As receitas com Asset Management no Bradesco cresceram 6,9% em 2015, representando 10,5% do total das receitas de serviços.
Na análise de investimentos, a Bradesco Asset Management (BRAM), especializada na gestão de fundos e carteiras de investimento para todos os segmentos de mercado, apresenta processos e metodologias que consideram as questões ambientais, sociais e de governança corporativa de forma transversal ao seu processo de tomada de decisão de investimento. A gestora é signatária dos Princípios para o Investimento Responsável das Nações Unidas (PRI, na sigla em inglês) e desde 2013 apresenta um projeto específico para a análise e integração dessas questões às atividades de gestão. A abordagem sobre o tema de investimentos responsáveis se baseia em três eixos que refletem o impacto das ações da gestora sobre seus profissionais e negócios e sobre a indústria de investimentos, formalizada por meio da Norma e do Manual de Investimentos Responsáveis da BRAM.
DMA Controle acionário ativo
Com base nesses princípios, a BRAM aplica metodologias que consideram as questões mais relevantes para os diferentes setores em que a instituição investe.
| Definição de critérios ESG* para análise |
Levantamento de informações das empresas |
Contato para engajamento e aprofundamento da análise |
Elaboração de rating ESG para análise e gestão |
| *Environmental, Social and Corporate Governance. | |||
Em 2015, a gestora promoveu análises e reuniões de engajamento que abrangem 100% das empresas cobertas pelos analistas de renda variável da BRAM. Também já foi iniciado um projeto piloto para análise dessas questões para os ativos de renda fixa corporativa, que será concluído em 2016.
Adicionalmente, a BRAM disponibiliza aos seus clientes produtos de investimento em renda variável cujos mandatos consideram de forma mais específica as questões ESG, por meio de triagem positiva dos ativos. Todos os ativos de renda varável de gestão ativa estão sujeitos a análises ESG. Os critérios usados pelas triagens incluem uma metodologia setorial, sendo no total 29 metodologias subsetoriais, que são divididas em questões gerais para todos os setores e questões específicas para cada setor dentro da atuação das empresas que compõem a carteira de renda variável da BRAM. As triagens possuem somente recomendações, não sendo exigência legal. Em 2015, a área detinha R$ 395,82 bilhões sob sua gestão, sendo R$ 9,97 bilhões com triagem positiva considerando tais critérios (2,52%).
| Total de ativos (R$ bilhões) | Ativos sujeitos a uma triagem ambiental e/ou social (R$ bilhões) | ||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Positiva | Negativa | Combinação positiva e negativa | |||||
| Total | % | Total | % | Total | % | ||
| 2014 | R$ 347,50 | R$ 6,40 | 1,84 | Não realizado | Não realizado | R$ 6,40 | 1,84 |
| 2015 | R$ 395,82 | R$ 9,97 | 2,52 | Não realizado | Não realizado | R$ 11,70 | 3,21 |
A partir do ano de 2015, a BRAM ampliou a metodologia de avaliação positiva para toda a sua carteira de ações e não apenas para produtos de nicho voltados para as questões ESG.
Entre os fundos associados à responsabilidade socioambiental, a área gere recursos da Fundação Amazonas Sustentável (FAS) e produtos do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), que investem em ações de companhias comprometidas com aspectos econômico-financeiros, sociais e ambientais e com boas práticas de governança corporativa (ESG, na sigla em inglês), assim como das que compõem o Índice de Governança Corporativa Diferenciada (IGC), calculado pela BM&FBovespa.
Fundação Amazonas Sustentável (FAS)
A parceria entre a FAS e o Bradesco facilitou a instalação de uma unidade do Bradesco Expresso na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Piagaçu-Purus, no município de Beruri (Amazonas). A iniciativa beneficia diretamente mais de 4.900 ribeirinhos moradores de uma área de mais de 1 milhão de hectares. Além dessa unidade, outras duas já estão em funcionamento, nas RDS de Rio Negro e Uacari, respectivamente nas comunidades Tumbira e Bauana, com impacto direto sobre 3.500 ribeirinhos residentes em 49 comunidades, em uma superfície territorial superior a 730 mil hectares.
Além de facilitar o acesso aos benefícios do Programa Bolsa Floresta, o Bradesco Expresso favorece o desenvolvimento comunitário, pois contribui para que os recursos gerados na região circulem internamente. Entre as atividades econômicas mais relevantes está a produção e comercialização de pesqueiros, sobretudo do manejo do pirarucu, uma das cadeias produtivas apoiadas pela FAS.
Como cofundador, o Bradesco fez aportes iniciais ao fundo permanente da Fundação e contribui com o seu custeio operacional e administrativo, viabilizando a execução de todos os programas empreendidos nas 16 unidades de conservação de uso sustentável no Estado do Amazonas, onde a FAS atua. Mas a cada ano a FAS vem se tornando cada vez mais autossustentável, buscando outros parceiros.
Em 2015, por meio do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (FUMCAD), também apoiou projetos da FAS em quatro municípios do Amazonas (Carauari, Maraã, Novo Aripuanã e Uarini), abrangendo um público direto superior a 1.500 crianças e adolescentes.
Ranking de gestão (R$ bilhões)
Legenda: 1 RDS de Uacari (Bauana) | 2 RDS de Rio Negro (Tumibira) | 3 RDS Piagaçu-Purus (Cuiuanã)
No mesmo período, outras 40.098 pessoas foram beneficiadas por diversas ações promovidas pela Fundação, entre elas:
- Empoderamento das associações que representam os beneficiários do Programa Bolsa Floresta (PBF), com fortes reflexos no processo de inclusão financeira.
- Apoio financeiro para viabilizar edições dos encontros de lideranças, com destaque para a participação das lideranças em consultas públicas da Lei de Serviços Ambientais do Amazonas, que originou a política pública denominada Programa Bolsa Floresta, em 2015.
- Estímulo ao empreendedorismo, com intercâmbio para o desenvolvimento de negócios sustentáveis que redundaram em impactos positivos na gestão e no aumento da renda de empreendimentos ribeirinhos.
- Patrocínio à 1ª Virada Sustentável em Manaus, liderada pela FAS e realizada por um grupo de organizações comprometidas com o desenvolvimento sustentável. O evento mobilizou mais de 8 mil pessoas em vários espaços públicos da cidade e teve mais de 150 iniciativas realizadas.
Fundação SOS Mata Atlântica
A Fundação SOS Mata Atlântica está entre as organizações não governamentais, fundações e entidades com as quais a Bradesco Seguros mantém parceria a fim de promover a conservação da diversidade biológica e ambiental e o fomento à cidadania.
Entre os projetos beneficiados no âmbito da Fundação SOS Mata Atlântica, estão os estudos de monitoramento da floresta e o Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, que apontou redução de 24% no nível de desmatamento do bioma no País entre 2013 e 2014. Por meio do programa Clickarvore, também da SOS Mata Atlântica, o Bradesco contribuiu para o plantio de mais de 28 milhões de mudas, somando mais de 16 mil hectares restaurados em 508 municípios de nove estados brasileiros.
Já no programa Florestas do Futuro, que abrange 46 municípios em cinco estados, foi recuperada área de 2,6 mil hectares, com o plantio de cerca de 5 milhões de mudas. No total, os projetos de restauração florestal realizados pela Fundação somaram 33,5 milhões de mudas patrocinadas e uma área restaurada de 19 mil hectares. Em 2015, o Bradesco Cartões repassou à entidade R$ 4,5 milhões, e a Bradesco Capitalização, R$ 3,5 milhões.