Home > >
GRI EC1; EC4

Desempenho Operacional

Telecom

Ao final de 2011, a Algar Telecom apresentava 1,9 milhão de Unidades Geradoras de Receitas (URG) em seu segmento de telecom, um incremento de 13,2% em relação a 2010 impulsionado por todos os serviços.

Unidades Geradoras de Receitas – UGRs (mil)




Telefonia Fixa
A Empresa, a despeito do que ocorre no setor, encerrou o ano de 2011 com um crescimento de 15,8% no número de terminais de telefonia fixa, refletindo um crescimento do serviço tanto na autorização quanto na concessão. Na área de autorização, o aumento do número de terminais foi de 41,5%, resultado da oferta de soluções conjuntas de voz e dados a clientes corporativos, cujo crescimento de receita foi de 32,9% no período. Na concessão, as linhas fixas somavam 693 mil ao final do ano, 7,6% superiores às de 2010 impulsionadas pela oferta de pacotes que combinam telefonia fixa, banda larga e TV por assinatura.

Telefonia Celular

Em 2011 a base de clientes de telefonia celular da Algar Telecom cresceu 5,6% em relação a 2010, encerrando o ano com 612 mil clientes. O segmento pós-pago apresentou crescimento de 12,0%, passando de 183 mil, em dezembro de 2010, para 205 mil em 2011. O pré-pago, por sua vez, apresentou menor crescimento – 2,7%, em razão de uma limpeza de base efetuada no final do ano, e totalizou 406 mil clientes. Ao final de 2011, a Algar Telecom tinha 34% dos seus clientes celular alocados em planos pós-pagos e ARPU (receita média por usuário) de R$ 34,50.

Banda Larga
Os acessos banda larga, foco estratégico da Companhia, cresceram 20,1%, passando de 277 mil em 2010 para 332 mil em 2011. Destes, 276 mil são de acessos ADSL (I e II) – número equivalente a 40% do total de terminais fixos da área de concessão, onde a Empresa atende o mercado residencial. Sempre atenta aos clientes e aos avanços do mercado, a Algar Telecom lançou, no final de 2011, planos de internet Ultra Banda Larga capazes de transmitir dados de até 100 Mbps por segundo disponibilizada via rede de cabo HFC (rede híbrida de fibra óptica e cabos coaxiais) e Gpon.

Na tecnologia 3G, importante complemento de oferta, o número de clientes passou de 38 mil em 2010 para 56 em 2011, um crescimento de 46,5% ocasionado pelo reposicionamento do produto por parte da Companhia.

TV por Assinatura

Os clientes de TV via satélite somaram 61 mil ao final de 2011, um crescimento de 33,1% em relação a maio de 2010 – data do lançamento do serviço que já é prestado em 103 municípios. Este produto vem alavancando a venda de pacotes que combinam telefonia fixa, internet banda larga e TV.

Somados aos 32 mil clientes da operação de TV a cabo nas cidades de Uberlândia e Araguari (MG), a Empresa encerrou o ano com 94 mil clientes de TV, um crescimento de 18,4% em relação a 2010. Ressalta-se, ainda, o lançamento, em dezembro de 2011, da resolução HDTV tanto para planos de TV a cabo quanto satélite.

Dados ao Mercado Corporativo da Autorização

Juntamente com serviços de voz, a Empresa oferta soluções de dados ao mercado corporativo de sua área de autorização – que engloba as principais cidades do sudeste do País. Com um diferencial no atendimento e relacionamento e com sua moderna rede IP, a Algar Telecom vem conquistando clientes de forma acelerada. Em 2011 as receitas destes serviços atingiram R$ 380,8 milhões, 32,9% maiores que as de 2010.
Terceirização de Processos de Negócios e Tecnologia

Em 2011 a Algar Tecnologia, subsidiária integral da Companhia, apresentou crescimento tanto dos serviços de contact center – com a ativação de grandes operações, quanto dos serviços de TI – com sua expansão para novas áreas geográficas. Para fortalecer a transição de seu portfólio de receitas, que prevê uma maior participação dos serviços de TI, a Algar Tecnologia deu início a um plano de eficiência operacional que trouxe como consequência a desmobilização de contratos com lucratividade abaixo de sua expectativa. Esta ação provoca no curto prazo um impacto negativo em seus resultados, mas garante seu foco estratégico futuro de maior participação de serviços de TI e consequente elevação de margens. Em 2011, estes serviços cresceram 35% e já representam 24% da receita total da Companhia.
Negócios Complementares

O negócio de engenharia de telecomunicações – prestado pela subsidiária Engeset, conquistou novos contratos ao longo de 2011, com destaque para a prestação de serviços de instalação de ADSL e dados e de gerenciamento de projetos. A Algar Mídia, por sua vez, apresentou crescimento principalmente nos negócios de listas e guias e de serviços on-line.
Desempenho Econômico Financeiro – (R$ Milhões)

SUMÁRIO FINANCEIRO CONSOLIDADO 2010 2011 % var.
RECEITA BRUTA 1.944,8 2.156,5 10,9%
     Telecom 1.540,9 1.659,1 7,7%
     Terceirização de processos de negócios e tecnologia 316,4 392,7 24,1%
     Negócios Complementares 87,5 104,7 19,7%
RECEITA LÍQUIDA 1.510,8 1.682,2 11,3%
EBITDA 409,4 411,1 0,4%
LUCRO LÍQUIDO 131,0 144,4 10,2%
INVESTIMENTOS 237,4 371,9 56,6%
DÍVIDA LÍQUIDA 471,5 636,5 35,0%
DÍVIDA LÍQUIDA/EBITDA 1,2 1,5 -


Receita Bruta Consolidada

Em 2011 a receita bruta consolidada da Algar Telecom atingiu R$ 2.156,5 milhões, 10,9% superior à de 2010 impulsionada principalmente pelos serviços de voz e dados para o mercado corporativo da área de autorização (32,9%), Terceirização de processos de negócios e tecnologia (24,1%) e TV por assinatura (124,5%). O perfil da receita evoluiu em linha com o planejamento estratégico da Companhia. Ao final de 2011 menos da metade das receitas totais eram oriundas de voz (44%); 30% já eram originárias de dados e banda larga, 14% de serviços de Terceirização de processos de negócios, 4% de TI, 3% de TV e 5% de outros serviços. Estes resultados evidenciam a capacidade da Companhia de diversificar a sua receita e desenvolver novos negócios e serviços.

As principais variações e análises por segmento de negócio estão detalhadas a seguir. As receitas apresentam-se consolidadas e, portanto, já consideram as eliminações entre os segmentos de negócios.

Distribuição da Receita Bruta Consolidada – R$ milhões




Telecom

As receitas de serviços de telecom, que representaram 77% da receita total da Companhia em 2011, somaram R$ 1.659,1 milhão, um crescimento de 7,7% em relação a 2010. Este aumento foi resultado principalmente de maiores receitas de soluções de voz e dados ao mercado corporativo da área de autorização, de serviços de TV por assinatura e de internet banda larga, os quais mais do que compensaram a queda de receitas de tráfego local, longa distância e cartões, da telefonia fixa.
Terceirização de Processos de Negócios e Tecnologia

A receita bruta consolidada do segmento de Terceirização de processos de negócios e tecnologia (18% da receita total) contabilizou R$ 392,7 milhões em 2011, um aumento de 24,1% em comparação a 2010 – quando foram registrados R$ 316,4 milhões. O crescimento foi decorrente de receitas de serviços de terceirização de processos maiores em 19,0% e do aumento de 35,0% nas receitas de TI. Ao final de 2011, os serviços de TI representavam 24,0% das receitas totais deste segmento.
Negócios Complementares

Em 2011, a receita bruta consolidada gerada pelos negócios complementares da Algar Telecom somou R$ 104,7 milhões comparados a R$ 87,5 milhões em 2010, um aumento de 19,7%. O negócio de engenharia de telecomunicações apresentou um crescimento de 28,3% em razão dos contratos firmados ao longo do exercício. A receita de listas e guias telefônicos, por sua vez, apresentou aumento de 9,0% decorrente da melhor performance dos serviços de listas e guias e de serviços online.
Receita Líquida Consolidada

A receita líquida consolidada da Algar Telecom atingiu R$ 1.682,2 milhões em 2011, comparada a R$ 1.510,8 milhões em 2010 – um crescimento de 11,3%.
Custos e Despesas Operacionais Consolidados

SUMÁRIO FINANCEIRO CONSOLIDADO 2010 2011 % var.
CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS (1.252,3) (1.416,7) 13,1%
     Pessoal (450,6) (545,0) 21,0%
     Materiais (42,2) (43,7) 3,7%
     Serviços de terceiros (245,2) (288,3) 17,6%
     Interconexão (220,0) (210,1) -4,5%
     Meios de Conexão – EILD (29,6) (39,7) 34,3%
     Propaganda e Marketing (27,2) (29,3) 7,5%
     PCLD (12,5) (16,7) 33,3%
     Outros* (74,7) (98,3) 31,6%
* Inclui outras receitas (despesas) operacionais.

Os custos e despesas operacionais (excluindo depreciação e amortização) somaram R$ 1.416,7 milhões. O aumento de 13,1% registrado na comparação anual é resultado, principalmente, de:

  • Custos e despesas de “Pessoal” (+R$ 94,4 milhões): (i) custo de pessoal do negócio de Terceirização de processos de negócios e tecnologia maiores em R$ 69,0 milhões decorrentes tanto do atendimento de novos clientes (custo direto) quanto da desmobilização de alguns contratos, acarretando gastos com rescisões; (ii) despesas com pessoal, dos 3 segmentos de negócios, maiores em R$ 23,7 milhões – decorrentes do reajuste advindo de acordo coletivo, de maiores gastos com comissões de vendas e do aumento do quadro de pessoal para suportar as expansões da Companhia; 
  • Custos e despesas com “Serviços de terceiros” (+R$ 43,1 milhões): (i) custos com programação e manutenção da transmissão da TV via satélite – produto lançado em maio de 2010, maiores em R$ 20,2 milhões; (ii) custos relacionados à expansão dos serviços de Terceirização de processos de negócios e tecnologia (incluindo manutenção e reparo das filiais, transporte de pessoal e assessorias) maiores em R$ 8,2 milhões; (iii) custos de manutenção de redes, treinamentos e desenvolvimento de produtos maiores em R$ 4,4 milhões; (iv) custos com back office e consultorias maiores em R$ 4,0 milhões; e (v) custos com emissão de faturas maiores em R$ 1,0 milhão em razão do aumento de clientes;
  • Custos com “EILD” (+R$ 10,1 milhões): maiores gastos com a contratação de rede de terceiros para atender os clientes corporativos da área de autorização da Companhia;
     
  • Custos e despesas com “Outros” (+R$ 23,6 milhões): (i) custos de aluguéis do negócio de Terceirização de processos de negócios e tecnologia maiores em R$ 6,5 milhões decorrentes do aluguel de sites para a implantação de novas operações de contact center; (ii) custos de aluguel de infraestrutura, direito de passagem e imóveis do segmento de telecom maiores em R$ 5,0 milhões; (iii) custos de aluguéis de veículos e imóveis do negócio de engenharia de telecomunicações maiores em R$ 3,5 milhões. Além do aumento dos custos mencionados, as outras receitas operacionais foram R$ 5,9 milhões menores.

EBITDA

EBITDA e margem 2010 2011 % var.
Telecom (1) 350,4 361,8 3,3%
     margem 30,5% 29,3% -
Terceirização/ TI (2) 43,7 36,1 -17,6%
     margem 12,9% 8,7% -
Negócios complementares (3) 14,3 13,1 -8,3%
     margem 11,1% 8,2% -
EBITDA CONSOLIDADO 409,4 411,1 0,4%
     margem 27,1% 24,4% -
(1) Telefonia fixa, celular, comunicação de dados e TV por assinatura.
(2) Terceirização de processos de negócios e TI.
(3) Engenharia de telecomunicações e listas e guias telefônicos.



O EBITDA do segmento de Telecom atingiu R$ 361,8 milhões em 2011, 3,3% maior que o de 2010. A margem foi de 29,3% ante 30,5%, uma queda de 1,1 p.p. em razão de gastos pontuais com consultoria estratégica e treinamentos para a expansão dos serviços de varejo da Companhia para novas áreas geográficas.

O segmento de Terceirização de processos de negócios e tecnologia apresentou EBITDA de R$ 36,1 milhões em 2011, ante R$ 43,7 milhões em 2010, com margens de 8,7% e 12,9% respectivamente. A queda na margem é decorrente da conjugação entre: a ativação de grandes operações de serviços de contact center – que geram resultados em rampa, a expansão de operações de TI em novas áreas geográficas, as quais demandam gastos de start up, e a desmobilização de alguns contratos que não geravam rentabilidade adequada e apresentavam baixa perspectiva de recuperação. Para fazer frente ao período de estabilização dos novos start ups bem como para fortalecer a transição de seu portfólio de receitas, que prevê uma maior participação de serviços de TI, a Algar Tecnologia deu início a um plano de eficiência operacional que visa otimizar custos e despesas e aumentar a rentabilidade.

O EBITDA dos negócios complementares foi de R$ 13,1 milhões no ano, 8,3% menor que o de 2010. A margem EBITDA foi de 8,2%, ante 11,1% em 2010. Esta queda é decorrente de contratos de engenharia de telecomunicações ainda em fase de start up, tendo havido os custos de mobilização sem a total contrapartida de receita.

Como consequência dos movimentos citados acima, o EBITDA consolidado da Algar Telecom em 2011 foi de R$ 411,1 milhões, 0,4% superior ao de 2010. A margem consolidada foi de 24,4%, ante 27,1% em 2010.
Resultado Financeiro Líquido

As despesas financeiras líquidas da Algar Telecom somaram R$ 87,5 milhões em 2011 ante R$ 67,3 milhões em 2010. O aumento, de 29,9%, é resultado, principalmente, do acréscimo da taxa Selic, se comparada a 2010, do maior endividamento para fazer frente aos investimentos de 2011 e do IOF decorrente das captações efetuadas.
Lucro Líquido

A Companhia apresentou um lucro líquido consolidado de R$ 144,4 milhões no exercício social encerrado em 2011, 10,2% acima do registrado no ano anterior, de R$ 131,0 milhões. A margem líquida foi de 8,6%, estável em relação a 2010.
Endividamento

lucro líquido consolidado de
R$ 144,4 milhões em 2011, 10,2% acima do registrado no ano anterior
Ao final de 2011 a dívida bruta da Algar Telecom era de R$ 814,8 milhões (R$ 667,5 milhões em 2010), sendo 93% denominada em moeda local e 7% em moeda estrangeira – totalmente coberta por operações de proteção cambial (hedge). A dívida líquida, por sua vez, era de R$ 636,5 milhões, ante R$ 471,5 milhões em 2010. O aumento, de R$ 165,0 milhões, é explicado pelas captações efetuadas para financiar parte dos investimentos do ano, os quais somaram R$ 371,9 milhões. A relação dívida líquida/EBITDA, foi de 1,5 em 2011, ante 1,2 em 2010.

O perfil da dívida é de longo prazo, com 22,8% vencendo no curto prazo (31/12/2012). Da dívida total, 74% estava indexada ao CDI, 19% à TJLP e 7% ao IPCA. O custo médio da mesma foi de 11,79% em 2011, ante 11,57% em 2010.
Investimentos         

Em 2011 foram investidos R$ 371,9 milhões, montante este 57% superior ao de 2010, quando somou R$ 237,4 milhões. Do total de investimentos 39% foi direcionado para produtos de voz e dados; 12% para o projeto Minas – expansão dos serviços de varejo para novas áreas geográficas adquiridas por meio do leilão da Banda H; 11% para o programa CTBC I.você – que prevê a migração de todas as redes da Empresa para redes NGN (Next Generation Network); 7% para o negócio de terceirização de processos de negócios e tecnologia; 5% para a TV por assinatura; 17% para manutenção de base de clientes e os outros 9% distribuídos pelos serviços e segmentos da Companhia.