Informações financeiras consolidadas (R$ milhões) 2013 2012 2011 Variação
2013/2012 (%)
Lucro líquido 192,2 82,5 92,1 133,1
Amortização e depreciação 97,3 82,9 53,6 17,3
Receita (despesa) financeira líquida (62,1) (82,5) (84,4) 24,8
Imposto de renda e contribuição social (4,6) 20,0 29,1 (111,4)
EBITDA1 222,9 122,9 90,5 81,3
Despesas de exploração de óleo e gás com poços subcomerciais e secos2 48,5 162,1 13,2 (70,1)
EBITDAX3 271,4 285,1 103,6 (4,8)
Margem EBITDA4 (%) 45,9 26,6 31,3 72,5
Margem EBITDAX5 55,8 61,7 35,9 (9,4)
Dívida líquida6 (837,8) (952,3) (1.098,50) 12,0
Dívida líquida/EBITDAX (3,1) (3,3) (10,6) 7,6

1. O cálculo do EBITDA considera o lucro líquido antes do imposto de renda e da contribuição social, dos resultados financeiros-líquidos e das despesas com amortização. O EBITDA não é uma medida financeira segundo as práticas contábeis adotadas no Brasil e as Normas Internacionais de Relatórios Financeiros (IFRS). Tampouco deve ser considerado isoladamente ou como alternativa ao lucro líquido, como medida de desempenho operacional ou alternativa ao fluxo de caixa operacional, como medida de liquidez. Outras empresas podem calcular o EBITDA de maneira diferente da utilizada pela QGEP. Além disso, o EBITDA apresenta limitações que prejudicam a sua utilização como medida da lucratividade da Companhia em razão de não considerar determinados custos inerentes aos negócios que poderiam afetar, de maneira significativa, os resultados líquidos, como receita financeira líquida, tributos e amortização. A QGEP utiliza o EBITDA como medida adicional de seu desempenho operacional.
2. Despesas de exploração relacionadas a poços subcomerciais ou com volumes não comerciais.
3. EBITDAX é uma medida usada no setor de petróleo e gás calculada da seguinte maneira: EBITDA + despesas de exploração com poços secos ou subcomerciais.
4. EBITDA dividido pela receita líquida.
5. EBITDAX dividido pela receita líquida.
6. A dívida líquida corresponde à dívida total, incluindo empréstimos e financiamentos correntes e de longo prazo, e instrumentos financeiros derivativos, menos caixa, equivalentes de caixa e títulos e valores mobiliários. A dívida líquida não é reconhecida segundo as práticas contábeis no Brasil, o IFRS ou o US GAAP, ou ainda quaisquer outros princípios de contabilidade geralmente aceitos. Outras empresas podem calcular a dívida líquida de maneira diferente.


Manati foi o maior campo produtor de gás no Brasil em 2013, responsável por 32% da produção de gás na Região Nordeste e de 8% no país. A produção média diária de gás no ano foi de 6,0 milhões de m3, ante 6,1 milhões de m3 diários em 2012 e 4,1 milhões de m3 diários em 2011. Com isso, a QGEP alcançou em 2013 receita líquida de R$ 486,1 milhões, montante 5% maior do que o apurado em 2012. Em contrapartida, os custos operacionais registraram aumento de 14,8% no mesmo período, em razão da manutenção programada que ocorreu no Campo de Manati.

Custos operacionais (R$ milhões)

As despesas gerais e administrativas somaram R$ 68,6 milhões, o que representou um aumento de 8,4% no ano. No Bloco BS-4, em que a Companhia é operador, 70% das despesas são repassadas aos parceiros. Essa parcela totalizou R$ 23 milhões em 2013, comparado a R$ 12,8 milhões em 2012. Os gastos exploratórios reduziram para R$ 81,5 milhões em 2013, referentes à devolução do Bloco BM-S-12 à ANP e à baixa do poço de extensão da descoberta de Carcará. No período anterior, esses gastos totalizaram R$ 177,0 milhões, ano em que foram contabilizados os impactos da baixa do poço Ilha do Macuco e da devolução da descoberta de Jequitibá.

A Companhia conta com incentivo fiscal de redução de 75% do imposto de renda referente ao Campo de Manati. Um montante igual ao obtido com a economia fiscal deve ser apropriado em uma conta de reserva de lucros, no patrimônio líquido, e não pode ser distribuído como dividendos aos acionistas. Além disso, a QGEP utiliza benefícios fiscais previstos pela Lei do Bem, pela Lei Rouanet, pela Lei de Incentivo ao Esporte e pelo Programa de Alimentação ao Trabalhador. Em 2013, os incentivos ficais totalizaram R$ 43,8 milhões, ante R$ 47,0 milhões em 2012.

GRI G4-EC4

O resultado financeiro líquido foi de R$ 62,1 milhões, 24,8% abaixo do registrado em 2012, quando a Companhia obteve receita financeira de R$ 22,8 milhões relacionada à variação cambial sobre o saldo a pagar de 30% de participação no Bloco BS-4.


Os resultados da QGEP reforçam o balanço positivo sobre o ano de 2013: a geração de fluxo de caixa operacional cresceu 48,0%, alcançando R$ 376,4 milhões. Já o lucro líquido registrou crescimento de 133,1% em comparação com o ano anterior, passando de R$ 82,5 milhões para R$ 192,2 milhões.

No fim de 2013, 17% dos investimentos financeiros da QGEP estavam aplicados em fundos cambiais, enquanto o restante continuava em moeda nacional. O rendimento médio acumulado do caixa em reais no período foi de 102,3% do CDI, sendo que aproximadamente 99% dos fundos investidos contam com liquidez diária. Os investimentos em reais estavam distribuídos conforme mostra o gráfico, sendo 99% deles classificados com rating AAA e 1% do total com AA (excluindo-se títulos da dívida pública).

Distribuição dos investimentos em 2013 (%)   Distribuição de Valor Adicionado (%)
     
 

O endividamento total no encerramento do ano foi de R$ 167,9 milhões, sendo R$ 0,6 milhão referente a juros (R$ 0,4 milhão dos quais já amortizados) e R$ 1,7 milhão relacionado a taxas bancárias. Esse endividamento refere-se a parte dos recursos obtidos da Finep para dar suporte ao desenvolvimento do Sistema de Produção Antecipada (SPA) do Campo de Atlanta, no montante total de R$ 266,1 milhões. Esse financiamento é composto por duas linhas de crédito, uma à taxa fixa e outra à taxa flutuante, tendo ambas atualmente taxa de juros equivalente a 3,5% ao ano, com período de carência de três anos e prazo de repagamento de sete anos.

Em relação à Demonstração do Valor Adicionado (DVA), as alterações em 2013 foram decorrentes, sobretudo, da ampliação do quadro funcional e do aumento no preço de venda de gás e condensado.

GRI G4-EC1

Demonstração do Valor Adicionado (DVA – R$ mil) 2013 2012 2011
Receitas 994.197 691.534 898.777
Vendas de gás 612.804 586.053 370.020
Outras receitas 581 779 383
Receitas relativas à construção de ativos próprios 380.812 104.702 221.084
Aquisição de concessão exploratória - - 305.290
Insumos adquiridos de terceiros (inclui os valores de impostos) 544.120 365.257 669.472
Custo dos produtos, das mercadorias e serviços vendidos 147.331 228.475 100.991
Materiais, energia, serviços de terceiros e outros 379.661 120.597 561.300
Outros 17.128 16.186 7.181
Valor adicionado bruto 450.077 326.277 229.305
Depreciação, amortização e exaustão 97.286 82.919 53.606
Valor adicionado líquido produzido (utilizado) pela entidade 352.791 243.358 175.699
Valor adicionado recebido em transferência 84.146 110.721 153.276
Resultado de equivalência patrimonial e dividendos (440) - -
Receitas financeiras 84.586 84.135 153.276
Outros - 26.586 -
Valor adicionado total a distribuir 436.937 354.079 328.975
Valor adicionado distribuído 436.937 354.079 328.975
Pessoal 57.462 41.377 33.478
  Remuneração direta 51.820 39.253 32.668
  Benefícios 3.792 1.258 540
  FGTS 1.850 866 270
Impostos, taxas e contribuições 161.324 200.467 131.290
  Federais 57.934 99.654 64.441
  Estaduais 54.539 55.134 42.109
  Municipais 83 30 29
  ANP (bônus + royalties) 48.768 45.649 24.711
Remuneração de capitais de terceiros 25.909 29.767 72.070
  Juros 364 3.356 20.421
  Aluguéis 3.224 1.074 578
  Despesas bancárias 1.431 447 2.570
  Variação monetária/cambial 20.890 24.890 48.501
Remuneração de capitais próprios 192.242 82.468 92.137
  Resultado líquido do período 192.242 82.468 92.137