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RELATÓRIO ANUAL 2013

A Eternit acredita que a geração de resultados depende do equilíbrio entre o relacionamento íntegro e transparente com seus públicos, da atenção aos recursos naturais e do direcionamento adequado de recursos econômicos. A empresa mede seus impactos conforme os segmentos de atuação a partir do conceito de externalidades, englobando efeitos positivos ou negativos gerados em demais agentes sem que eles tenham controle dos impactos, conforme quadro a seguir.

Todas as controladas seguem rígidos padrões de segurança em suas unidades industriais e utilizam também equipamentos automáticos e enclausurados de alta tecnologia para a realização dessas atividades. Para a prevenção e mitigação de impactos potenciais significativos, a SAMA mantém parcerias com empresas terceirizadas em relação à segurança no desenvolvimento de suas atividades, dentro e fora da indústria, eliminando assim qualquer impacto negativo, seja na comunidade, seja na unidade industrial da mineradora. GRI SO10

Principais impactos da Eternit Mineração Produtos acabados
Dimensão econômica
Geração de riqueza X X
Desenvolvimento de comunidade local X X
Geração de empregos X X
Desenvolvimento de benefícios locais X X
Dimensão ambiental
Emissões de gases causadores do efeito estufa X  
Impactos na biodiversidade X X
Consumo de energia X X
Geração de resíduos X  
Emissão de particulados X X
Dimensão social
Práticas trabalhistas X X
Saúde e segurança X X
Respeito aos direitos humanos X X
Oportunidades de aprendizado X X
Convívio social X X

Gestão dos recursos ambientais GRI EN26 | EN28 Pacto Global 8

A Política do Sistema Integrado (PSI) é a base da gestão ambiental da Eternit, que reúne políticas, práticas e procedimentos em responsabilidade socioambiental. O Grupo trabalha em sintonia com todos os públicos de interesse para incentivar a consciência de que é necessário reduzir o consumo de recursos naturais e os impactos ao meio ambiente.

O Sistema de Gestão Ambiental, certificado na Eternit, Precon e SAMA, ratifica a mitigação de impactos ambientais significativos na biodiversidade (emissões atmosféricas, efluentes e resíduos). Como diretrizes do sistema são definidos controles específicos fundamentados em normas e legislações vigentes em cada região. Assim, a Companhia não registrou qualquer não conformidade com leis e regulamentos ambientais em 2013.

Na SAMA, toda a movimentação de máquinas e caminhões necessária à extração é realizada com umidificação contínua das pistas. O processo de beneficiamento do minério é a seco e com os equipamentos enclausurados com eficiente sistema de aspiração e filtragem do ar. Monitoramentos periódicos comprovam a eficiência do sistema. Também 100% dos postos de trabalho têm concentrações de fibras iguais ou inferiores a 0,1 fibra/cm³. A legislação nacional define o limite em 2,0 fibras/cm3. No entorno do empreendimento, a concentração de poeiras de fibras de crisotila é inferior a 0,003 fibra/cm³, qualidade assegurada pelo monitoramento on-line nas saídas dos filtros de ar.

Em 2013, houve aumento de 15,3% na quantidade de amostras em relação a 2012, e o resultado obtido em postos com concentração abaixo de 0,1 fibra/cm³ foi melhor, saltando de 93,0% para 94,7%. Com o monitoramento ambiental, os resultados das concentrações também melhoraram no ano, sendo que 100% dos valores ficaram abaixo de 0,002 fibra/cm³; em 2012, as emissões abaixo de 0,002 fibra/cm³ somaram 77,78%.

A SAMA também realiza monitoramento das vibrações de todos os desmontes feitos na mina por meio de 3 sismógrafos colocados em pontos predeterminados (na mina, na planta e na cidade). Com relação à vibração, em 2013 houve aumento de 35,04% da quantidade de amostras em comparação com 2012, e o resultado obtido foi melhor: as vibrações com valores menores que 1 mm/s saltaram de 28,8% para 49,6%. Já em relação ao ruído, houve aumento de 38,8% da quantidade de amostras, e os resultados também melhoraram: os ruídos inferiores a 110 dB foram de 80,4%, em 2012, para 85,6% em 2013.

Na Tégula, foi finalizada a construção de caixa coletora de água pluvial e da área de lavagem de empilhadeiras, além da instalação de caixa coletora de água e óleo na área do munck. Entre outras medidas de redução de impactos, um trator a diesel foi trocado por outro a gás, foi iniciada a reforma do sistema de despoeiramento do cimento e foi adotada a recuperação de telhas de concreto por meio de britagem. Em 2014 deverão ser trocadas as telhas translúcidas do teto das fábricas – medida inicialmente prevista para 2013.


A Eternit acredita que a geração de resultados depende do equilíbrio entre o relacionamento com seus públicos, da atenção aos recursos naturais e do direcionamento adequado de recursos econômicos


Investimentos em proteção ambiental - Consolidado (R$) GRI EN30 Pacto Global 8
Discriminação dos custos   2013 20121 2011
Custos com disposição de resíduos, tratamentos de emissões e despesas em mitigação dos itens Tratamento e disposição de resíduos    1.865.318,61    1.114.220,03       966.586,56
Tratamento de emissões       403.997,12 528.767,95    1.207.157,30
Certificados de emissão          2.398,96       165.535,69         73.889,43
Depreciação, materiais e manutenção 922.744,27    1.030.382,32       703.435,90
Seguro para responsabilidade ambiental2         29.545,38                    - -
Custos de limpeza total    1.389.527,97       976.286,55    1.009.801,78
Total 4.613.532,31    3.815.192,54    3.960.870,97
Custos de prevenção e gestão ambiental com base em despesas relacionadas aos itens Educação e treinamento         80.879,96       115.735,09       139.983,18
Serviços externos de Gestão Ambiental       417.687,06       636.423,26       629.389,44
Certificação externa         96.533,81       122.402,54         36.866,88
Atividades gerais da Gestão Ambiental         54.446,76          1.900,00          1.900,00
Pesquisa e desenvolvimento2             791,58 -   -
Despesas para instalar tecnologias limpas2          3.840,00 - -
Outros custos com Gestão Ambiental    1.862.307,95    1.569.217,16    1.234.994,60
Total    2.516.487,12    2.445.678,05    2.043.134,10
Total Geral 7.130.019,43    6.260.870,59    6.004.005,07
1. Dados de 2012 corrigidos, exceto tratamento e disposição de resíduos.
2. Dados começaram a ser monitorados com base nessas métricas em 2013.

Biodiversidade GRI EN11 | EN12 | EN13 | EN14 | EN15 Pacto Global 8

A Eternit monitora e incentiva a preservação da biodiversidade em áreas de proteção ambiental dentro ou próximas de suas unidades operacionais – somadas, as áreas desses hábitat protegidos somam mais de 4 mil campos de futebol, com diversas espécies da fauna e flora brasileiras.

As atividades das fábricas não causam impactos significativos à biodiversidade local, pois as áreas de preservação são isoladas. Além disso, são avaliados aspectos e impactos ambientais por meio da técnica FMEA, o que garante a minimização dos riscos ambientais que possam cruzar a fronteira entre a área de preservação e a atividade. O Sistema de Gestão Ambiental também assegura a mitigação de impactos significativos à biodiversidade (emissões atmosféricas, efluentes e resíduos). Em 2013 foi adotado como medida para quantificar possíveis impactos na biodiversidade o inventário de gases do efeito estufa (GEE). O único impacto ambiental significativo da Companhia na biodiversidade é a emissão dos gases de combustão pelas empilhadeiras e pelos caminhões que operam no interior da fábrica.

As atividades inerentes à mineração podem causar impactos significativos diretos e indiretos à biodiversidade, como supressão da vegetação para o avanço das cavas, perda e fuga de indivíduos da fauna, bem como vibração, ruídos e emissão de particulados e gases. A SAMA preocupa-se em extrair o mineral crisotila com o menor impacto possível ao meio ambiente, realizando a recuperação das áreas degradadas concomitantemente ao processo de lavra.

Foi adotado o inventário de Gases do
Efeito Estufa (GEE) como medida para
quantificar possíveis impactos na biodiversidade
Áreas protegidas GRI EN11 | EN13 Pacto Global 8

Localização: Fábrica Colombo (PR)
Status: Reserva Ambiental
Estudo realizado por: SPVC – mapeamento da flora e fauna
Tempo de domínio da área: desde 1975
Tamanho da área construída (m2): 58.377
Tamanho da área de preservação (m2): 327.000
Área equivalente: 7,1 campos de futebol
Descrição da área: a área da Eternit Colombo está inserida na Área de Preservação Ambiental (APA) do Iraí. As APAs são unidades de conservação de uso sustentado instituídas pelo poder público, destinadas a proteger e conservar a qualidade ambiental e os sistemas naturais ali existentes, visando à melhoria da qualidade de vida da população local e a proteção dos ecossistemas regionais. Localizada na porção leste da Região Metropolitana de Curitiba, a APA estadual do Iraí estende-se por 115 km2, em áreas de cinco municípios. As características do ambiente natural da APA do Iraí justificam esforços permanentes para sua conservação. Localizada ao pé da vertente ocidental da porção paranaense da Serra do Mar, tem nas suas regiões planas a área de transição entre as florestas Ombrófila Mista, também conhecida como floresta de Araucária, e Ombrófila Densa, abrigando ainda um dos últimos remanescentes de campos de várzea.

Garantir a sustentabilidade do negócio, para a Eternit, significa amparar sua atuação no tripé das dimensões econômica, social e ambiental

Localização: Fábrica Simões Filho (BA)
Status: Reserva Ambiental
Estudo realizado por: Fund. Terra Mirim – Map. flora e fauna
Tempo de domínio da área: desde 1967
Tamanho da área construída (m2): 53.000
Tamanho da área de preservação (m2): 801.000
Área equivalente: 98,2 campos de futebol
Descrição da área: a área da Eternit Simões Filho está inserida na Sub-Bacia Hidrográfica do Rio Itamboatá, que leva o nome do rio que banha a região, pertencente à APA – Joanes/Ipitanga, importante fonte de recursos hídricos que integra o sistema de abastecimento de água da Região Metropolitana de Salvador e uma das principais áreas de proteção do Recôncavo Norte Baiano. Localizada na porção sudeste do estado, a APA – Joanes/Ipitanga estende-se por 64.463 ha, equivalentes a 644,63 km², e abrange os municípios de Camaçari, Simões Filho, Lauro de Freitas, São Francisco do Conde, Candeias, São Sebastião do Passe, Salvador e Dias D’Ávila.

A região onde está inserida apresenta clima quente e úmido e abundância de recursos hídricos. Suas belas praias associadas às dunas com vegetação de restinga abrigam espécies da fauna e flora. Os manguezais, ricos em biodiversidade, são encontrados no Estuário do Rio Joanes. Na APA são encontrados remanescentes de Mata Atlântica e avifauna bastante representativas. A área da Eternit na Bahia tem 801.000 m² de reserva ambiental preservada e 53.000 m² de área construída.

Na Reserva Ambiental, em
Minaçu, a biodiversidade está
protegida por um corredor de
vegetação nativa que possibilita
o trânsito dos animais sem que
seja necessária a proximidade
com os colaboradores

Localização: SAMA – Minaçu (GO)
Status: Reserva Ambiental
Parcerias com terceiros: Ibama – Projeto Quelônios
Tempo de domínio da área: desde 1999
Tamanho (m2): 36.000.000
Área equivalente: 4.363,6 campos de futebol
Descrição da área: a área de concessão da SAMA totaliza 45 km2, mas aproximadamente 80% dessa área está sob sua tutela nas formas de Reserva Florestal e de Reserva Legal preservadas e inseridas nas adjacências dos demais 20% determinados para as atividades da mineradora superficial (a céu aberto) como extração do minério, beneficiamento e pilhas de deposição de estéril e rejeito. A Reserva Florestal está localizada na Serra de Cana Brava, formada pela vegetação típica do bioma Cerrado, e faz parte da Bacia Hidrográfica do Alto Tocantins. O clima predominante é o tropical úmido com duas estações: época de chuvas de verão seguida de invernos bastante secos.

Em 2002 iniciou-se a elaboração de um zoneamento ambiental e um plano de manejo, com o propósito de conservar a fauna e a flora do local. Entre as diferentes fisionomias vegetais presentes na Reserva Florestal encontram-se: campos cerrados, cerrado típico, cerradões, floresta estacional, campos rupestres e florestas de galeria. A Reserva Legal contempla 25 km2 de reserva ativa e 9,9 km2 de reserva legal. A biodiversidade está protegida por um corredor de vegetação nativa que possibilita o trânsito dos animais sem que seja necessária a proximidade com os colaboradores. O corredor natural margeia as cavas, onde acontecem as atividades de extração com a movimentação constante dos caminhões e máquinas auxiliares.

O Criadouro Conservacionista de Quelônios passou a ser Criadouro Científico de Fauna Silvestre para fins de conservação, sendo um hábitat protegido com área de 29 km2, localizado nas proximidades da Reserva Florestal e da Vila Residencial da SAMA, onde os animais que ali vivem estão assim classificados de acordo com critérios da IUCN 2003 e a Lista de Espécies Ameaçadas Instituto Chico Mendes (ICMBio):

1. Aves: araras e papagaios – não ameaçada (NA); emas – regionalmente ameaçada (A)
2. Primatas: macaco-prego – criticamente em perigo (CP); sagui – não ameaçado (NA)
3. Cervos: veado campeiro – não ameaçado (NA)
4. Quelônios: tartaruga-da-amazônia, tracajá, cágados e jabutis – não ameaçada (NA)

Localização: Atibaia (SP)
Status: Área de Preservação Ambiental
Estudo realizado por: Paulo C. R. Rocha - Agrimensor
Tempo de domínio da área: desde 1994
Tamanho da área construída (m2): 15.074,87
Tamanho da área de preservação (m2): 4.881,05
Área equivalente: 0,591 campo de futebol
Descrição da área: a Tégula Atibaia tem área construída de 15.074,87 m2, sobre um terreno cuja área total é de 112.738,24 m2. Da área total, há a área de APP, com 4.881,05 m2. A área de APP é composta de aproximadamente 20% de vegetação nativa (goiabeira, jerivá, assa-peixe, fumo-bravo, tapiá, aroeira, pimenteira, sibipiruna, leiteiro, capororoca e ipê-amarelo) e o restante de vegetação rasteira e capim, sendo classificada como Mata Atlântica, por meio de fragmentos de florestas latifoliadas por campos cerrados. A APP está localizada sob as coordenadas GEO LATI 745035 e GEO LONG 328084 e pertence à Bacia Hidrográfica do PCJ – Piracicaba Capivari e Jundiaí, nome dado por definição instituída pela Lei 7.663/91, da Política Estadual de Recursos Hídricos e o Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo, onde os rios (Piracicaba, Capivari e Jundiaí) banham a bacia. O clima é do tipo temperado/seco, com temperatura média anual de 19ºC e umidade do ar de 80%. A Área de Preservação Ambiental, localizada às margens do Ribeirão Ponte Alta, na divisa entre a Fundição Cruz Aço e a Tégula, totaliza 4.881,05 m2. Essa área é composta de aproximadamente 20% de vegetação nativa e o restante de vegetação rasteira e capim.

Reserva Ambiental SAMA – 80% desta área é de Reserva Florestal
e Reserva Legal, sendo utilizado apenas 20% para as atividades
de mineração

níveis de risco de extinçãoGRI EN15



Plano de recuperação de áreas degradadas GRI EN12 | EN14 | EN26 Pacto Global 8

15,28
hectares de
área replantada

Na atividade mineira, as áreas impactadas pela extração têm sua recuperação garantida pelo Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (Prad). O objetivo é estabelecer um mecanismo de utilização do solo das áreas degradadas após o fechamento do empreendimento, a fim de garantir a melhor condição possível para o meio ambiente e a integração com a comunidade local.

No caso da mina de Cana Brava, o Plano de Recuperação da SAMA abrange toda a área alterada e as passíveis de sofrer impactos pela atividade. Para o desenvolvimento da mina e extração do minério crisotila, a SAMA somente realiza a retirada de solo das áreas que já têm prévia autorização do órgão ambiental regulador. O solo tem como destino o recobrimento das pilhas de deposição em situação final de avanço; parte é estocada para futura utilização. O recobrimento das pilhas de deposição com solo e posterior revegetação tem como finalidade minimizar o impacto visual e protegê-las das ações hídrica e eólica.

O replantio nas áreas adjacentes à mina ocorre desde 1986 e, em 2013, foram replantados cerca de 15,28 hectares de área degradada. Algumas das espécies nativas que já tiveram boa adaptação nesses territórios são: Angico, Aroeira, Embaúba, Angico do Cerrado, Ipê e Periquiteira.

Para um melhor resultado e sucesso do processo de revegetação, as espécies inseridas são nativas da região, como a Brachiaria humidícula, Brachiaria decumbens, Stylosantes guyanensis e Crotalarias pectabilis, entre outras. As áreas recuperadas são avaliadas sistematicamente quanto ao desempenho da proteção vegetal e condições hídricas. Caso sejam evidenciadas erosões, a SAMA faz correções. Nos últimos 3 anos, foram recuperados 31,8 ha, distribuídos entre as pilhas de deposição de estéril, rejeitos e depósitos de solo. Anualmente, não somente as áreas recuperadas no ano anterior são inspecionadas mas também a soma total, a fim de garantir as ações caso sejam constatadas instabilidades ou erosões nas bancas. O Criadouro Científico de Fauna Silvestre da SAMA tem área de abrangência de 29 km2 e abriga, entre outros, araras, papagaios, emas, macacos-prego, saguis, cágados e jabutis.

Conservação
GRI EN11 | EN13 Pacto Global 8

Duas ações da SAMA previnem e conservam o ambiente natural. O Projeto Conscientização Ambiental contra o Desperdício da Água conscientiza a comunidade sobre a importância do uso racional do recurso. As ações, que também mobilizam os colaboradores e as escolas da região, são intensificadas no período de estiagem, para evitar desperdícios. A empresa trabalha ainda na prevenção de queimadas na Reserva Florestal por meio do apoio de sua Brigada de Incêndio ao Programa Antiqueimadas.

Materiais consumidos e reaproveitados
GRI EN1 | EN2 | EN22 | EN23 | EN24 | EN27 Pacto Global 8 | 9

Reduzir, Reutilizar e Reciclar: o conceito dos 3Rs dá o tom a todas as atividades nas empresas do Grupo por meio da política de rejeito zero. Material quebrado ou fora dos padrões de conformidade é moído e reaproveitado na fabricação de fibrocimento, que inclui ainda a celulose oriunda de papel de escritório e de embalagens do mineral crisotila, 100% reaproveitadas.

Na Tégula, a fábrica de Içara (SC) controla a recuperação de ripas no processo de carregamento: em 2013 foram recuperadas 3.050 peças, o equivalente a R$ 518,50. Já em Atibaia foram retiradas as ripas de madeira na paletização das telhas em geral, mantidas apenas as armações nas telhas marfins e telhas prime. O conceito está em fase de adoção nas outras unidades. Na Tégula de São José do Rio Preto foram recuperadas 1.445 armações de madeira, gerando economia de aproximadamente R$ 2.500,00.

A SAMA não utiliza em seu processo produtivo materiais provenientes de reciclagem, mas os paletes são reformados e os fundidos passam por logística reversa – ambos são reutilizados, reduzindo o custo. Em 2013, essa medida representou 0,35%; a meta de redução para os paletes fundidos em 2014 será de 1%. A mineradora utiliza ainda as partes finais dos lotes de produção que não completaram um palete para formar novos lotes – na soma dessas partes houve aproveitamento de 1.258 toneladas de minério, consequentemente economia de 25.160 sacos de ráfia, representando 0,43% do total de produtos vendidos.

O reaproveitamento dos paletes e o consumo de celulose reciclada garantem o índice de 0,15% de insumos provenientes de reciclagem no processo produtivo. Outros materiais recicláveis são coletados desde 2006 no âmbito do Programa Reciclanit e encaminhados às cooperativas e empresas de reciclagem.

Resíduos com destinação
adequada: 8.033 mil toneladas

Em todos os produtos acabados expedidos pelas unidades fabris Eternit e Precon há possibilidade de recuperação dos calços de madeira das embalagens. Parte dos calços e sarrafos de madeira é reutilizada nas embalagens para estocagem e venda de louças sanitárias, caixas e tampas de polietileno, entre outros produtos.

Os poucos resíduos restantes são borras oleosas, feltros, mangueiras, pneus e sucatas metálicas, destinados corretamente por intermédio de empresas especializadas. Na SAMA, o estéril é depositado em bancas para posterior recuperação e replantio da vegetação. Apenas uma pequena parcela do material é aproveitada pelo Projeto Sambaíba, para produção de peças artesanais.

Em 2013 houve 2 derramamentos, em quantidade estimada de 290 litros de óleo, na SAMA. Eles ocorreram na área da mina, próximo ao britador primário. O óleo derramado no solo foi recoberto com serragem, recolhido, entamborado e enviado para coprocessamento. O local não está perto de nenhum corpo d’água, e não houve percolação porque as providências foram imediatas.

Materiais utilizados por peso e volume (em mil toneladas, exceto quando indicado) GRI EN1 2013 2012 2011 Direto Não renovável Reciclado
Coberturas de fibrocimento
e soluções construtivas
Mineral crisotila1 59,47 54,98 66,89 X X  
Calcário1 130,53 131,70 138,40 X X  
Celulose reciclada (jornais)1 9,63 8,95 11,71 X   X
Celulose branqueada2 - 0,063 0,002 X X  
Celulose não banqueada2 2,73 2,22 0,92 X X  
PVA2 1,48 1,21 0,20 X X  
Cimento1 435,84 397,91 433,07 X X  
Bobinas de aço - 0,27 0,27 X X  
Filler 13,77 14,63 15,83 X   X
Resíduo de calcário (lama call)1 - 2,57 5,27 X X  
Resina de polietileno 0,53 0,58 1,21 X X  
Tinta de alumínio1 (mil litros) 4,97 6,05 10,22 X X  
Tinta cerâmica3 (litros) - - 5,20 X X  
Sarrafos de madeira 2,65 9,35 9,10 X   X
Lâminas de pinus 2,50 2,10 4,23 X   X
Madeiras – paletes (mil m3) 20,52 27,72 20,02 X   X
Outros materiais líquidos
(mil litros)
1.686,84 1.259,97 1.064,72   X  
Outros (tecido lycra cru, tampa
de caixa de vácuo, óxido de ferro, filme stretch)
2,20 4,82 1,99 X   X
Coberturas de
concreto e acessórios
Cimento 47,40 50,41 54,52 X X  
Areia 206,81 224,10 242,80 X X  
Filler 0,46 0,44 1,34 X X  
Pigmento 0,41 0,36 0,39 X X  
Verniz 0,20 0,22 0,25 X X  
Lecitina de soja 0,03 0,04 0,05   X  
Ripa pinus 0,01 0,10 0,12   X  
Armação pinus 0,14 0,20 0,24   X  
Filme stretch 0,05 0,06 0,06   X  
Outros materiais líquidos
(mil litros)
491,12 648,80 656,69   X  
Mineração do crisotila Minério 4.948,80 4.716,44 4.914,50 X X  
Estéril 15.522,93 14.561,51 11.889,68 X X  
Plástico 0,26 0,28 0,28 X   X
Madeira – paletes 3,47 3,63 3,63     X
Diversos 16,53 15,15 15,09   X  
1. Diminuição em 2012 decorrente de menor volume de produção.
2. Aumento da produção de produtos sem mineral crisotila.
3. Não é mais utilizada, porque houve descontinuidade na fabricação da Eterville.


Peso total de resíduos, por método e tipo de disposição (kg) GRI EN22 Pacto Global 8
Método de disposição Tipo de resíduos  Consolidado 2013  Consolidado 2012
Reutilização Perigosos     113.130,00     161.519,53
Reciclagem Não perigosos  1.176.536,00     664.091,57
Perigosos       16.535,00        9.999,89
Recuperação Não perigosos     229.610,00       83.702,07
Incineração Perigosos       19.199,70       39.353,21
Aterro sanitário Não perigosos     826.359,26     382.212,04
Perigosos        6.688,75       10.750,09
Aterro industrial Perigosos       42.797,00        5.006,00
Coprocessamento Perigosos     347.580,00     125.000,59
Outros Perigosos       22.591,35       86.652,52
Não perigosos  5.232.089,00  4.474.610,00
Total    8.033.116,06  6.042.897,52
Consumo de energia GRI EN5 | EN6 | EN7 Pacto Global 8 | 9

Entre as medidas adotadas pela Eternit em 2013 para reduzir o consumo de energia estão a utilização de lâmpadas LED, a adequação de instalações elétricas e a instalação de telhas translúcidas. Nas fábricas, a substituição de motores antigos e sobredimensionados por outros mais eficientes também favoreceu o melhor aproveitamento dos recursos naturais. A empresa não obteve reduções em 2013 em virtude do aumento da produção, que elevou em cerca de 10% o uso de matéria-prima na comparação com 2012 e, consequentemente, fez crescer o consumo em aproximadamente 16%.

A SAMA iniciou a implantação
da ISO 50001 para utilização
mais eficiente de suas
principais matrizes energéticas

A fábrica da Eternit Colombo tem caldeira à lenha cujo objetivo é gerar energia para o processo produtivo. Grande parte do combustível utilizado é oriunda de resíduos de embalagens de madeira e do processo de produção do painel wall.

Em 2013, a SAMA iniciou a implantação da ISO 50001, Sistema de Gestão da Energia, para utilização mais eficiente de suas principais matrizes energéticas (energia elétrica, diesel e GLP). Continuou ainda a executar os projetos de automação da iluminação das transportadoras de correia, com expectativa de redução de 90% do consumo nesses locais, e finalizou a instalação dos novos bancos de capacitores para aumentar o fator de potência e reduzir as perdas. A mineradora pesquisa iluminação com utilização de lâmpadas de LED e instalação de pequenas centrais solares para suprir o consumo de energia elétrica em locais específicos da empresa. Houve maior consumo de energia entre os meses de outubro e novembro devido ao aumento do bombeamento de água das cavas na área de extração.

Consumo de energia direta (GJ) GRI EN3 2013 2012 2011
Gás natural1 15.299,37 11.874,60 10.915,31
GLP 194.573,81 179.993,66 19.873,90
Óleo diesel 53.055,01 40.265,00 9.325,29
Óleo biodiesel 409.779,03 377.898,00 323.970,49
Carvão (lenha) 7.513,85 6.441,00 0,18
Acetileno 79,16 66,43 35,49
Oxigênio 93,85 60,57 74,19
Óleo vegetal2 13,87 41,00 43,04
Álcool 1,64 2,15 26,64
1. Maior consumo de gás natural devido ao aumento de produtividade da máquina de rotomoldagem.
2. Energia renovável.


Consumo de energia elétrica indireta (GJ) GRI EN4 2013 2012 2011
Energia hidrelétrica 461.557,28 540.320,00 91.906,00
GLP 181.209,17 173.502,00 26.290,00
Emissões de GEE GRI EN16 | EN17 | EN18 | EN19 | EN20 | EN29

A Companhia monitora as emissões de gases do efeito estufa (GEE) em suas unidades e na mineradora a partir de processos alinhados ao Sistema de Gestão Ambiental, o que facilita a integração dos dados e possibilita compará-los aos de exercícios anteriores.

Na SAMA, desde outubro de 2010, o combustível utilizado nos 5 fornos para a secagem do minério é o gás liquefeito de petróleo (GLP), cujo consumo médio é de 304.493 kg por mês. Além de benefícios mercadológicos, como facilidade de manuseio, transporte e armazenagem, rápida combustão e elevado poder calorífico, o GLP destaca-se pelas vantagens ambientais, pois não produz resíduos tóxicos e provoca baixas emissões de monóxidos de carbono, óxidos de nitrogênio e materiais particulados. O resultado dos monitoramentos promovidos na saída da chaminé dos fornos indica emissões abaixo do limite estabelecido pela legislação.

Na SAMA, as medições de fumaça preta são realizadas com base em escala colorimétrica (Método Ringelmann). Em 2013 foram realizadas 1.464 medições, das quais 1.294 ficaram no padrão 1 e 170, no padrão 2 da escala (máximo padrão 2). Quanto ao ruído ambiental, foram realizadas 306 medições, em 17 pontos no entorno, e todos os resultados apontaram valores que atendem ao padrão legal.

Na Eternit e na Precon foi adotado sistema de videoconferência para reduzir deslocamento e viagens.

Outra iniciativa do ano foi o sistema de monitoramento dos GEE na frota movida à diesel que trafega na área da fábrica de Atibaia da Tégula. A unidade detém ainda um conjunto de placas de captação de energia solar para diminuir a queima de combustíveis dos aquecedores de água utilizados nas câmaras de cura da planta Atibaia 2. Na Tégula Içara (SC), exaustores eólicos dão mais conforto térmico aos colaboradores, melhorando o ambiente de trabalho.

Inventário de emissões – resultados por escopo e unidade operacional
Eternit – Emissões (escopos 1 e 2) de CO2e (2013) - tCO2e
Fontes Colombo Goiânia  Precon-GO Rio de Janeiro Simões Filho Total
Consumo de acetileno (kg) 1,59 0,43 0,31 1,04 0,34 3,71
Consumo de combustível
diesel para gerador
1.335,60 3,34  - 621,70 730,94 2.691,58
Consumo de combustível gasolina
para equipamento de jardinagem
 - 1,10  -  - 0,48 1,58
Consumo de combustível diesel
para sistema de combate a incêndio
0,01  - 0,08  -  - 0,09
Consumo de combustível
madeira – adquirida – para caldeira
66,32  -  -  -  - 66,32
Consumo de combustível madeira – paletes e refiller – para caldeira 20,09  -  -  -  - 20,09
Consumo de energia elétrica
(kWh) da área industrial
1.562,55 889,35 281,39 479,64 599,87 3.812,79
Consumo de GLP do restaurante 26,77 22,97 15,00  - 14,09 78,83
Consumo de GLP P 13
da solda do tamis
 - 0,08  -  - 0,27 0,35
Consumo de GLP para empilhadeiras, varredeiras, trator e caldeira 1.031,45 500,24 242,59 268,23 411,76 2.454,27
Consumo de GN do restaurante, da lavanderia, do vestiário e da rotomoldagem  -  -  - 300,51  - 300,51
Extintores de CO2 0,38 0,47 0,18 0,36 0,20 1,59
Refrigeração industrial - secador do compressor GA 90 (9 kg de capacidade)
Gás R410-A
 -  -  -  - 31,05 31,05
Uso de táxi 12,33 47,53 0,56 0,64 34,32 95,38
Uso de veículos a serviço da coordenação de produção (reembolsado)  - 0,09  - 0,77 3,02 3,88
Uso de veículos fretados para transporte de colaboradores  -  -  -  - 6,89 6,89
Uso de veículos pela área comercial 28,19 35,24 15,12 47,32 32,42 158,29
Total 4.085,28 1.500,84 555,24 1.720,21 1.865,65 9.727,21


SAMA 2011 2012 2013
GEE Escopo 1 Escopo 2 Escopo 3 Escopo 1 Escopo 2 Escopo 3 Escopo 1 Escopo 2 Escopo 3
Total 36.057,01 2.149,02 - 35.240,06 4.786,41 - 53.067,45 6.812,96 -


Tégula 2013 (toneladas métricas de CO2)
Escopo 1 Escopo 2 Escopo 3
16.766,86 115,51 3.976,63
 
Consumo total de gás HCFC 141B1 (kg) GRI EN19
2013 120
2012 150
2011 90
1. Dados referentes somente às operações de SAMA. Eternit e Tégula não utilizam substâncias que
provocam impactos à camada de ozônio.

Com a aquisição de equipamentos novos, houve uma diminuição nas intervenções do sistema de condicionadores de ar, tendo em vista que esse gás somente é usado quando fazemos limpezas internas no sistema devido à contaminação, ou substituição de algum componente.

As unidades da Eternit, Precon Goiás e Tégula não utilizam substâncias que causam impacto sobre a camada de ozônio ou abrangidas pelos Anexos A, B, C e E do Protocolo de Montreal.

Controle das emissões
GRI EN20

As unidades da Eternit, Precon e SAMA realizam ainda monitoramento e controle das fibras em suspensão.

Eternit e Precon
Controles Filtros mangas – todas as chaminés e os exaustores contam com sistema de filtro manga, que tem o objetivo de filtrar uma possível geração de materiais particulados (há somente emissões oriundas de sistemas de despoeiramento). Classificação desses particulados: NOx e SOx – Monitoramento periódico das emissões por laudo de empresa externa contratada.
Fibras em suspensão Semestralmente são realizadas medições em diversos pontos das fábricas para mensurar a quantidade de fibras/cm³ de ar. Seguindo a legislação, a Empresa se compromete a manter em todos os locais de trabalho a concentração máxima de 0,10 fibra/cm³ de mineral crisotila. Relatório terceirizado, realizado pela Projecontrol.
Resultados Em 2013, 100% dos postos de trabalho (150 pontos de medição) apresentaram resultado abaixo de 0,10 fibra/cm³.
SAMA
Controles Filtros mangas e de cartuchos – todas as chaminés, os aspiradores de pó e as máquinas varredeiras têm sistema de filtros manga e de cartuchos, que têm por objetivo filtrar geração de materiais particulados totais. Além dos monitoramentos, existe um colaborador por turno responsável pela inspeção diária das mangas e dos filtros.
Fibras em suspensão Mensalmente, trimestralmente ou semestralmente são realizados monitoramentos em diversos pontos da empresa e no seu entorno para mensurar a quantidade de fibras/cm³ de ar. Para fibras inorgânicas (amostragem ocupacional) o limite estabelecido pelo Acordo Nacional para Uso Seguro do Crisotila é 0,10 fibra/cm³.
Resultados  No ano, 100% dos postos de trabalho (90 pontos de medição) apresentaram média abaixo do limite, que é de 2,0 fibras/cm3, de acordo com a NR-15, Anexo 12.
Considerações Atualmente é utilizado nos fornos do processo de secagem do minério o gás GLP, uma fonte limpa de energia. São realizadas medições de NOx, SOx, MP e CO, e os resultados são satisfatórios, comparando-se às legislações diversas, pois não há parâmetros específicos para GLP.


14.356,40
m3 de água reutilizada
na SAMA em 2013
Consumo, reciclagem e descarte de água GRI EN8 | EN9 | EN10 | EN21 | EN25 | EN26 Pacto Global 8 | 9

O consumo de água das atividades do Grupo Eternit não afeta significativamente os ecossistemas locais. Não há descarte de água oriunda da produção nas fábricas da Eternit e da Precon: a água derivada do processo produtivo é armazenada em tanques de decantação e utilizada em circuito fechado de reaproveitamento. Assim, ocorrem apenas perdas por evaporação. Já a água utilizada nas instalações administrativas passa pela Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) e é reutilizada na irrigação de áreas verdes. Em algumas unidades há ainda iniciativas de captação de água de chuva. Todas as fábricas da Tégula reusaram água de lavagem da máquina de verniz em 2013.

Após tratamento biológico, os efluentes da SAMA são direcionados à lagoa de estabilização, antes do descarte no Córrego do Amianto, corpo d’água no qual são realizadas análises químicas periódicas. As águas das cavas, que devem ser esvaziadas para continuidade do processo de lavra, são destinadas à Lagoa das Tartarugas e à Lagoa do Jacaré (ambas de decantação) e posteriormente aos corpos d’água (Lagoa do Caju e Córrego do Amianto) ou utilizadas na umidificação de pistas, rejeito industrial e frentes a serem desmontadas, para evitar o desprendimento de poeira.

Em 2013, a SAMA reutilizou 14.356,40 m3 de água, cerca de 2% mais que em 2012, quando reutilizou 14.086 m3. Essa água é bombeada da caixa de decantação localizada após a oficina de manutenção e da lagoa de estabilização da ETE, no processo de umidificação do rejeito industrial do beneficiamento. O volume representa cerca de 1,13% do total de água utilizada pela empresa.

Água retirada por fonte (m3) GRI EN8 2013 2012 2011
Água de superfície (rios) 701.941,06 664.202,72 649.248,05
Água subterrânea 770.757,77 819.610,73 861.776,72
Água de chuva (coletada/armazenada) 661.269,12 312.409,50 442.000,00
Abastecimento municipal 152.270,00 129.925,60 228.361,81
Abastecimento (outros) 37,50  - -
Total 2.286.275,45 1.926.148,55 2.181.386,58