebel Energia por escopo em tCO2e – Controle Operacional (2013-2015) GRI G4-EN19
Escopos 2013 2014 2015
Escopo 1 6.452.290,19 6.363.385,37 6.099.409,88
Escopo 2 18847,6 18711,25 18751,32
Escopo 3 27.966, 44 31852,87 32460,21
Total 6499134,27 6413949,5 6150621,41

A evolução das emissões de GEE sob a abordagem de Participação Societária é intrinsecamente relacionada à abordagem de Controle Operacional, na qual as emissões variam proporcionalmente à participação acionária da Tractebel Energia nas usinas. Assim, pode-se afirmar que houve uma redução do total de emissões de GEE na abordagem de Participação Societária.

Adicionalmente, a Usina Eólica Tubarão foi incluída no parque gerador da Tractebel Energia, que possui 100% de Controle Operacional e Participação Societária. Contudo, suas emissões não são significativas para impactar as emissões globais da Tractebel Energia (acréscimo de 11,20 tCO2e nas emissões em 2015).

Emissões de GEE Tractebel Energia por escopo em tCO2e – Participação Societária (2013-2015) GRI G4-EN19
Escopos 2013 2014 2015
Escopo 1 6.450.744,91 6.363.393,22 6.097.919,26
Escopo 2 20.168,44 19.670,31 19.709,00
Escopo 3 28.321,21 32.170,20 32.679,90
Total 6.499.234,56 6.415.233,72 6.150.308,17

Evolução de emissões por energia gerada da Tractebel Energia em tCO2e/MWh (2013-2015) GRI G4-EN18
Abordagem Unidade de medida 2013 2014 2015
Controle Operacional tCO2 6.499.134,27 6.413.949,50 6.150.621,41
tCO2/MWh 0,2356 0,2308 0,2115
Participação Societária tCO2 6.499.234,56 6.415.233,72 6.150.308,17
tCO2/MWh 0,1821 0,1715 0,1592

Considerando os dados apresentados acima, houve uma redução de 4,13% nas emissões da Tractebel Energia em 2015 em relação ao ano anterior, semelhante a redução na abordagem de Controle Operacional, de 4,11%.

Volume de emissões de NOx, SOx e outras emissões atmosféricas (2015) GRI G4-EN21
Categoria Volume de emissões (t)
NOx 15.767,94
SOx 119.844,06
Material particulado (MP) 3.600,06

Emissões de NOx, SOx e outras emissões atmosféricas em t/MWh GRI G4-EN21
Categoria 2.013 2014 2015 Variação 2014 x 2015 (%)
NOx 0,00038 0,00036 0,0003311 -8,73
SOx 0,00278 0,00242 0,0025165 3,83
MP 0,00006 0,00008 0,0000756 -5,82

Relativamente a emissões de substâncias que destroem a camada de ozônio, do ponto de vista do Controle Operacional, foram emitidas aproximadamente 0,21 t de HCFC (R-22), o que corresponde a 374,67 tCO2e. Já usando a abordagem da Participação Societária, as emissões foram de 0,24 t de R-22, correspondendo a 438,35 tCO2e. Tal gás é utilizado nos equipamentos de refrigeração e ar-condicionado instalados nas unidades da Companhia. GRI G4-EN20

As normas e metodologias adotadas para a mensuração foram:

  • ISO 14064-1:2007 – Gases de efeito estufa – Especificação e orientação a organizações para quantificação e elaboração de relatórios de emissões e remoções de gases de efeito estufa.
  • Programa Brasileiro GHG Protocol.

A íntegra do Inventário de Emissões 2015 da Tractebel Energia e todas as suas controladas constitui o Anexo I deste Relatório.

Investimentos

GRI G4-EN31 G4-DMA (Geral)

Os principais investimentos com foco ambiental realizados em 2015 pela Tractebel Energia foram distribuídos conforme apresenta o quadro a seguir.

Total de investimentos e gastos com proteção ambiental, discriminado por tipo GRI G4-EN31
Categoria dos investimentos  Investimentos (CAPEX) Valor (R$)
Custos de prevenção e gestão ambiental Implantação de herbário na Usina Hidrelétrica Passo Fundo 165.356,06
Implantação de Estações de Telemetria e Hidrologia nas Usinas Hidrelétricas Passo Fundo, Itá, Salto Santiago, São Salvador, Cana Brava e Ponte de Pedra 972.535,64
Implantação de Unidade de Conservação (Parque Natural da Mata do Rio Uruguai Teixeira Soares) 1.213.694,18
Implantação do Centro de Monitoramento Ambiental e ampliação do Laboratório da Central de Utilidades do CTJL 569.535,75
Equipamentos de monitoramento da qualidade do ar e dados meteorológicos 792.842,99
Disposição de resíduos, tratamento de emissões e custos de remediação Ampliação da Central de Resíduos e do Depósito de Materiais da Usina Hidrelétrica Machadinho 19.284,50
Substituição dos precipitadores eletrostáticos da UTLA, no CTJL 30.686.034,37
Impermeabilização do pátio auxiliar de armazenagem de carvão no CTJL 637.977,69
Total   35.057.261,18
Custos Operacionais (OPEX): R$ 33.570.469,81.
Custos com Seguro de Responsabilidade Civil Geral: R$ 640.497,85.