A QGEP encerrou o ano com saldo de caixa de R$ 1,0 bilhão, o que garante uma posição financeira confortável para garantir a continuidade de nossos projetos. Contribuíram para isso, em especial, o desempenho do Campo de Manati e o financiamento obtido com a Finep.

A economia brasileira em 2013 foi marcada pela aceleração do crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB), pela inflação em linha com a média observada nos últimos três anos e pelos índices mínimos de desemprego. O PIB encerrou o ano com expansão de 2,5%, ante 0,9% registrado em 2012, e dentro do esperado para a América Latina e o Caribe pelo relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI). Já a inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 5,9% no ano, ainda dentro do intervalo da meta estipulada pelo Banco Central (Bacen). Para conter a pressão inflacionária, porém, foi necessário iniciar um novo ciclo de aumento da taxa de juros básica da economia nacional (Selic), que encerrou o ano em 10,0% após alta de 2,75 pontos percentuais. Em relação ao mercado de trabalho, o Brasil registrou taxa média anual de desemprego de 5,4%, um recorde mínimo histórico.

O Brasil também foi impactado por movimentos cambiais globais decorrentes, pelo menos em parte, da redução gradual do programa de compra de ativos do Banco Central Norte-Americano (Federal Reserve). Por isso, o real sofreu desvalorização no período, passando de R$ 2,05/US$ no início de 2013 para R$ 2,36/US$ no fim do ano. A fim de conter esse movimento de valorização da moeda norte-americana, o Bacen criou um programa de leilões diários de swaps de dólar em 2013, estendido até o primeiro semestre de 2014, além de intervir diretamente no mercado de câmbio.

A demanda de óleo mundial alcançou cerca de 91 milhões de barris por dia, em linha com a demanda de 2012, de acordo com a Energy Information Administration (EIA). O Brent encerrou o ano em US$ 110,80 por barril, ante US$ 111,11 por barril em 2012, com baixa volatilidade ao longo do período. Essa tendência do setor evidencia seu perfil de médio e longo prazos, com impacto pontual em decorrência de condições macroeconômicas do ano.

Para a QGEP, a manutenção da capacidade financeira confortável para fazer investimentos é de grande relevância, ainda mais diante das perspectivas em Atlanta e Carcará. A Companhia encerrou o ano com saldo de caixa de R$ 1,0 bilhão, incluindo o valor de R$ 169,3 milhões desembolsado pela Finep. A obtenção desses recursos só foi possível devido à integração de tecnologias de ponta utilizadas nos dois primeiros poços horizontais do Campo de Atlanta. O financiamento de R$ 266 milhões obtido com a Finep permitirá o desenvolvimento do Sistema de Produção Antecipada do Campo de Atlanta. Para o investimento do Sistema Definitivo, a Companhia estruturará um novo financiamento.

Com foco em planejamento, a QGEP planeja crescer de forma consistente e gradual ao longo dos próximos anos. A participação no Campo de Manati proporciona uma posição financeira confortável à Companhia, já que essa fonte é responsável pela totalidade da receita operacional e fornece um fluxo de caixa estável e previsível. Uma vez em produção, Atlanta também contribuirá para o resultado da QGEP, com o diferencial de gerar receitas denominadas em dólar. No longo prazo, a produção em Carcará também incrementará a geração de caixa da Companhia.