Comercialização de energia GRI G4-4
A Tractebel Energia comercializa energia no mercado regulado por meio de leilões, tendo como premissa que os preços-teto propostos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sejam capazes de viabilizar empreendimentos em desenvolvimento pela Companhia.
No mercado livre, além de buscar a fidelização de clientes e a diversificação do portfólio, a Tractebel Energia, por meio de sua comercializadora, procura vender gradativamente a energia disponível, com vistas a preços atrativos e à minimização do risco de exposição aos preços de curto prazo (spot ou Preço de Liquidação das Diferenças — PLD).
A diversificação do portfólio se dá entre setores industriais e entre empresas de um mesmo setor. Dessa forma é possível compensar os efeitos de eventuais conjunturas negativas de determinados setores ou situações desfavoráveis a clientes específicos, diminuindo riscos de queda de receita.
As vendas são feitas conforme as oportunidades se apresentam, principalmente quando o mercado revela maior propensão à compra. Operações de aquisição de energia para revenda são também realizadas quando necessárias ou oportunas.
Em 2015, os consumidores livres representaram 48,8% das vendas físicas e 47,3% da receita líquida de vendas, registrando aumentos de 4,8 p.p. e 6,6 p.p., respectivamente, em comparação a 2014.
Participação de clientes nas vendas físicas (%)
Participação de clientes nas vendas contratadas que
compõem a Receita Líquida de Vendas (%)
Balanço de energia (MW médios)
Expansão responsável do parque gerador
GRI G4-13
A capacidade instalada do parque gerador da Tractebel Energia cresceu 89% desde o início das operações da Companhia como empresa privada, em 1998, passando de 3.719 MW para 7.044 MW no período.
Diretamente ou por meio de sua controladora, a ENGIE, a Tractebel Energia permanece atenta a oportunidades de expansão nas diferentes regiões brasileiras, desde que atendam aos requisitos de viabilidade econômica e de conformidade com os mais rigorosos conceitos de sustentabilidade. Assim, vem diversificando sua matriz energética e os mercados regionais de atuação, com prioridade para fontes renováveis de energia.
Do ponto de vista econômico-financeiro, o crescimento do parque gerador contribui para a perenidade do negócio e o aumento da receita, em função do incremento do portfólio de energia disponível para comercialização. Outro aspecto a ser considerado quanto à estratégia de expansão é a criação de valor para a sociedade brasileira como um todo, por meio do aumento da oferta de energia disponível, da segurança do sistema elétrico nacional e da geração de empregos diretos e indiretos, entre outros fatores positivos.
Em 2015, o crescimento do parque gerador da Tractebel Energia se deu com a finalização das obras de expansão da Ferrari Termelétrica, iniciadas no ano anterior e concluídas em maio, com aumentos da capacidade instalada, de 65,5 MW para 80,5 MW, e da garantia física, de 23,2 MW para 35,6 MW médios, agregando 15 MW ao parque da Companhia. Em complemento, a inclusão do Projeto de Pesquisa e Desenvolvimento Eólico de Tubarão (SC), acrescentou 2,1 MW. Os 7.044 MW alcançados no fim de 2015 representam um aumento de 17 MW ou 0,2% em relação aos 7.027 MW do final de 2014. Também no período, foram iniciadas as obras de implantação da Usina Termelétrica Pampa Sul, no Rio Grande do Sul, com previsão de início de operação no segundo semestre de 2018.
A expansão da capacidade instalada deve continuar nos próximos anos, à medida que as obras de implantação de novas usinas forem concluídas. A seguir apresentam-se os empreendimentos em fase de implantação.
Além desses empreendimentos, a Tractebel Energia possui outros projetos em fase avançada de desenvolvimento, conforme demonstra o quadro a seguir.
Ativos intangíveis
Além dos considerados nas Demonstrações Contábeis, são ativos intangíveis da Tractebel Energia o capital humano e intelectual, as atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação e a imagem corporativa.
Capital humano e intelectual
Ciente da importância das pessoas para a sustentabilidade do negócio, a Companhia promove uma série de programas voltados ao desenvolvimento e à retenção de seus profissionais. Em 2015, foram oferecidas aos empregados, em média, 79,5 mil horas de treinamento.
Gerentes, coordenadores e especialistas |
Analistas, engenheiros e chefes de equipe |
Carreira técnica e operacional |
Total de horas |
5.766,85 |
25.920,05 |
47.807,50 |
79.494,40 |
|
Gerentes, coordenadores e especialistas |
Analistas, engenheiros e chefes de equipe |
Carreira técnica e operacional |
Média total |
Feminino |
39,56 |
47,26 |
38,23 |
42,69 |
Masculino |
50,83 |
68,29 |
83,85 |
75,15 |
Média total |
49,28 |
63,84 |
78,11 |
70,04 |
Para assegurar a qualificação de seu capital humano, a Companhia desenvolve programas focados no desenvolvimento de lideranças e gestores, além de manter ações de educação corporativa. Adicionalmente, criou em 2015 o Programa Viva a Aposentadoria, que tem como objetivo acompanhar e orientar os profissionais que dividiram anos de sua história com a Tractebel Energia. O programa, de livre adesão, visa promover informação e reflexão sobre a nova rotina do empregado próximo à aposentadoria, incluindo aspectos legais, emocionais e de saúde. GRI G4-LA10
Associados ao capital intelectual da Companhia estão os projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), área cada vez mais estratégica no modelo de negócio da Tractebel Energia. Os projetos de pesquisa estão diretamente relacionados à busca por melhorias na operação e por fontes mais limpas e eficientes para geração de energia. Dessa forma, essas iniciativas incorporam o conhecimento produzido à estratégia da Companhia.
Exemplo disso é a Usina Solar Fotovoltaica Cidade Azul, de 3 MWp em seus 19.424 painéis, resultado do Projeto de Pesquisa e Desenvolvimento Estratégico nº 013/2011 da Aneel. Inaugurado em 2014, esse empreendimento tem como objetivo estudar o comportamento dessa fonte na matriz energética, os custos envolvidos e o desempenho dos equipamentos implantados. Entre eles estão três diferentes tecnologias de painéis fotovoltaicos e cinco modelos de inversores.
Resultado direto do valor criado pela pesquisa aos capitais humano, intelectual e manufaturado da Companhia, os projetos em desenvolvimento de Assú e Alvorada, ambos fotovoltaicos, estão em vias de implantação e visam à exploração desse conhecimento em maior escala.
De acordo com a Lei nº 9.991, de 24 de julho de 2000, as concessionárias de geração e empresas autorizadas à produção independente de energia elétrica possuem a obrigatoriedade de aplicar anualmente o montante mínimo de 1% da receita operacional líquida em programas de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) do setor elétrico, regulados pela Aneel. Em 2015, o investimento realizado pela Tractebel Energia em seu programa de P&D foi de R$ 52,7 milhões e teve a seguinte destinação:
- R$ 15,1 milhões para o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT);
- R$ 7,6 milhões para o Ministério de Minas e Energia (MME), para custeio da Empresa de Pesquisa Energética (EPE); e
- R$ 30,0 milhões para projetos em andamento, propostos pela Companhia, sobre temas relacionados na tabela a seguir.
Áreas dos projetos de P&D 2015
Tema |
Valor (R$) |
Geração de energia elétrica |
4.072,45 |
Segurança |
36.219,57 |
Operação de sistemas de energia elétrica |
54.658,52 |
Planejamento de sistemas de energia elétrica |
63.204,46 |
Pesquisa estratégica |
163.405,56 |
Geração termelétrica |
729.128,13 |
Meio ambiente |
1.006.313,54 |
Gestão do programa de P&D |
1.209.524,47 |
Eficiência energética |
2.018.701,23 |
Supervisão, controle e proteção de sistemas de energia elétrica |
2.487.499,71 |
Fontes alternativas de geração de energia elétrica |
22.249.644,48 |
Total |
30.022.372,12 |
Inovação no Complexo
Santa Mônica
Em 2015, a Tractebel Energia também promoveu inovações no Complexo Eólico Santa Mônica, com a adoção do Eolift – um equipamento de origem francesa que empilha os segmentos das torres do topo para a base. A torre é levantada para a colocação de cada nova peça, embaixo das instaladas anteriormente, até atingir a altura final (de 120 metros). A operação de levantamento da torre e posicionamento de um novo segmento leva cerca de três horas, utilizando-se macacos hidráulicos de precisão, sob supervisão especializada. Em relação ao método convencional, dispensa o uso de grandes guindastes, que costumam representar custos elevados.
Cerca de R$ 19 milhões foram investidos, em 2015, em um projeto de P&D voltado ao desenvolvimento e à certificação de um aerogerador nacional, com capacidade de 3,3 MW, para geração de energia eólica. O projeto busca contribuir para a redução da dependência tecnológica do País na área e atender à crescente demanda por energia elétrica proveniente de fontes renováveis.
Para incentivar ainda mais a inovação, a Companhia desenvolve o programa Inove, que premia ideias e projetos inovadores em cinco categorias: Operação e Manutenção; Pesquisa e Desenvolvimento (P&D); Comercial e Negócios; Socioambiental; e Gestão. Todos os empregados podem participar, exceto gerentes de unidades organizacionais e membros do Comitê de Inovação.
A iniciativa está em linha com a estratégia da ENGIE, que acredita que a inovação é essencial para enfrentar os desafios de um mundo em constante mudança e também para contribuir para o desenvolvimento dos países, das empresas e das pessoas. Por isso, lançou um ambicioso programa mundial de inovação para fomentar a criatividade empreendedora. Como parte dessa iniciativa, a ENGIE Brasil está organizando a 2ª edição do Prêmio ENGIE Brasil de Inovação, aberto a empresas, start-ups ou empreendedores que apresentem soluções inovadoras comerciais ou tecnológicas relacionadas aos seguintes temas: energia descentralizada; mobilidade verde; armazenamento de energia; smart grids; e inclusão social por meio da eficiência energética ou do acesso à energia.
Imagem
Por meio de suas práticas e do diálogo com diversos públicos, a Tractebel Energia constrói e fortalece sua imagem corporativa. Uma pesquisa realizada em 2015 pela Reputation Dividend, em parceria com o Grupo Attitude, classificou a Companhia entre as 20 empresas com maior valor de reputação do mercado brasileiro. Segundo o levantamento, a Tractebel Energia ocupa a 16ª colocação no ranking geral, sendo a primeira colocada entre as empresas do setor elétrico brasileiro.
No fim de 2015, a Companhia reformulou sua logomarca, outro importante ativo relacionado à sua imagem, em função da mudança de nome de sua controladora, a ENGIE. Diversas ações de comunicação deverão ser realizadas ao longo de 2016 para fortalecer essa nova identidade.