O desempenho econômico na Eternit diz respeito às atividades do Grupo conduzidas para gerar resultados, e também às ações e investimentos com foco nos públicos de relacionamento – sociedade, fornecedores, governo, colaboradores, entre outros –, uma vez que eles contribuem diretamente para a condução dos negócios, por meio dos produtos e serviços que consomem.

Análise setorial

O ano de 2012 foi marcado por instabilidades na economia internacional, reflexo da crise na Europa, das incertezas com relação à recuperação da atividade econômica dos Estados Unidos e da desaceleração da economia chinesa. No Brasil, a despeito do baixo crescimento da economia global, a atividade econômica iniciou processo de retomada gradual do crescimento. Após o acúmulo de estímulos adotados pelos órgãos de governo, como redução da Taxa Selic, desonerações fiscais, desoneração da folha de pagamento de setores da indústria, entre outros, a atividade econômica do país passou a sinalizar recuperação e encerrou o ano com crescimento de 0,9% no Produto Interno Bruto (PIB) e 1,9% no PIB da construção civil – abaixo do crescimento de 2011, 2,7% e 3,6% respectivamente.

PIB brasileiro x PIB da construção civil x Receita bruta consolidada da Eternit (%)

Fonte: BACEN. O crescimento da receita bruta da Eternit é comparado ao período acumulado de janeiro a
dezembro de 2012 versus o mesmo período acumulado do ano de 2011, já deflacionado pelo IGP-M.

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (ABRAMAT), as vendas de materiais de construção no ano de 2012 apresentaram crescimento de 1,4% em relação ao ano anterior, mas abaixo da previsão para o ano, que apontava para elevação de 2%. A consequência desse cenário foi a baixa evolução das vendas de materiais básicos, como cimento, telhas e tubulações.

Para estimular as vendas de materiais de construção, com vista à recuperação da atividade do setor durante o ano de 2012, a Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (ANAMACO) motivou bancos públicos e privados a criarem linhas de créditos para a aquisição de material de construção pelas pessoas físicas com taxa de juros reduzida.

Apesar de a demanda por materiais de construção ter apresentado baixo desempenho durante o ano de 2012, a Eternit apresentou crescimento já deflacionado pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) de 5,1% em relação a 2011.

A continuidade das obras dos programas governamentais, como o Minha Casa Minha Vida (MCMV), o crescimento das obras de infraestrutura, que representa a compra de materiais para grandes obras, como de rodovias, ferrovias e portos, assim como os investimentos para viabilização dos megaeventos esportivos – Copa de 2014 e Olimpíadas 2016 – e das obras complementares por eles demandadas indicam boas perspectivas para os próximos anos e favorecerão o setor da construção civil, no qual a Eternit está inserida, além da geração de emprego, da distribuição de renda em função dessas obras e dos estímulos dos bancos comerciais públicos e privados para a aquisição de materiais de construção, que impactam positivamente o crescimento da demanda por produtos de nosso portfólio.