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RELATÓRIO ANUAL 2012

SEGMENTOS DE ATUAÇÃO   2.2

A Eternit tem como principal objetivo se tornar a mais diversificada indústria de materiais de construção do Brasil e, para isso, vem implementando seu Plano Estruturado de Expansão e Diversificação (saiba mais no capítulo Do piso ao teto nos próximos 70 anos). Atualmente, suas operações incluem a extração e a comercialização do mineral crisotila, a produção de telhas de fibrocimento (com e sem crisotila), de telhas de concreto, que inclui a linha de acessórios, de componentes para sistemas construtivos (painéis, placas cimentícias, perfis para engradamento metálico de coberturas) e caixas d'água de polietileno, além da revenda de toda a sua linha de produtos.

A Eternit não vende serviços, mas oferece a seus clientes, consumidores e especificadores opções de capacitação relacionadas à construção civil, assim como sistemas e ferramentas que facilitam atividades do dia a dia de quem trabalha no setor. O Etercalc, por exemplo, é uma ferramenta disponível no site da Empresa (www.eternit.com.br) que, a partir da metragem do telhado, executa o complexo cálculo da quantidade necessária de materiais e itens complementares e oferece uma simulação do resultado final.

Mineração

Uma das principais matérias-primas da Eternit é o mineral crisotila, uma fibra mineral natural encontrada no solo e na água. Esse mineral tem características, como incombustibilidade, resistência, capacidade isolante, durabilidade e flexibilidade, que garantem a boa relação custo-benefício de sua aplicação. Os grupos de mineral – o que inclui o amianto crisotila e um outro tipo de amianto chamado anfibólio – começaram a ser estudados no século 20, pois o seu uso, quando não controlado, pode causar doenças (saiba mais em Gestão de riscos).

No Brasil, a Eternit atua na extração e beneficiamento do mineral crisotila, por meio da sua controlada SAMA, sob rígidos padrões de segurança e com a mais alta tecnologia disponível no mundo. O manuseio do material nas fábricas de fibrocimento da Companhia é feito de forma automatizada e com a aplicação de todos os procedimentos de segurança cabíveis. A atividade é regulamentada pela Lei Federal nº 9.055/95, pelo Decreto nº 2.350/97 e por normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego.

A operação da mina ocorre desde 1967, sendo sua vida útil estimada em mais 30 anos, dependendo dos níveis de produção. Anualmente, seu movimento de rochas é de 5 milhões de toneladas de minério e 11 milhões de toneladas de estéril (veja o fluxo de exploração e beneficiamento em Extração e beneficiamento do mineral crisotila). Este é predominantemente depositado em bancas de deposição que depois são cobertas com solo e vegetação nativa. Uma pequena parcela do material é ainda destinada ao Projeto Sambaíba, que confecciona peças artesanais (saiba mais em Programa Sambaíba).

Destaques e Diferenciais da SAMA

Extração e beneficiamento do mineral crisotila

Os processos da extração ao carregamento são feitos sob constante umidificação para impedir a emissão de partículas.

Plano de produção e lavra: define os locais de atividade na mina no curto, médio e longo prazos, antecipando mudanças relacionadas às demandas de mercado, à escala de produção, à frota de equipamentos e às condições geológicas e climáticas da região.

 

Perfuração e desmonte: a perfuração da rocha é realizada por máquinas com capacidade para abrir furos de 5,5 polegadas de diâmetro e 15 metros de profundidade. Nesses furos, uma emulsão à base de nitrato de amônia preparada no próprio local é colocada e acionada como explosivo por meio de acessórios (boosters e espoletas). Os fragmentos retirados devem ter tamanho adequado para seu transporte.

 

Carregamento e transporte: minério e estéril são carregados por pás mecânicas em caminhões com capacidade individual de 25 a 32 toneladas. Dali, seguem para o britador primário.







 

Os processos da britagem à embalagem são automatizados e enclausurados para impedir a emissão de partículas.

Britagem, concentração e secagem: todo o material é fragmentado, peneirado e separado. Nesse momento, separa-se o minério e o estéril. O primeiro é enriquecido, tornando-se concentrado de minério, e seco em fornos até atingir umidade abaixo de 5%. Enquanto isso, o estéril é separado e transportado por caminhões para bancas de deposição que serão posteriormente recuperadas.

 

Silo de minério seco: nesse local, o concentrado de minério seco é mantido de forma segura até que seja enviado para a planta de tratamento.

 

Tratamento e classificação: o concentrado de minério passa por novas etapas de peneiramento, separação por aspiração e impactação para a separação da fibra de crisotila, que passa então por circuitos de limpeza de areia e pedriscos. Depois, a fibra é classificada por tamanho, acondicionada em silos e testada de forma amostral para o controle de qualidade.

 

Embalagem: as fibras são compactadas em sacos de 50 quilos feitos de polipropileno e polietileno. Totalmente impermeáveis, os sacos impedem o escape de fibras e a umidificação do mineral. Depois de identificados, os sacos são acondicionados em pallets, envolvidos com películas retráteis. Todo esse processo é automatizado, oferecendo maior segurança aos colaboradores.

 

 

Logística de distribuição: diariamente, cerca de 35 caminhões com capacidade individual de 38 toneladas saem da mineradora. Para atender aos clientes na América do Sul, são utilizados predominantemente o transporte rodoviário e ferroviário. Já a exportação para outros continentes é realizada por meio dos portos de Santos (SP), Paranaguá (PR) e Rio de Janeiro (RJ).

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Fibrocimento

Todos os anos, mais de 2 milhões de toneladas de mineral crisotila são consumidas no mundo, sendo 99% de sua aplicação no setor da construção civil, usados, principalmente, nas indústrias de fibrocimento. As qualidades do mineral crisotila aplicadas em produtos de fibrocimento faz com que esses durem mais de 70 anos sem avarias, conforme estudos da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.

A Eternit, tradicional fabricante de fibrocimento, detém 32% de participação nesse mercado. A produção ocorre em suas 4 fábricas e na controlada Precon Goiás.

A Eternit tem expertise para fabricar produtos de fibrocimento sem mineral crisotila. A Empresa fabrica peças para sistemas construtivos e telhas com essa tecnologia, respectivamente desde 2000 e 2009, visando ao abastecimento dos mercados com restrição a essa fibra e, principalmente, para atender aos clientes que demandam esses produtos. Todo o parque industrial da Empresa está sendo preparado para esse tipo de processo fabril, que é semelhante ao que utiliza mineral crisotila, alterando-se apenas os procedimentos para refino da celulose.

 
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DIFERENCIAIS ETERNIT

AO LONGO DOS 72 ANOS DE ATUAÇÃO, A COMPANHIA CONSTRUIU UMA IMAGEM SÓLIDA E UM PORTFÓLIO DE VANTAGENS COMPETITIVAS: FORÇA DA MARCA, CANAL DE DISTRIBUIÇÃO AMPLO, LOCALIZAÇÃO DAS FÁBRICAS E CAPACIDADE DE INVESTIMENTO


Processo de fabricação de telhas de fibrocimento

Cimento e calcário: adquiridos por cada unidade de pelo menos dois fornecedores diferentes para evitar o rompimento de abastecimento, esses materiais são estocados em silos automatizados. Um sistema de pressão envia a quantidade adequada de cimento e calcário para a produção da massa de fibrocimento.

 

Mineral crisotila: recebido em sacos de crisotila compactada, o material é aberto, triturado e agitado de forma automatizada em ambientes enclausurados. Em acordo com as práticas de segurança da Eternit, não há contato humano nesse processo.

 

Celulose: obtida pela reciclagem de jornais adquiridos de cooperativas e de sacos de cimento arrecadados em construtoras, a celulose é armazenada em um silo específico e passa pelos processos de agitação e pesagem antes da produção da massa de fibrocimento.

 

Água: necessária para a produção da massa de fibrocimento é obtida a partir de poços artesianos e pelo aproveitamento de chuvas. A água de consumo pessoal da instalação é armazenada separadamente daquela necessária para o processo fabril.

 







Preparação da massa: cimento, calcário, crisotila, celulose reciclada e água são misturados na proporção correta por um equipamento denominado feltro. A massa de fibrocimento toma forma de uma manta após ser compactada por um rolo cilíndrico.


Produção: para a produção de telhas, a manta de fibrocimento é cortada no tamanho padrão e ondulada para obter a forma desejada.

 


Processo de produção de telhas de concreto

Produção da massa: cimento, areia, água e pigmentos são estocados e pesados separadamente. A areia é peneirada e, em seguida, misturada às demais matérias-primas. A massa resultante é enviada de forma automatizada para o processo de extrusão.

 

Extrusão e separação: em um equipamento específico, a massa é forçada por meio do processo de extrusão a adquirir o formato desejado para a telha. As unidades são então separadas para a etapa de finalização.

 

Acabamento: as telhas recebem uma aplicação de verniz e são passadas pela câmara de cura, onde permanecem por cerca de oito horas. Em seguida, os produtos são acondicionados em pallets no pátio para serem analisados pelo controle de qualidade e, só então, comercializados.

Fabricação de telhas de concreto

A produção de telhas de concreto foi iniciada na Europa no século 19, poucas décadas após o desenvolvimento do cimento Portland. No Brasil, a tecnologia chegou apenas nos anos 70. Totalmente automatizada, a produção de telhas de concreto permite uma variedade de perfis, acabamentos e cores.

A controlada Tégula detém cerca de 30% de participação no mercado brasileiro de telhas de concreto e também comercializa uma linha de acessórios para telhados – como rufos, caixas d'água, mantas de subcobertura etc. – e sistemas de aquecimento solar para banho, os quais compõem um portfólio completo de coberturas. Desde 2011, atua ainda nos mercados de louças sanitárias – com cubas, bacias e assentos direcionados para o segmento premium, com design diferenciado – e de madeira certificada pelo Conselho Brasileiro de Manejo Florestal FSC Brasil para a construção de estruturas, vigas, caixilhos, portas, venezianas etc.

Louças e assentos sanitários

Desde 2008, a Eternit comercializa louças e assentos sanitários no Brasil, utilizando capacidade de terceiros e também importando-as, principalmente, das Organizações Corona, multinacional colombiana com mais de 130 anos de tradição nesse segmento e cujo parque industrial inclui 17 unidades na Colômbia e 2 nos Estados Unidos. No ano passado, o portfólio de louças foi ampliado com novas peças de bacias, lavatórios e assentos, destacando-se a linha One Piece, que reúne em um produto e sem emendas bacia e caixa acoplada. A entrada nesse mercado está alinhada aos planos de diversificação da Empresa. Em apenas 4 anos no segmento, a Eternit já tem posição de destaque, ultrapassando inclusive tradicionais concorrentes.

A produção própria de louças sanitárias terá inicio em 2014 com uma fábrica em Caucaia (CE), no Distrito Industrial de Pecém. A unidade é fruto da joint venture com as Organizações Corona. A Eternit tem 60% de participação na nova empresa.

Com investimentos na ordem de R$ 100 milhões, a joint venture Companhia Sulamericana de Cerâmica terá capacidade anual para produzir 1,5 milhão de peças e estima-se seu faturamento bruto a plena capacidade na ordem de R$ 127 milhões. A iniciativa reúne diferenciais da Eternit – conhecimento do mercado brasileiro, forte rede de distribuição, logística eficiente, força da marca e capacidade de investimento – e das Organizações Corona – conhecimento de tecnologia de produção, baixo custo produtivo e experiência no desenvolvimento de novos produtos e mercados.

DIFERENCIAIS TÉGULA

O PORTFÓLIO COM MAIS DE 30 LINHAS DE PRODUTOS DA TÉGULA É RESULTADO, EM PARTE, DO DESENVOLVIMENTO EM SEU PRÓPRIO CENTRO DE PESQUISA. ALÉM DISSO, A EMPRESA MANTÉM CONTATO COM PROFISSIONAIS DA ÁREA POR MEIO DO CLUBE DE ARQUITETOS, TROCANDO EXPERIÊNCIAS E ANTECIPANDO TENDÊNCIAS E DEMANDAS DO MERCADO. DESTACA-SE AINDA POR ADOTAR A SUSTENTABILIDADE COMO PILAR DE CRESCIMENTO, COM A IMPLANTAÇÃO DE UMA DAS MAIORES INSTALAÇÕES DE AQUECIMENTO SOLAR DO BRASIL PARA O ABASTECIMENTO DA UNIDADE DE ATIBAIA (SP).


Mármore sintético

Desde 2011, a Precon, localizada em Anápolis (GO), comercializa na região Centro-Oeste uma linha de mármores sintéticos que inclui pias e tanques em seis cores diferentes. Esses produtos têm se tornado uma excelente opção para as construtoras.

Caixas d'água de polietileno

Na unidade do Rio de Janeiro, a Eternit produz caixas d'água por meio de um processo de fabricação que consiste na adição de resinas de polietileno a moldes, seguida de aquecimento, resfriamento e acabamento. Esse processo assegura um produto de alta qualidade e totalmente de acordo com os preceitos da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Telhas metálicas e engradamentos metálicos

O Programa Estruturado de Expansão e Diversificação trouxe uma gama de novos produtos ao portfólio da Eternit, entre eles as telhas metálicas como alternativa de cobertura. Fabricadas em aço galvanizado ou galvalume, têm diversas opções de perfil, espessura e acabamento para atenderem às especificações de diferentes projetos.

Metais para cozinhas e banheiros

A Eternit entrou no segmento de metais com um portfólio com mais de 150 itens para cozinhas, banheiros e áreas externas em 2012. Duchas, misturadores, torneiras, válvulas, complementos sanitários e itens de uso geral atendem às necessidades de clientes em diferentes faixas de renda, e a linha inclui ainda itens inovadores de luxo, como torneiras flexíveis e duchas de banheiro com design diferenciado.

A estratégia é análoga a que foi realizada com louças sanitárias. O portfólio de metais para cozinha e banheiro da Eternit, do standard ao luxo, seguirá o padrão de qualidade da marca.