Próxima Página Página Anterior
Relatório Anual 2011
120,2 %
Foi a melhor produtividade obtida em um único navio em 2011.
foi o crescimento do lucro líquido, que totalizou R$ 246,6 milhões no ano.

DESEMPENHO OPERACIONAL E FINANCEIRO

INDICADORES OPERACIONAIS
(Unidades) 2011 2010 Variação
TERMINAIS PORTUÁRIOS      
  Operações de Cais 1.001.875 938.924 6,7%
          Contêineres Cheios 781.523 742.681 5,2%
          Contêineres Vazios  220.352 196.243 12,3%
  Operações de Armazenagem 179.202 182.900 -2,0%
TERMINAL DE VEÍCULOS      
  Veículos Movimentados 205.603 154.211 33,3%
LOGÍSTICA      
  Operações de Armazenagem  74.632 67.848 10,0%

INDICADORES OPERACIONAIS

A expansão das economias dos países emergentes em 2011 deu impulso ao fluxo de cargas pelo maior porto do Brasil, fazendo com que o volume operado pelos terminais portuários da Santos Brasil superasse a marca histórica de 1.000.000 de contêineres movimentados no ano, com incremento de 6,7% em relação a 2010.

Esse desempenho, que representa aproximadamente duas vezes o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2011, foi possível em decorrência dos avanços significativos em eficiência operacional promovidos pela Companhia em seu principal terminal, o Tecon Santos.

O desempenho anual poderia ter sido ainda melhor, caso o segundo semestre de 2011 não fosse afetado pela redução dos embarques de açúcar, a principal carga de exportação dos terminais, que apresenta concentração dos embarques no segundo semestre. A volatilidade do câmbio também causou incertezas que reduziram sutilmente as importações na segunda metade do ano.

O mix de contêineres cheio-vazio registrou 78% de cheios no acumulado do ano, com o bom desempenho do fluxo de contêineres cheios de longo curso que cresceu 3,4% em 2011.

O volume de contêineres armazenados nos terminais portuários da Santos Brasil em 2011 apresentou redução de 2,0% em comparação à 2010 por causa da menor taxa de retenção de contêineres de importação desembarcados para armazenagem no Tecon Santos, que passou de 52% em 2010 para 47% em 2011.

A movimentação de veículos registrada no TEV foi 33,3% superior em relação a 2010. Esse desempenho foi influenciado pelas exportações e importações que cresceram 38% e 26%, respectivamente.

As operações de armazenagem alfandegada da Santos Brasil Logística cresceram 10,0% em relação a 2010 em razão do crescimento do market share no Porto de Santos e do incremento nos serviços de logística integrada a partir dos Centros de Distribuição de São Bernardo do Campo e Jaguaré. Os serviços oferecidos abrangem desde o recebimento de cargas pelos terminais portuários, passando pelos Centro Logístico e Industrial Aduaneiro (CLIA) e CDs até o transporte rodoviário de contêineres e de distribuição de carga fracionada.

RESULTADOS ECONÔMICO-FINANCEIROS

RECEITA BRUTA DOS SERVIÇOS
(R$ milhões) 2011 2010 Variação
TERMINAIS PORTUÁRIOS 997,5 787,2 26,7%
   Operações de Cais 581,2 515,2 12,8%
   Operações de Armazenagem 416,3 272,0 53,1%
TERMINAL DE VEÍCULOS 65,1 30,6 112,7%
LOGÍSTICA 216,1 165,5 30,6%
Consolidado 1.278,7 982,7 30,1%

RECEITA BRUTA DOS SERVIÇOS

CRESCIMENTO EM TODOS OS
SEGMENTOS DE NEGÓCIOS,
COM DESTAQUE PARA O
TERMINAL DE VEÍCULOS (TEV).
No segmento de terminais portuários, a receita bruta dos serviços de operação de cais cresceu 12,8% em 2011. Esse desempenho, superior à evolução dos volumes operacionais, deve-se basicamente aos reajustes nos contratos com companhias de navegação.

A receita com operações de armazenagem cresceu expressivos 53,1% no período, acima da variação do volume de contêineres armazenados. Essa diferença deve-se ao reajuste no preço dos serviços de armazenagem do Tecon Santos e ao maior dwell time (tempo de armazenagem) dos contêineres armazenados, que passou de 15,4 dias em 2010 para 16,4 dias em 2011, influenciando positivamente o resultado.

Com crescimento de 112,7% em 2011, a receita com o TEV foi o principal destaque do ano entre os segmentos de negócios. Esse desempenho foi conquistado em decorrência dos seguintes fatores: (i) crescimento substancial da movimentação, (ii) maior tempo de armazenagem e (iii) reajuste anual dos preços.

No segmento de logística, a receita bruta cresceu 30,6% em comparação ao ano anterior. Contribuíram para este resultado: (i) o crescimento no volume de cargas armazenadas nos CLIAs no Porto de Santos; (ii) o esforço comercial da Companhia para incrementar os serviços de logística integrada, com o objetivo de atender principalmente os clientes que utilizam o porto; (iii) a expansão dos serviços com o CD e o transporte rodoviário; e (iv) os reajustes de preços dos serviços.

RECEITA LÍQUIDA DOS SERVIÇOS

Em 2011, a receita líquida consolidada totalizou R$ 1.124,7 milhões ante os R$ 865,5 milhões em 2010, um crescimento expressivo de 29,9% em linha com o crescimento da receita bruta.

CUSTOS DOS SERVIÇOS PRESTADOS
(R$ milhões) 2011 2010 Variação
TERMINAIS PORTUÁRIOS      
Custos com Movimentação 130,2 123,0 5,9%
Custos com Pessoal  136,2 108,5 25,5%
Arrendamento e Infraestrutura 56,1 45,8 22,5%
Depreciação e Amortização 78,4 69,0 13,6%
Outros Custos  73,0 45,0 62,2%
Total   473,9 391,3 21,1%
TERMINAL DE VEÍCULOS      
Custos com Movimentação 13,0 8,5 52,9%
Arrendamento e Infraestrutura 3,5 3,0 16,7%
Depreciação e Amortização 9,1 9,1 0,0%
Outros Custos 3,4 1,4 142,9%
Total 29,0 22,0 31,8%
LOGÍSTICA      
Combustíveis e Fretes 40,2 31,9 26,0%
Custos com Pessoal 44,5 32,2 38,2%
Depreciação e Amortização 5,6 4,1 36,6%
Outros Custos 33,3 36,9 -9,0%
Total 123,6 105,1 17,6%
CONSOLIDADO 626,5 517,8 21,0%

CUSTOS DOS SERVIÇOS PRESTADOS

TERMINAIS PORTUÁRIOS

Custos com movimentação (mão de obra avulsa, taxa canal-TUP e outros custos variáveis): o crescimento de 5,9% em relação a 2010 é resultado da evolução da movimentação de contêineres nas operações de cais.

Custos com pessoal: o aumento verificado de 25,5% deve-se aos seguintes fatores: (i) aumento do quadro de funcionários em consequência da maior demanda prevista em busca do aumento da produtividade e capacidade e (ii) reajuste salarial concedido aos funcionários, conforme negociação sindical.

Arrendamento e infraestrutura: o aumento de R$ 10,4 milhões registrado em 2011 é resultado dos reajustes contratuais previstos nos contratos de concessão e da mudança na quantidade de movimentação mínima no Tecon Imbituba. Conforme já divulgado pela Companhia, esse terminal tem como compromisso uma movimentação mínima de 65.000 contêineres no primeiro ano de atividade, 150.000 no segundo ano, 280.000 no terceiro e 360.000 a partir do quarto ano de atividade; o início do contrato ocorreu em abril de 2008.

Depreciação e amortização: foi registrado um aumento de 13,6% por causa do início da operação do novo cais no Tecon Imbituba, bem como das operações com os novos equipamentos.

Outros custos: os demais custos registraram aumento de 62,2% no ano em razão dos gastos com manutenção, que foram R$ 15,7 milhões superiores em relação ao ano anterior em busca do aumento de produtividade.

TERMINAL DE VEÍCULOS

O incremento nos custos foram basicamente em virtude do grande crescimento de veículos movimentados no ano.

LOGÍSTICA

Combustíveis e fretes: a evolução de 26,0% em 2011 ante 2010 deve-se principalmente: (i) ao aumento da movimentação das operações de armazenagem de cargas e da prestação de serviços de transporte e distribuição e (ii) ao reajuste nos preços cobrados por terceiros com a prestação de serviços de transporte rodoviário.

Custos com pessoal: o crescimento de 38,2% na comparação anual é resultado do reajuste de salários, conforme dissídio coletivo da categoria, e do aumento no quadro de funcionários em 2011 para atender os novos clientes do CD de Jaguaré.

Depreciação e amortização: o aumento de 36,6% é explicado pelos investimentos em novos equipamentos adquiridos para atender ao crescimento da demanda.

Outros custos: a redução registrada é resultado das despesas não recorrentes ocorridas em 2010 e que não se repetiram em 2011, entre as quais estão as despesas com o reparo do armazém de cargas do CLIA Alemoa em razão de um incêndio ocorrido em outubro de 2010.

DESPESAS OPERACIONAIS
(R$ milhões) 2011 2010 Variação
TERMINAIS PORTUÁRIOS      
Vendas 16,8 13,2 27,3%
Gerais e Administrativas 43,9 40,3     8,9%
Total 60,7 53,5 13,3%
TERMINAL DE VEÍCULOS      
Vendas - - -
Gerais e Administrativas 0,3 0,1 200,0%
Total 0,3 0,1 200,0%
LOGÍSTICA      
Vendas 14,1 10,0 41,0%
Gerais e Administrativas 13,2 10,7 23,4%
Total  27,3 20,7 31,9%
CORPORATIVO      
Gerais e Administrativas 47,8 47,3 1,1%
Depreciação e Amortização 15,6 16,5 -5,5%
Total  63,4 63,8 -0,6%
Consolidado 151,7 138,1 9,8%

AS DESPESAS OPERACIONAIS CONSOLIDADAS APRESENTARAM CRESCIMENTO DE 9,8% EM 2011, TOTALIZANDO R$ 151,7 MILHÕES.

DESPESAS OPERACIONAIS

No segmento de terminais portuários, o aumento da receita com armazenagem elevou os gastos com comissionamento dos agenciadores de carga (calculado sobre o faturamento de armazenagem). No caso das despesas gerais, reajustes salariais pressionaram as despesas com pessoal, e contratos de prestação de serviços foram reajustados, conforme previsão contratual.

O TEV apresentou aumento de 200% nas despesas em consequência da grande demanda pelos serviços em 2011, o que levou a um grande crescimento do volume operado.

Na logística, as despesas foram igualmente pressionadas pelo aumento dos gastos com comissionamento dos agenciadores em razão do crescimento das operações e faturamento e dos reajustes salariais concedidos, conforme dissídio coletivo.

O aumento verificado nas despesas corporativas teve como principal causa a baixa de ativo intangível, no valor de R$ 3,5 milhões, que corresponde a projetos de ocupação da área da Prainha e do Complexo Viário, em Imbituba. Os projetos estão sujeitos à análise e aprovação das autoridades públicas e, caso sejam aprovados, a Companhia terá o direito ao ressarcimento dos gastos efetuados.

EBITDA E MARGEM EBITDA
(R$ milhões) 2011 Margem
2010 Margem
Variação 
Variação da Margem
   Terminais Portuários 
430,1 48,6% 324,1 46,4% 32,7% 2,2 p.p.
   Terminal de Veículos  34,6 63,1% 13,0 49,9% 166,2% 13,2 p.p.
   Logística 40,0 21,6% 20,3 14,4% 97,0% 7,2 p.p.
   Corporativo (47,8) - (47,3) - - -
Consolidado 456,9 40,6% 310,1 35,8% 47,3% 4,8 p.p.



O Terminal de Veículos movimentou 33,3% a mais em 2011.

VIGOROSO CRESCIMENTO DE 47,3% DO EBITDA.


EBITDA E MARGEM EBITDA

O EBITDA Consolidado registrou crescimento significativo de 47%, totalizando R$ 456,9 milhões, com margem de 40,6% – 4,8 pontos percentuais acima da margem do ano anterior.

O segmento de terminais portuários apresentou crescimento de 32,7% e incremento da margem em 2,2 pontos percentuais em razão (i) do aumento no volume movimentado nas operações portuárias, (ii) de economias de escala maiores no Tecon Santos e (iii) do reajuste nos serviços de armazenagem e operações de cais.

No Tecon Santos, o EBITDA totalizou R$ 456,3 milhões, com margem de 54% no ano. O Tecon Imbituba, ainda em fase de maturação, encerrou 2011 com EBITDA negativo de R$ 25,4 milhões, e o Tecon Vila do Conde, com EBITDA negativo de R$ 759 mil.

O EBITDA do TEV totalizou expressivos R$ 34,6 milhões, com crescimento de 166,2% e aumento de 13,2 pontos percentuais na margem. Esse resultado é consequência (i) do maior volume de veículos movimentados, (ii) do reajuste de preço do serviço e (iii) da produtividade expressiva desse terminal.

O EBITDA da Santos Brasil Logística apresentou aumento expressivo de 97% em relação ao ano anterior, com evolução de 7,2 pontos percentuais na margem EBITDA. Esse desempenho deve-se aos seguintes fatores: (i) volume armazenado nos CLIAs no Porto de Santos; (ii) esforço comercial da Companhia para incrementar os serviços de logística integrada, com o objetivo de atender principalmente os clientes que utilizam o porto; (iii) expansão dos serviços por meio de um novo CD na cidade de São Paulo; e (iv) reajustes de preço dos serviços.

LUCRO LÍQUIDO
(R$ milhões) 2011 2010 Variação
EBITDA  456,9 310,1 47,3%
Depreciação e Amortização (110,4) (100,5) 9,9%
EBIT 346,5 209,6 65,3%
Resultado Financeiro (47,0) (3,2) -
IRPJ/CSLL
(53,2) (95,2) -44,1%
Minoritários 0,2 0,8 -
Lucro Líquido 246,6 112,0 120,2%

LUCRO LÍQUIDO

Em 2011, o lucro líquido da Santos Brasil cresceu 120,2%, influenciado positivamente pelo incremento no resultado operacional da Companhia e pela incorporação do Tecon Santos pela Santos Brasil Participações S.A.

O melhor resultado operacional é consequência, principalmente, do incremento da receita líquida nos segmentos de terminais de contêineres e veículos que, por sua vez, é decorrente do ganho de market share nessas atividades em razão da significativa produtividade operacional da Companhia. Com isso, o lucro líquido foi positivamente afetado com a margem líquida, atingindo 22% em 2011, 9,0 pontos percentuais acima do ano anterior.

EXPRESSIVO CRESCIMENTO DE 120,2%
DO LUCRO LÍQUIDO.





DÍVIDA E DISPONIBILIDADES
(R$ milhões) Moeda 31.12.2011
31.12.2010
Variação
Curto Prazo Nacional  295,1 60,5 387,8%
  Estrangeira  51,3 101,7 -49,6%
Longo Prazo Nacional  264,9 78,4 237,9%
  Estrangeira 93,8 225,7 -58,4%
Endividamento Total    705,1 466,3 51,2%
Disponibilidades    294,9 107,5 174,3%
Dívida Líquida    410,2 358,8 14,3%

DÍVIDA E DISPONIBILDADES

Em 31 de dezembro de 2011, o endividamento total consolidado da Companhia atingiu o montante de R$ 705,1 milhões. No mês de dezembro, foi realizada uma captação de R$ 150 milhões, via Nota de Crédito a Exportação, com custo anual de CDI + 1,6% e prazo de três anos. Essa operação teve como objetivo o pagamento de empréstimos com vencimento no curto prazo e a redução do custo da dívida da Companhia.

Dessa forma, as disponibilidades de caixa cresceram 174,3% no ano, e a dívida líquida ficou em R$ 410,2 milhões, com aumento de 14,3%, o que corresponde a 0,9 vezes o EBITDA acumulado de 12 meses da Companhia.

Adicionalmente, para o exercício de 2011, a Companhia anunciou a distribuição de Juros sobre Capital Próprio (JCP) e Dividendos no valor de R$ 187,4 milhões para seus acionistas.

Em razão do vigoroso resultado operacional obtido ao longo do ano e com a perspectiva de melhora de geração de caixa da Companhia, tanto pelo aumento do resultado operacional como pela baixa necessidade de investimentos nos próximos anos, a agência de rating Standard & Poor's elevou em sua Escala Nacional Brasil o rating atribuído à Santos Brasil, de "brAA-" para "brAA".